Bacia Hidrografica Leste

CARACTERÍSTICAS DA BACIA DO LESTE:

3.1. Localização:

A região hidrográfica do Rio Atlântico Leste tem sua localização aproximada pelas coordenadas 9°40’ a 19°00’S e 36°40’ a 44°00’W, alcançado pelos Estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Sergipe. Atinge 526 cidades, alguns núcleos urbanos e um parque industrial. Possui uma área em torno de 386.092 km², o que equivale a cerca de 4% do território nacional. A área é dividida da seguinte forma; para o estado do Espírito Santo 1%, Estado de Sergipe 4%, Estado de Minas Gerais 26% e o Estado da Bahia com a maior região, sendo de 69%.

3.2. Principais afluentes:

A Bacia Leste é chamada de bacia agrupada, porque não possui um rio principal para nomeá-la. A maioria dos seus rios apresenta uma pequena extensão, sendo que os maiores são o Pardo, Jequitinhonha, Paraguaçu, Salinas, Vaza-Barris e de Contas.

O rio Jequitinhonha, por exemplo, possui como principais afluentes Itacambiruçu, Salinas, São Pedro e São Francisco pela margem a esquerda; e pela margem a direita Araçuaí, Piauí e São Miguel. Conta também com o Rio preto como seu principal subafluente, além de dispor de corredeiras, sumidouros, piscinas naturais, cachoeiras, cânions e praias fluviais com areias brancas.

3.3. Aspectos da bacia:

A região hidrográfica do atlântico leste exibi características peculiares, além de ser uma região de clima tropical, quente e úmido; e apresenta também temperatura média anual de 27°C, com variações entre 22°C e 32°C, tendo uma amplitude térmica anual baixa, que é próprio de regiões intertropicais.

A área que compreende essa bacia expõe uma grande alternância na precipitação, girando em torno de 2.400 mm – no extremo sul da bacia e no litoral baiano – e 400 mm anuais, no alto curso do rio Vaza-Barris. A sua evapotranspiração aparece com um valor médio de 1.738 mm/ano, onde na estação do verão se obtêm os maiores valores.

A disponibilidade e usos da água dependem muito da vazão do local. Nesse contexto a vazão média do conjunto das unidades hidrográficas é cerca de 1484 m³/s, o que representa 1% da vazão de escoamento superficial do Brasil. A vazão mínima (vazão com permanência de 95%) é de aproximadamente 240 m³/s; enquanto que as maiores vazões são vistas nos rios do Extremo Sul da Bahia que são eles, rio Itanhém, rio Itaúnas e rio Jequitinhonha, já a menor vazão é encontrada no rio Itapicuru.

O rio é um recurso extremamente relevante para a vida humana. É através dele que vem a grande parte da água que consumimos, tanto na produção alimentos, na higiene e também na irrigação do solo. O uso potencial dos rios na bacia leste é distinto, possui uso na geração de energia com seu potencial hidrelétrico instalado da região é de apenas 1.150 MW, as usinas hidrelétricas instaladas na região são: Itapebi, com 450 MW, Irapé, com 360 MW, Pedra do Cavalo, com 160 MW, Murta, com 120 MW, e Mucuri, com 60 MW (ANA, 2007c). Outro setor é a atividade pesqueira, mas que é pouco explorada nas bacias costeiras sendo que o predomínio dessa atividade consiste na subsistência familiar para a polução ribeirinha. As unidades de hidrográficas dos rios de Contas, Paraguaçu, Vaza-Barris e Recôncavo Baiano detêm de piscicultura (refere-se ao cultivo de peixes principalmente de água doce) com a produção de alevinos superior a 12 milhões/ano. A sua utilidade para a navegação é muito baixa em quase todas as unidades hidrográficas. O lazer e turismo tem seu desenvolvimento nas orlas marítimas, atraindo grande contingente populacional nos polos turísticos, e que se deve ficar atento a isso, pois configura uma demanda de água e serviços de saneamento básico maior.

Um dos grandes objetivos da Hidrologia é saber como o homem se apropria dos rios, nesse âmbito um fator preocupante é a questão ambiental. O esgoto causa um impacto significativo nas áreas litorâneas, muito se dá pela concentração de pessoas que tem lançamento considerável que afeta as atividades turísticas. Em relação ao atendimento urbano de rede de esgotos, apresenta índice igual a 35,6%, abaixo da média nacional que é de 47,4%. Entretanto região hidrográfica Atlântico Leste se destaca por apresenta o melhor índice de atendimento urbano de água do país, com 97,0%, da população atendida. Este índice é maior que a média brasileira que é de 89,4%, sendo que a região é a que possui o melhor índice do país.

3.4. Cursos d’água:

Conforme o mapa os afluentes na unidade são: Itacambiruçu, Salinas, São Pedro e São Francisco pela margem a esquerda; e pela margem a direita Araçuaí, Piauí e São Miguel. Conta também com o Rio preto como seu principal subafluente, além de dispor de corredeiras, sumidouros, piscinas naturais, cachoeiras, cânions e praias fluviais com areias brancas.

Figura 1 – Região Hidrográfica Atlântico Leste

3.5. Área de drenagem:

Com os principais rios da bacia atlântico leste damos a área de drenagem, que é a área onde toda e qualquer água oriunda de precipitação hidrológica irá escoar inicialmente pelas vertenes, em seguida pelos afluentes dos rios. Sendo suas principais vertentes o Pardo, Jequitinhonha, Paraguaçu, Salinas, Vaza-Barris e de Contas.

Fonte: Agência Nacional de águas (ANA)

Figura 2 – Área de drenagem da Região Hidrográfica Atlântico Leste

3.6. Forma:

A forma da bacia é um aspecto importante para saber a influência da chuva no fator escoamento. Onde obtemos a quantidade de deflúvio (escoamento), aquela tem o menor tempo de deflúvio proporciona maior vazão máxima. Para isso são utilizados coeficientes que vão quantificar a forma demonstrando a ocorrência de uma precipitação. O tempo de concentração (Tc) é definido como sendo o tempo, a partir do início da precipitação, necessário para que toda a bacia contribua com a vazão na seção de controle. Nesse aspecto temos o coeficiente de compacidade e o coeficiente de conformidade.