Breve História Do CAPS No Brasil
Trabalho Escolar: Breve História Do CAPS No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: melsix Paes • 2/3/2015 • 1.970 Palavras (8 Páginas) • 1.514 Visualizações
Breve histórico do CAPS no Brasil
“O primeiro CAPS do Brasil, denominado Professor Luís da Rocha Cerqueira, surgiu em 1986, a cidade de São Paulo, a partir da utilização do espaço da então extinta Divisão de Ambulatório (instância técnica e administrativa da Coordenadoria de Saúde Mental, responsável pela assistência psiquiátrica extra-hospitalar) da Secretaria Estadual de Saúde. Transformou-se esse local num serviço que se propunha a evitar internações, acolher os egressos dos hospitais psiquiátricos e poder oferecer um atendimento intensivo para portadores de doença mental, dentro da nova filosofia do atendimento
em saúde mental desse período”. Ribeiro (2004)
Segundo Ribeiro (2004) “... os CAPS se estruturam como serviços de atendimento diário. Parte-se de um entendimento de que a especificidade clínica de sua clientela, pela sua doença e condições de vida, necessita muito mais do que uma consulta ambulatorial mensal ou semanal. Organizam-se de forma a que o usuário, caso necessite, possa freqüentar o serviço diariamente, e é oferecida uma gama de atividades terapêuticas diversificadas e o acolhimento por uma equipe interdisciplinar. Procura-se oferecer ao usuário a maior heterogeneidade possível , seja nas pessoas com quem possa vincular-se seja nas atividades em que possa engajar-se. Nesses serviços, o pressuposto é o de que a alienação psicótica implica uma dificuldadeespecífica de expressão subjetiva, refratária, a ser apreendida por instituições massificadas ou pouco aparelhadas para captar e entrar em relação com o singular de cada paciente. Do mesmo modo, as dificuldades concretas de vida acarretadas pela doença mental grave devem ser, também elas, objeto das ações de cuidado, incorporando-se à prática psiquiátrica aquilo que tradicionalmente era considerado extra clínico. O cuidado, em saúde mental, amplia-se no sentido de ser também uma sustentação cotidiana da lida diária do paciente, inclusive nas suas relações sociais (Tenório, 2002). Os CAPS se constituíram, então, numa ampliação tanto na intensidade dos cuidados aos portadores de transtornos mentais quanto de sua diversidade, incluindo as especificidades de sua clientela e da cidade ou local onde estão inseridos”.
Atuação do Psicólogo no CAPS
Pinto (2009), diz “O psicólogo é antes de tudo um facilitador, ele trabalha no intuito de promover a auto-estima do usuário e da equipe de trabalho, quer seja dentro de um modelo de saúde pública ou particular que se pensa em ações preventivas, e educativas. É responsável ainda por promover trabalhos em grupo, facilitar o entendimento do cliente quanto sua nova condição de saúde, as necessidades e como deve cooperar com o tratamento”.
Para Ribeiro (2004), o psicólogo propicia ao usuário um espaço para expor suas dúvidas, pensar e falar sobre si e sobretudo que o cerca; trazer seus verdadeiros anseios, medos e credos em relação a sua doença. Colabora com o estabelecimento do vínculo com a equipe e com isso promove a recuperação e inserção social através da confiança e elevação da auto-estima. Cabe ao psicólogo acompanhar desde a recepção dos pacientes, a exposição sobre seu histórico de doença atual e a percepção do tratamento, atuando de forma pontual de modo a fazer emergir as questões de ordem subjetiva.
O enfoque que se espera do psicólogo nestes trabalhos é a informação, fundamental como elemento para pensá-lo, e todas as orientações comportamentais que facilitam os processos do tratamento. Ele é responsável por discutir assuntos que são constrangedores para outros profissionais e que tanto o usuário, quanto a família consegue discutir com o psicólogo, (RIBEIRO, 2004).
Ainda segundo o autor, o psicólogo deve ter um papel ativo, que facilita tanto a equipe técnica quanto o grupo de pacientes a perceberem as implicações emocionais envolvidas em todas as fases da vida. “Metaforicamente diríamos que ele exerce a função do maestro em uma orquestra sinfônica, que não toca nenhum instrumento, mas é habilitado em todos”. Pinto (2009).
A atual política prevê a implantação de diferentes tipos de
CAPS:
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