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CARTONA UMA EMPRESA QUE GUARDA EMOÇÕES

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Por:   •  10/10/2013  •  2.793 Palavras (12 Páginas)  •  1.764 Visualizações

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CARTONA:

Uma empresa que guarda emoções

Case elaborado pelos professores Márcia Portazio e Paulo Campos

Pós-graduação ESPM-SP

Destinado exclusivamente ao estudo e discussão em classe, sendo proibida a sua utilização ou reprodução em

qualquer outra forma. Direitos reservados ESPM/EXAME.

www.espm.br centraldecases@espm.br

(11) 5085-4625

Foto: Renato Fogal

Estrutura do Case

www.espm.br/publicações

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Introdução

História da Cartona

Década de 90

Fevereiro de 1997

Gestão compartilhada

O desafio para os próximos cinco anos

Outras questões a serem trabalhadas

Bibliografia

Sites consultados

Sobre os autores

Resumo

www.espm.br/publicações

Este case relata o processo de sucessão da segunda para a terceira geração da empresa CARTONA CARTÃO PHOTO NACIONAL LTDA. Relata os principais momentos da história da empresa e, mais especificamente, apresenta o contexto em que a empresa estava inserida na época da sucessão, no período de abertura do mercado, na década de 90, quando a empresa deixou de ser uma indústria orientada à produção, para se tornar uma empresa orientada ao cliente. Descreve também, o modelo de gestão adotada após a sucessão – a Gestão Compartilhada, discutindo aspectos importantes deste modelo de gestão. Aponta, ainda, os principais desafios que a empresa enfrenta no momento atual, dez anos após a sucessão, frente a uma nova mudança no mercado em que atua.

Palavras-chaves: sucessão, empresa familiar, Gestão compartilhada, liderança, mudança.

This paper describes the succession process from second to third generation at CARTONA CARTÃO PHOTO NACIONAL LTDA. It illustrates the most important events in the company history, and, more specifically, presents the context in which the company was at the succession time. In this period, during the 90’s, Brazil saw the opening of its markets to foreign goods. The company ceased to be production-oriented and became client-oriented. The paper also describes the management model adopted after the succession process – Shared Management – and discusses relevant aspects of this management model. The paper also points out the main challenges the company faces at present, ten years after the succession process was completed, facing new changes in its market segment.

Keywords: succession, family company, shared management, leadership, change.

Abstract

www.espm.br/publicações

INTRODUÇÃO

A câmera fotográfica apontava diretamente para eles. Ela bem que podia estar ali para registrar o momento, afinal, podia-se dizer que aquele era um momento histórico. Mas não era uma câmera de verdade. Ao menos, não funcionava mais como uma câmera de verdade. Estava ali artisticamente colocada naquele canto para decorar a sala de reuniões.

A câmera foi trazida para a empresa por Ricardo Augusto Monegaglia em 1977. Ela havia pertencido a um fotógrafo “lambe-lambe” dos anos 50 que tirava fotos dos paulistanos na Praça da República. Ricardo resolveu trazê-la para a empresa porque, além de se tratar de uma peca de antiguidade com valor histórico, ela seria um excelente símbolo do que representava sua empresa - um instrumento de “captura” das emoções. Isso mesmo, sua empresa, assim como aquela câmera teria a missão de “guardar” emoções.

O que não se sabia ao certo é se quando Ricardo a colocou ali, escolheu sua posição com a intenção consciente de apontá-la para a mesa de reuniões, como que desejando que ela “capturasse” os episódios mais importantes da empresa, vividos ali naquela sala ou aquilo era uma simples coincidência. Esse detalhe jamais seria revelado, uma vez que não havia mais como perguntar isso a Ricardo. Infelizmente ele estava morto.

Ricardo Monegaglia que havia comandado a empresa ao longo de 30 anos, havia falecido repentinamente num acidente de carro. Agora, o que todos se perguntavam - funcionários, fornecedores, clientes e concorrentes - era o que seria da empresa.

Naquela manhã, uma terça-feira de fevereiro de 1997, no dia seguinte ao enterro de seu pai, Ricardo Filho, de 28 anos, Rodolpho de 27 anos e Rodrigo de 26, estavam reunidos na sala de reuniões sob a mira daquela velha câmera fotográfica que, infelizmente, não poderia registrar aquele que era sim um momento histórico. Naquela reunião seria decidido o destino da CARTONA.

Não foi difícil para os irmãos chegarem a um consenso. Nem chegou a passar pela cabeça de nenhum deles alguma dúvida quanto ao caminho que tomariam. A CARTONA continuaria sua missão. Continuaria a “guardar” emoções. Continua-ria a “guardar” as emoções da família Monegaglia, sob a gestão da terceira geração, para que seus clientes pudessem continuar a “guardar” suas próprias emoções.

A HISTÓRIA DA CARTONA

A história da empresa CARTONA CARTÃO PHOTO NACIONAL LTDA. se confunde com a própria história da fotografia no Brasil.

Inventada na segunda metade do século XIX, a pequena caixa de madeira capaz de registrar e reproduzir imagens permitiu que o homem conquistasse um novo passo rumo à eternidade, registrando de forma indelével e permanente tudo o que parecia ser importante no mundo: retrato de pessoas, paisagens, monumentos, sítios urbanos e acontecimentos, impondo uma nova visão de mundo, cujo conteúdo elevado de informações precisas e realistas possibilitou uma democratização do saber.

Foi em 19 de agosto de

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