Avaliação Concepção Dialética
Artigos Científicos: Avaliação Concepção Dialética. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: julumertz • 23/5/2014 • 5.169 Palavras (21 Páginas) • 320 Visualizações
Resumo do Livro: Avaliação Concepção Dialética (elaborado por Profª Ms. Mírian F. Rodrigues)
AVALIAÇÃO
Concepção Dialética-Libertadora do Processo de Avaliação Escolar
Vasconcelos, Celso dos Santos
A Avaliação é, na prática, um entulho contra o qual se esboroam muitos esforços para pôr um pouco de dignidade no processo escolar.
Vasconcelos não se assusta: analisa com rigor e abrangência, propõe firme e inovadoramente, aponta caminhos com tranqüilidade, e ainda assim, excitante dialeticidade.
INTRODUÇÃO - Apresenta alguns fatos que tornaram públicos em função da gravidade. É claro que no cotidiano escolar não é marcado por esse grau de violência física. Fala em violência simbólica, psicológica. O que os fatos tem em comum é o problema da avaliação.
A Avaliação tornou-se um dos principais problemas da educação escolar.
Fato nº 1 “Suicídio de aluno punido cria polêmica”
Fato nº 2 “Diretora diz que puxão rasgou orelha de aluno”
Fato nº3 “Vice – direto é acusado de bater em aluno “
Fato nº 4 “Chinês mata 4 e fere 2 na universidade Iowa, nos EUA”
Seria interessante analisar a ocorrência da reprovação em função da classe social: enquanto na rede privada o índice de reprovação na 1ª série do Ensino Fundamental é muito pequeno, na rede pública este índice é alarmante. Tal dado, não está ligado à questão da “qualidade” da escola privada, como quer nos fazer crer certa mídia, mas as estratégias a que recorre: seleção econômica para entrar (valor das mensalidades), exames de seleção (vestibulinhos), alunos de classe economicamente favorecidos, com fácil acesso a informações fora da escola (acesso a revistas, jornais, livros, televisão a cabo, computador, Internet,viagens, apoio dos pais, contratação de aulas particulares. Ou até a sutil sugestão da escola para transferência em caso de baixo rendimento, sem contar com expedientes como de “ dar um jeito” de aprovar o aluno para que o pai não perca o investimento.
Várias pesquisas etnográficas têm constatado: a postura do professor, muitas vezes, é bastante diferenciada numa escola e noutra em termos de estímulos e confiança no potencial do alunos.
O que quer mostrar é um mito criado sobre as escolas particulares, seria injusto e ingênuo fazer uma generalização. Há escolas particulares que são verdadeiros centros de excelência. Isto acaba contribuindo para a manutenção da distorção da avaliação da escola pública. As práticas conservadoras, de grande parte das particulares, são tomadas como modelo, “já que tem resultados tão positivos “.
O SAEB ( Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), tem ajudado a demonstrar este equívoco. A diferença de aproveitamento de ambas as redes, embora favorável a particular, é relativamente pequena, em patamares bem abaixo dos desejados.
Tanto a escola pública quanto a particular não tem conseguido cumprir a função de socialização do conhecimento, muitos pais percebem isto, mas se submetem aos encargos das mensalidades, tendo em vista os benefícios que as pessoas de posses poderá trazer para seus filhos. O verdadeiro sentido da reprovação se manifesta no fato de que, mesmo no interior da escola particular, o segmento social que é atingido por ela é justamente os menos desfavorecidos.
O problema da avaliação tem que ser encarado no contexto da educação escolar, que por sua vez precisa ser inserido no contexto social mais amplo. Não é o problema de uma matéria, nível, curso ou escola; é de todo um sistema educacional, inserido num sistema social determinado, que impõe certos valores desumanos como o utilitarismo, a competição, o individualismo, o consumismo, a alienação, a marginalização , valores estes que estão incorporados em práticas sociais, cujos resultados colhemos em sala de aula, funcionam como “filtros” de interpretação do sentido da educação e da avaliação.
1 – Lógica do Absurdo – Teses sobre a Avaliação pervertida ou sobre a perversão da avaliação
Do Caos ao Cosmos
Um dia o professor descobriu que podia mandar o aluno para fora da sala de aula, que a instituição cuidava de ameaçá-lo com a expulsão. Mais tarde, descobriu que tinha nas mãos uma arma muito mais poderosa: a nota. Começa a usa-la, para conseguir a ordem no caos. O Caos se fez cosmos, o maldito cosmos da nota...
A situação em que vivemos hoje sobre avaliação é tão crítica que gerou lógica do absurdo.
Tem sua lógica a escola..
1. valorizar muito a nota ... A escola precisa aumenta as exigências em relação às notas, para que os alunos a valorizem e estudem mais...
2. montar um clima de tensão em cima das provas, pois, a final a sociedade também é assim e a escola tem mais é que adaptar o aluno ao mundo que está aí... ( o que ninguém confessa é que logo mais a escola terá matérias do tipo: “Estudos avançados em Corrupção III”, “Seminários de Corrupção alheia”...
3. Ceder as pressões dos pais e de muitos professores, sempre foi assim...
4. Transferência do aluno para justificar a não mudança de suas práticas;
5. Professor supervalorizar a nota, caso contrário, não consegue dominar a sala;
6. 4º bimestre o aluno tira só a nota que precisa. “não quero deixar pontos para a secretaria;
7. O professor só valoriza a resposta certa, pois na sociedade é isto que importa;
8. O fato dos alunos terem “branco”, medo, nervosismo, ansiedade é tudo culpa deles e da família por não terem o hábito de estudar todos os dias...
9. o aluno dar muita ênfase à nota, pois sabe que, é ela que decide sua vida...
10. o aluno não estuda todo dia, sabe que o professor vai transmitir tudo tão diretinho...
11. o aluno estudar na véspera da prova, a prova é decorativa...
12. professor deseja “Boa Sorte” na prova, velado de vingança...
13.
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