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CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA TRADICIONAL E DO CAMPO: DESAFIOS DO DOCENTE

Por:   •  5/11/2018  •  Relatório de pesquisa  •  2.510 Palavras (11 Páginas)  •  341 Visualizações

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UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

LUCIANE SIEDLECKI GALVAN

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA TRADICIONAL E DO CAMPO: DESAFIOS DO DOCENTE

ENÉAS MARQUES - PR

2015


UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

LUCIANE SIEDLECKI GALVAN

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA TRADICIONAL E DO CAMPO: DESAFIOS DO DOCENTE

Artigo Científico Apresentado à Universidade Candido Mendes - UCAM, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Educação do Campo.

ENÉAS MARQUES - PR

2015


CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA TRADICIONAL E DO CAMPO: DESAFIOS DO DOCENTE

   Luciane Siedlecki Galvan[1]

RESUMO

Nos últimos anos, a educação no Brasil tem sido ocupada por sujeitos que ainda não haviam ocupado este espaço: os movimentos sociais do campo. Estes sujeitos têm sido capazes de apresentar algumas alternativas para desenvolver a escola do campo, com suas especificidades e não apenas como uma cópia das escolas tradicionais, bem como influenciar no processo de formação dos docentes do campo. As reflexões apresentadas na presente pesquisa objetivam analisar o processo de surgimento da Educação do Campo, especialmente no que se refere ao trabalho do docente do campo e compreender os desafios diante da prática pedagógica. Como metodologia utilizou-se pesquisa bibliográfica, baseada em análise de materiais científicos publicados na literatura e em meio eletrônico. A Educação do Campo ainda tem desafios a serem superados e faz-se necessária a profissionalização dos professores atendendo às demandas do campo, bem como o envolvimento do governo e da sociedade como um todo neste processo.

Palavras-chave: Educação do Campo. Formação de Educadores. Prática do Docente.

 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento desta pesquisa está baseado em debates da educação e tem como tema a prática da Educação do Campo, principalmente         no que se refere às particularidades da escola tradicional e da escola do campo, bem como a formação dos professores.

Desta forma, a presente pesquisa tem como objetivo principal analisar o processo histórico e evolutivo da Educação do Campo, bem como compreender os desafios da prática pedagógica do docente no campo.

A educação, durante toda a história, sempre esteve presente na constituição brasileira, porém, a educação rural nunca foi mencionada nos textos constitucionais de 1824 e 1891, ainda que o país tivesse um perfil essencialmente agrário, desde a sua origem.

As escolas no meio rural enfrentam diferentes problemas, como dificuldades com o transporte escolar, falta de professores com formação voltada à educação do campos, classes multisseriadas e ensino voltado às questões urbanas e desconexos com a realidade rural.  

O conceito de Educação do Campo surgiu na década de 70, a partir de movimentos camponeses e sociais, a fim de criar políticas educacionais voltadas ao contexto da reforma agrária (SILVA, 2014).

Os movimentos sociais possuem como um dos grandes desafios, valorizar a importância real do conhecimento transmitido pela escola na formação de sujeitos que se quer forjar, ou seja, sujeitos conscientes e que tenham capacidade de transformar suas realidades (REICHWALD JUNIOR et al., 2006).

A educação rural se enquadra em um modelo atrasado, que não acompanhou a evolução com o passar do tempo, no entanto, ela não conseguiu acompanhar a evolução ao referir-se à luta por espaço que tinha direito, dentro das leis e das políticas públicas que garantissem as suas peculiaridades de funcionamento (ARAÚJO, 2009).

Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se a pesquisa bibliográfica como metodologia deste trabalho, realizada a partir da análise de materiais científicos encontrados na literatura e em meio eletrônico. Os desdobramentos deste referencial teórico visam contribuir o fortalecimento da prática educacional do docente do campo.

DESENVOLVIMENTO

Escola tradicional e escola do campo e suas caracterizações

O campo e a cidade devem interagir entre si e se integrarem ao desenvolvimento da sociedade, no entanto, as ações que levam ao desenvolvimento normalmente são pensadas tendo como base as cidades e, muitas vezes, sem considerar as necessidades e demandas de quem vive no campo e, no caso da educação, isto se repete (ZANCANELLA, 2009).

A realidade da educação do campo é um cenário de constantes investigações, uma vez que existem grandes índices de analfabetismo e faltam professores capacitados especificamente para trabalhar com as questões do meio rural e com a realidade do campo (GHELLERE; CAMILO, 2008).

A problemática da educação do campo é principalmente a localização geográfica e a baixa densidade populacional nas regiões rurais, que acabou por condicionar a educação do campo a planos inferiores, resultando em insegurança no funcionamento da escola do campo e na formação inicial dos professores (CARVALHO; SILVA; SILVEIRA NETO, 2010).

Neste sentido, Socorro (2005, p.35) sugere que “além de questões de infraestrutura, pessoal e outros, há uma herança mais cruel: a escola rural desrespeita a realidade onde está inserida, destrói a autoestima dos camponeses, não se coloca a serviço do seu crescimento”.

A partir do ano 2000, o Movimento de Educação do Campo surgiu representado por movimentos sindicais rurais e movimentos sociais que de através de uma organização eclodiram um processo nacional de luta para garantir seus direitos, articulando as exigências do direito à terra com as lutas pelo direito à educação. Os trabalhadores rurais protagonizaram estes movimentos e, desta forma, o conceito Educação do Campo se vincula necessariamente ao contexto no qual se desenvolvem os processos educativos e os graves conflitos que ocorrem no meio rural brasileiro, decorrente de diferentes interesses econômicos e sociais em disputa pela utilização do território (MOLINA; FREITAS, 2011).

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