Bsc E Seis Sigma
Monografias: Bsc E Seis Sigma. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Oli_veira • 19/11/2013 • 5.266 Palavras (22 Páginas) • 281 Visualizações
Estratégica Seis Sigma: Em busca da competitividade Empresarial
1. Introdução
Com o recente processo de globalização, o mercado tem ficado cada vez mais complexo e competitivo. O grande desafio encontrado pelas empresas no novo milênio não mais se resume a simples questão de como obter competitividade, mas sim de como mantê-la a longo prazo. O mercado está em constante mudança, e as adaptações são necessárias (PANDE et al., 2001).
Segundo Matos (2003), para se adaptarem a este novo cenário, muitas instituições estão passando por um processo de reestruturação gerencial, visando a redução de custos com a má qualidade e um atendimento compatível às exigências do cliente.
As limitações e variações dos processos produtivos acarretam o aumento de defeitos, falhas, custos e tempos de ciclos de produção. E estas reduzem o nível de serviço prestado para os clientes, reduzindo a confiança neste serviço.
A estratégia Seis Sigma foi identificada por várias organizações como uma das alternativas que conjugam eficiência e eficácia dos processos produtivos, aumentando assim a produtividade e lucratividade dos negócios como resposta à elevação da qualidade (ECKES, 2001; apud SANTOS, 2006). Para Rotondaro (2002), essa nova estratégia oferece produtos e serviços que o consumidor reconhece como superiores em preços, entrega, desempenho e qualidade. Segundo Pande et al., (2001), com a utilização desta estratégia as empresas de qualquer ramo podem aumentar significativamente a probabilidade de se manterem bem sucedidas nesse novo cenário. Sendo assim, o Seis Sigma passa a ser visto não mais como um modismo no mundo dos negócios, mas ao contrário, um sistema flexível para alcançar a liderança e um melhor desempenho de negócios.
De acordo com Andrietta (2002), o Seis Sigma se concentra na diminuição, ou até mesmo eliminação da incidência de erros, defeitos e falhas em um processo. Para Werkema (2002; apud BALABEN, 2004), o que explica o sucesso desta estratégia é a maneira como ela é abordada e, principalmente, sua forma de implementação.
Esta é uma estratégia que utiliza, de maneira correta, uma série de técnicas e ferramentas estatísticas já conhecidas, auxiliando as organizações na tomada de decisão, para a implantação de ações de melhorias de processos e de produtos (MATOS, 2003). Então, a estratégia Seis Sigma visa fortalecer as necessidades das empresas em melhorar os seus processos de maneira contínua e sustentável.
Ela visa impactar de maneira agressiva nos lucros das empresas, provocando grandes evoluções nos seus processos internos, incentivando o crescimento e melhorando o aproveitamento dos funcionários (RATH & STRONG, 2001; apud SCATOLIN, 2005). É interessante perceber que a estratégia está de acordo com a linguagem dos negócios, como risco, tempo de ciclo ou custo, do que com a linguagem de qualidade, como defeito ou erro. O propósito principal desta estratégia é a redução do risco do negócio, não somente a simples idéia de redução de defeitos. As melhorias ocorrem tanto no desempenho quanto na qualidade, na capacidade, no tempo do ciclo, no nível de estoque e em outros fatores como ocorre em um circulo vicioso. Ao final, fornecedores e clientes acabam ganhando (HARRY, 2000; apud SCATOLIN, 2005).
Este artigo está organizado da seguinte forma: a seção 2 apresenta uma breve descrição do método Seis Sigma; a seção 3 descreve como são organizadas as equipes dentro do método Seis Sigma; a seção 4 apresenta a metodologia de aplicação do Seis Sigma; na seção 5 são apresentados três estudos de casos de empresas que implementaram o seis sigmas e os seus respectivos resultados; e, finalmente, a seção 6 apresenta as considerações finais.
2. O sigma do Seis Sigma
Segundo Pande et al., (2001), o Seis Sigma surgiu em 1987 com a empresa Motorola. O objetivo era tornar a empresa mais competitiva para enfrentar o mercado internacional. Os concorrentes estrangeiros, ou seja, os japoneses estavam fabricando produtos de melhor qualidade a um custo mais baixo.
Conforme afirmam Scatolin (2005) e Campos (2007), a Motorola fez comparações entre os dados internos de sua experiência de pedidos, pagamentos de fatura e ordens de pagamento a outras estatísticas atreladas ao dia-a-dia das organizações americanas. Da mesma maneira, foram pesquisadas empresas reconhecidas no mercado americano como de alta qualidade e com níveis elevados de satisfação do cliente. Estas empresas foram comparadas com outras empresas com médio desempenho.
O dados das organizações analisadas foram colocados em um gráfico e o seu nível de falha foi associado a um nível sigma. Foi comprovado que as empresas consideradas médias tinham taxas de falhas entre 3.000 a 10.000 por milhão de oportunidades, o que seria equivalente a um nível sigma 3 e 4. Já as melhores empresas do mercado, as conhecidas como “best-in-class”, tiveram taxa de falhas próxima a 3,4 por milhão de oportunidades, o que seria equivalente ao nível seis sigma. A tabela 1 mostra os ganhos obtidos com o método Seis sigma com a redução de defeitos.
Limites de Especificação / Área /Defeitos por Milhão (PPM)
± 1 d / 68,27 / 317300
± 2 d / 95,45 / 45500
± 3 d / 99,73 / 2700
± 4 d / 99,9937 / 63
± 5 d / 99,999943 / 0,57
± 6 d / 99,9999998 /0,002
FONTE: Werkema (2002)
O Seis Sigma mede o desempenho de qualquer processo em valores “sigma”, não importando a natureza dos processos. Sua capacidade pode ser expressa em um “nível sigma” dependendo da quantidade de defeitos que produz (SUCUPIRA, 2007). Sigma é a medida estatística que se relaciona com a capacidade de um processo ou habilidade deste processo em produzir peças sem defeitos. Então, sigma é a medida da variação do processo, também conhecido na estatística como desvio padrão (KLEFSJO, 2001; apud SCATOLIN, 2005).
Quanto maior o nível sigma, ou seja, número de desvios, menor será a possibilidade de defeitos em um processo, produto ou serviço. (CORONADO; ANTONY, 2002; apud PENA, 2006). Com isso, há um aumento na confiabilidade do produto, há a redução da necessidade de realização de testes e inspeções reduzindo custos e aumentando a satisfação dos clientes (HARRY, 1998, apud HIROTA, 2005).. Percebe-se que se visa centrar o processo na curva normal e reduzir
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