Aviação Civil, fadiga

Sou aluno do curso de Aviação Civil. As pesquisas científicas na minha área são extremamente importantes porque, através delas, se torna possível estabelecer relação entre as diversas variáveis que atuam conjuntamente no decorrer de um voo, impactando positiva ou negativamente a segurança de voo. As pesquisas indicam tendências e baseiam a adoção de legislação específica para o setor.

O conhecimento científico é fundamental para o desenvolvimento da aviação porque tem a possibilidade de minimizar riscos potenciais para a operação das aeronaves, como por exemplo, a fadiga. O estudo constante das implicações da fadiga no desempenho de pilotos de aeronaves já implicou em várias mudanças por parte dos operadores aéreos; sendo que isto já afetou inclusive os procedimentos nas operações policiais de helicóptero.

De acordo com o artigo “Fadiga e Pilotagem de Helicópteros de Segurança Pública e Defesa Civil”, escrito por Oscar Ferreira do Carmo – Capitão PM, os fatores que podem gerar ou agravar os quadros de fadiga são: vigilância prolongada, variação no ritmo biológico circadiano, e a jornada de trabalho.

No caso da aviação de segurança e defesa civil, os pilotos de helicópteros ficam expostos a praticamente todos estes fatores; exigindo-se, portanto, que medidas mitigadoras sejam adotadas pelas organizações que se utilizam deste tipo de operação; medidas estas que devem passar, necessariamente, por um programa de gerenciamento de fadiga a fim de que a mesma possa ser identificada assim que o piloto demonstrar os primeiros sintomas.

Outro fator relevante mencionado no artigo é que a fadiga afeta, de uma forma ou de outra, a todos os pilotos. Desta forma, um excelente piloto, que tenha ótimas qualidades técnicas e que seja focado em segurança de voo, poderá cometer erros de julgamento que poderão ter consequências catastróficas, caso esteja trabalhando sob uma condição de fadiga.