CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ - UNINOVAFAPI
Monografias: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ - UNINOVAFAPI. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: nevescarlos34 • 15/5/2014 • 3.624 Palavras (15 Páginas) • 483 Visualizações
O envelhecimento populacional é fenômeno mundial e, nos países em desenvolvimento, é a mudança demográfica mais marcante. Projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, entre os 10 países com numerosa população idosa em 2025, cinco serão em desenvolvimento, incluindo o Brasil, com número estimado de 27 milhões de pessoas com 60 e mais anos de idade. O Brasil ingressou, na década de 1990, num processo de envelhecimento demográfico com particularidades que o destacam na escala mundial. Poucos países desenvolvidos apresentaram velocidade de envelhecimento populacional como tem ocorrido com o Brasil (NASCIMENTO et al.,2011).
As alterações próprias do envelhecimento tornam o indivíduo mais propenso ao desenvolvimento de HAS. A sua prevalência nos indivíduos acima de 60 anos é muito alta. No Brasil cerca de 65% dos idosos são hipertensos, e entre mulheres maiores de 75 anos a prevalência pode chegar a 80%. Os valores pressóricos variam segundo idade e sexo, além de sofrer influência dos medicamentos utilizados, das doenças crônicas associadas e da
mudança do estilo de vida (BORIM et al.,2011).
A hipertensão arterial é uma doença de natureza multifatorial com alta prevalência na população idosa, tornando-se um fator determinante nas elevadas taxas de morbidade e mortalidade desses indivíduos. Está freqüentemente associada a outras doenças como a arteriosclerose, diabetes mellitus e síndrome metabólica, conferindo a este grupo alto risco cardiovascular (OLIVEIRA et al,.2008).
O perfil de grande parte dos idosos brasileiros caracteriza-se por baixo nível socioeconômico e educacional e alta prevalência de doenças crônicas e incapacitantes. Estudos realizados com idosos assistidos pela Estratégia Saúde da Família identificaram, ainda, o predomínio do sexo feminino, renda familiar inferior a um salário mínimo e da alta prevalência de doenças crônicas, principalmente a hipertensão arterial (ALVARENGA et al,. 2010).
Uma das prioridades na atenção à saúde de idosos é o monitoramento de suas condições de vida e saúde, pois sabe-se que os problemas de saúde aumentam com a idade, assim como o uso de serviços de saúde. Para esse monitoramento, são necessários indicadores capazes de avaliar a morbidade e o impacto da doença e/ou incapacidade na qualidade de vida de idosos e de suas famílias, entre os quais se destacam a percepção da saúde, as limitações para realizar atividades da vida diária, os hábitos de vida, a presença de doenças crônicas e o estado nutricional, sendo que este último pode ser, inclusive, um indicador positivo de saúde (ALVARENGA et al,. 2010).
A nutrição e a alimentação na terceira idade ainda são pouco exploradas, não tendo recebido a devida atenção. Com o aumento de pessoas acima dos 60 anos de idade, aumenta a necessidade de estudos que investiguem o perfil nutricional e o estado de saúde para que as propostas de educação continuada tenham adesão e impacto na qualidade de vida desses indivíduos (BUENO et al, 2008).
É sabido que o idoso consome mais serviços de saúde, as internações são frequentes e mais longas quando comparada a outras faixas etárias. De modo geral, as enfermidades dos idosos são crônicas e múltiplas, persistem por vários anos, exigem acompanhamento médico e de equipes multidisciplinares. Os serviços de saúde, por sua vez, possuem importância crucial para a redução das doenças crônicas e de suas complicações (DANDAS, 2011).
A adesão ao tratamento da hipertensão arterial pode se entendido como o grau de coincidência entre o comportamento do indivíduo e a prescrição do profissional de saúde, a qual abrange além da terapia medicamentosa os cuidados que envolvem o estilo de vida. Para que haja tratamento e acompanhamento do paciente o Ministério da Saúde implantou o programa Hiperdia, o qual se destina ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (CONTIERO et al,.2009).
À medida que a população envelhece, a prevalência da hipertensão arterial continuará a aumentar cada vez mais, originando um grave problema de saúde pública entre a população idosa. Portanto, sabemos que uma alimentação equilibrada pode favorecer em vários aspectos, beneficiando o funcionamento do organismo como um todo e melhorando o ritmo dos vasos sanguíneos e da musculatura do coração, por isso, podemos afirmar que uma alimentação adequada é capaz de retardar o aparecimento da hipertensão.
A motivação para a realização desse estudo tem base na concepção de que existem vários fatores que interferem no tratamento da hipertensão arterial em idosos, vê-se então a necessidade na melhoria da prevenção e controle da hipertensão arterial na rede pública.
Diante disto pretende-se apresentar o perfil antropométrico e sócio-econômico dos idosos hipertensos, no qual poderá contribuir para que os gestores das Políticas Públicas de Saúde possam buscar medidas preventivas, proporcionando ações sistemáticas, em prol da melhoria da qualidade de vida desses pacientes, reduzindo complicações ou agravos à saúde destes e, consequentemente, as diminuições de custos com medicações e/ ou internações.
2.0 OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre o estado nutricional e as condições sócias- econômicas da população idosa brasileira acompanhada pela Estratégia Saúde da Família.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Idosos
O número crescente de idosos deve-se a alguns fatores determinantes, como a redução da mortalidade geral, sobretudo a infantil, diminuição das taxas de fecundidade e aumento das taxas de sobrevida. Aos fatores do processo de envelhecimento, os autores acrescentam a melhoria nas condições de saneamento e infraestrutura básica e os avanços da medicina e da tecnologia. No processo de envelhecimento, inúmeros agravos à saúde poderão surgir em decorrência das várias alterações fisiológicas e funcionais, peculiares ao grupo de idosos, tornando o indivíduo mais vulnerável às doenças crônicas (OLIVEIRA
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