Ação no Memorial do Convento
Por: kikaaSantos • 1/5/2015 • Trabalho acadêmico • 918 Palavras (4 Páginas) • 465 Visualizações
Ação
Na obra “Memorial do Convento” decorrem duas narrativas em simultâneo: a construção do Convento de Mafra (ação principal) e a construção da passarola, a primeira tem um carácter histórico e a outra é baseada em factos verídicos. No seguimento da ação principal surgem as quatro novas linhas de ação que são apresentadas em baixo.
1ª Linha de ação - REI D. JOÃO V
- 1708
D. João V casa com D. Maria Ana Josefa de Áustria.
- 1711
D. João V fez uma promessa que originou a construção do convento.[pic 1]
- 1717
É colocada e benzida a primeira pedra.[pic 2]
- 1730
Dia do 41º aniversário do rei no qual se procedeu à sagração da basílica.
Toda a linha de ação do rei engloba todas as personagens da família real e da própria corte:
Scarlatti – o músico real: «o italiano dedilhou o cravo, primeiro sem destino, depois como se estivesse à procura de um tema ou quisesse emendar os ecos, e de repente pareceu fechado dentro da música que tocava»
(cap. XIV, p. 161)
RESUMINDO |
Abrange todas as personagens da família real e relaciona-se a construção do convento, uma vez que esta surge de uma promessa do rei. Nesta linha estão presentes espaços como a corte, em seguida, o convento, na altura da sua inauguração (dia de aniversário do rei). |
Ludovice – o arquiteto encarregado das obras do convento: «artista sou, é verdade, e muito vaidoso, como todos, mas conheço a medida do meu pé, e também o jeito desta terra»
(cap. XXI, p. 280)
O guarda-livros – com quem D. João V tem várias conversas acerca da economia portuguesa: «Então diz-me lá como estamos de deve e haver? O guarda-livros leva a mão ao queixo parecendo que vai entrar em meditação profunda, abre um dos livros, como para citar uma decisiva verba, mas emenda ambos os movimentos e contenta-se com dizer, Saiba vossa majestade que, haver havemos cada vez menos, e dever, devemos cada vez mais.»
(cap. XXI, p. 283)
2ª Linha de ação - A CONSTRUÇÃO DO CONVENTO DE MAFRA
O que originou a construção do convento foi a promessa do rei, mas foi a obra e sacrifício dos homens do povo, entre os quais se destaca Baltasar Mateus e a sua família.
[pic 3]
RESUMINDO |
Linha principal da história, juntamente com a quarta (a que respeita à construção da passarola). É a linha de ação através da qual se dá uma união entre a primeira e a terceira linhas. Aqui são glorificados os homens que se sacrificam, passam por dificuldades, mas que também as vencem. |
3ª Linha de ação - BALTASAR E BLIMUNDA
História do casal Blimunda, a sete-luas, e Baltasar, o sete-sóis: amor, aventura e realização humana. Percorrem um caminho de comunhão, de amor e de procura, que lhes confere sentido à vida.
- Encontram-se num auto-de-fé, onde a mãe de Blimunda é condenada ao desterro.
[pic 4]
- Têm um projeto de vida em comum: o amor, a procura, a aventura.
[pic 5]
- Baltasar, o Sete-Sóis, desaparece, e Blimunda procura-o durante nove anos.
[pic 6]
- Blimunda, a sete-luas, reencontra o seu amor no momento em que este está a ser queimado nas fogueiras da Santa Inquisição.
[pic 7]
RESUMINDO |
Relata uma história de amor e o modo de vida do povo português. Baltasar e Blimunda são as entidades construtoras da passarola; a figura masculina é também, depois, construtora do convento, constituindo-se paradigma da força que faz mover Portugal (povo). |
4ª Linha de ação - A CONSTRUÇÃO DA PASSAROLA
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