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CIENCIA COISA BOA

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Por:   •  16/9/2013  •  885 Palavras (4 Páginas)  •  2.007 Visualizações

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RESENHA

ALVES, Rubem. “Ciência, coisa boa...” IN: Marcelino, Nelson (org) Introdução às Ciências Sociais. Campinas. Papirus, 1994.

Rubem Alves nasceu em Boa Esperança, Minas Gerais, em 15 de setembro de 1933. Fez bacharelado em Teologia pelo Seminary Prebisteriano de Campinas; mestre em Teologia pela Union Theological Seminary de Nova Iorque, EUA; doutor em Filosofia pelo Princeton Theological Seminary, em Princenton, EUA; e psicanalista pela Associação Brasileira de Psicanálise de São Paulo. É escritor, educador e autor de “A alegria de ensina”, “Filosofia da Ciência”, “Entre a ciência e a sapiência” e o mais recente “Namorada das palavras”, entre outros.

Professor-Emérito da Unicamp, já lecionou nos Estados Unidos, Inglaterra e Itália. Membro. Membro da Academia Campinense de Letras, é autor de 96 livros, crônicas e infantis – e tem 21 títulos publicados em outros países. Foi conferencista da “Nobel Fundation”, em 1979, e recebeu a medalha “Carlos Gomes” de incentivo à cultura em Campinas, onde é cidadão-honorário.

Segundo Fernando Pessoa: “pensar é estar doente dos olhos”. Rubem Alves apóia e amplia: “pensar é estar doente do corpo”. O pensamento marca o lugar da enfermidade. Quando o corpo está bem ele não conhece. O que não incomoda torna-se transparente, invisível, desconhecido.

Mas no momento que surge a dor, o problema aparece. A vida não vai bem. Então se pergunta: o que há? o que pode ter causado esse problema? Estas perguntas feitas perante a um problema, recebe o nome de hipóteses na linguagem científica. Desenvolve-se estas hipóteses com o propósito de compreender, para evitar que o incômodo se repita. Pensar para não sofrer. Devem existir milhões de situações no universo que nunca incomodaram, não perturbaram o corpo, não lhe produziram dor. Só se conhece o que incomoda. Tudo tem a ver com a lógica da dor e do prazer. O corpo tem a necessidade de repetir uma experiência de prazer experimentada uma vez. Já o intelecto puro é o contrário, pois odeia a repetição, está sempre em busca de novidades. Do ponto de vista do prazer, o que é bom tem de ser repetido, indefinidamente.

O desejo de conhecer é um servo do desejo de prazer. Conhecer por conhecer é um absurdo. O pensamento gera prazer.

Alguns podem dizer que na ciência conhece-se por conhecer, sem que a experiência de conhecimento ofereça qualquer tipo de prazer. Essa é uma conclusão duvidosa. O trabalho realizado apenas por dever, não produz algo novo. Cientista que trabalha por obrigação, não consegue ter visão criativa. Para que se tenha criatividade é preciso “tesão”-fazer algo com gosto, querer muito mesmo. Quando se está envolvido nas tarefas mais absurdamente intelectuais, o que está em jogo é o corpo que deseja ser admirado, respeitado, mencionado, invejado.

A fascinação pelo desconhecido é algo estranho. Não há limites para os mistérios. Alguns parecem insignificantes de tão simples. Mas existe o cientista, que é capaz de ver, nas coisas mais simples, grandes enigmas a serem desvendados, e o seu mundo se enche de mistérios. Há os mistérios do universo, mas de repente constata-se que os enigmas da Via Láctea são pequenos demais comparados com aqueles das pessoas da cena cotidiana.

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