Auditoria Hospitalar

INTRODUÇÃO

Auditoria Hospitalar é uma atividade profissional da área médica e de enfermagem que analisa, controla e autoriza os procedimentos médicos para fins de diagnose e condutas terapêuticas, propostas e/ou realizadas, respeitando-se a autonomia profissional e preceitos éticos, que ditam as áreas e relações humanas e sociais. O cuidado Ético a ser tomado, tanto por médicos prestadores de serviços quanto pelos auditores, é o de não transformar o paciente em objeto de interesse ou vítima de divergências entre médicos e operadoras de planos de saúde. É uma especialidade em Medicina que compreende a avaliação da adequação e do custo dos serviços médicos prestados por entidades públicas ou privadas. Assim, existem a auditoria de médicos e hospitais privados e a auditoria médica do SUS, que pode se estender a hospitais conveniados. O auditor médico tanto pode servir os planos de saúde, analisando os serviços prestados pelos médicos credenciados, como pode servir ao SUS, avaliando os serviços públicos de saúde.

ETAPA 1

Atualmente, a qualidade transformou-se em um requisito indispensável em todos os campos profissionais e empresariais. Notadamente o sistema de credenciamento dos hospitais concentrou-se ainda mais nas inspeções e promoção da melhoria da qualidade e, como uma forma eficiente de colocá-la em prática, passou a utilizar, como uma de suas ferramentas de qualidade, a Auditoria.

A Auditoria em Instituições de Saúde pode ser entendida como um conjunto de medidas por meio das quais profissionais da área da Saúde - em que se encontram envolvido principalmente médicos, cirurgiões, dentistas, enfermeiros, que podem ser internos ou externos - têm como objetivo revisar atividades operacionais de determinados setores de uma Instituição, com a finalidade de medir e garantir a qualidade dos serviços prestados aos clientes.

Esta prática envolve o comprometimento e a mobilização de toda a equipe para que o processo ocorra, beneficiando todas as partes envolvidas, ou seja, a Instituição de Saúde, clientes/pacientes e as operadoras de planos de saúde.

(Nilze Fávero)

O Hospital Pequeno Príncipe Dourado, no qual você trabalha como Gestor Hospitalar, está se estruturando para obter a Acreditação Hospitalar. Este processo de estruturação é Coordenado pelo Departamento da Qualidade, que promove uma série de eventos, bem.

Como define um cronograma de atividades, onde a expectativa de obtenção da Acreditação é que ocorra em, no máximo, dois anos a partir do seu início.

Por meio de seu coordenador, o Departamento de Qualidade informa ao Diretor Técnico do hospital que existe uma série de problemas em relação à participação e comprometimento do corpo clínico neste processo.

No relatório preliminar, relata que há dificuldades em relação à participação dos médicos nos treinamentos propostos, não há adesão em seguir ou desenvolver protocolos necessários para atendimento e procedimentos aos pacientes, os quais se fazem necessários à Acreditação.

Por conta deste quadro, corre-se o risco de o hospital não obter a tão almejada Acreditação. Em face das condições expostas pelo coordenador do Departamento de Qualidade, o Diretor Técnico do hospital reúne-se com o corpo clínico, informa o que está ocorrendo e define que a Auditoria Médica coordenará a participação dos médicos no processo. (NilzeFávero)

- Ações que devem ser implementadas nessa Instituição:

A Acreditação é um procedimento de avaliação dos recursos institucionais, voluntário, periódico e reservado que tende a garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente aceitos.

-Supervisão contínua e sistematizada nas diferentes áreas de atuação;

- Gerência dos Serviços de Saúde e de Enfermagem coordenando a seleção e dimensionamento da equipe de enfermagem e ou de saúde compatíveis com as necessidades da instituição;

- Elaboração de Escala assegurando a cobertura da assistência prestada e a disponibilidade de pessoal nas 24 horas em atividades descontinuadas;

- Avaliação e ou execução de registros de enfermagem no prontuário, completos, legíveis e assinados, que comprovem a realização da terapêutica medicamentosa, resultados de intervenções da enfermagem, orientações e cuidados prestados;

- Criação de comissões obrigatórias de Enfermagem;

- Elaboração de manuais de normas e protocolos documentado(s) atualizado(s), disponível (is) e aplicado(s);

- Elaboração e análise de dados estatísticos para a tomada de decisão clínica e gerencial.

- Elaboração de programas de educação continuada, e implementação com monitoramento e evidências de melhorias contínuas;

- Participação em grupos de trabalho para a melhoria dos processos, integração institucional, análise crítica dos casos atendidos, melhoria da técnica, controle de problemas, minimização de riscos e efeitos indesejáveis.

-Envolvimentos dos Médicos no processo:

É essencial que a equipe de auditores, além dos oficiais médicos, seja também integrada por profissionais de nível superior, da área de enfermagem, preferencialmente com o curso de especialização em auditoria de contas hospitalares.

O Diretor Técnico ou Diretor Clínico deve garantir ao médico/equipe auditora todas as condições para o bom desempenho de suas atividades, bem como o acesso aos documentos que se fizerem necessário. O médico, na função de auditor, se obriga a manter o sigilo profissional, devendo, sempre que necessário, comunicar a quem de direito e por escrito suas observações, conclusões e recomendações, sendo-lhe vedado realizar anotações no prontuário do paciente. É dedado ao médico na função de auditor, divulgar suas observações, conclusões ou recomendações, exceto por justa causa ou dever legal.

As empresas em geral são formadas por departamentos, setores e seções. Nas Instituições de Saúde não é diferente; e, entre os vários setores, podemos citar: Recepção, SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatística) e Faturamento. A integração destes setores é de fundamental importância para os serviços de auditoria na prevenção