COMO TRANSFORMAR 500 DÓLARES EM UM FATURAMENTO DE 24 MILHÕES DE REAIS
Artigos Científicos: COMO TRANSFORMAR 500 DÓLARES EM UM FATURAMENTO DE 24 MILHÕES DE REAIS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ROBERTINHAILHA • 17/11/2013 • 835 Palavras (4 Páginas) • 484 Visualizações
A sala de reuniões da CacauShow tem um cartaz com os seguintes dizeres:
"A distância de um sonho torna-se mais curta quando você acredita que pode realizá-lo”.A frase está assinada por Alexandre Tadeu da Costa, o dono da fábrica. Ele aparece na foto ampliada, em baixo dos dizeres, ao lado de uma senhora, com uma série de prateleiras e formas de chocolate ao fundo. A frase toma-se auto-explicativa para quem visita a área de 5.000 metros quadrados, praticamente escondida atrás da fachada do prédio, na rua Carandaí, bairro da Casa Verde, zona Norte da cidade de São Paulo. Ali funciona um verdadeiro delírio para crianças: uma fábrica de chocolates. A fábrica nasceu do empenho de Costa quando herdou uma marca tratada como patinho feio entre outras comercializadas a domicílio pelos pais. Desde os 15 anos, Costa trabalhava na Mavil´s, empresa que fazia venda direta de produtos como cosméticos, malhas e moda íntima de marca própria e de marcas conhecidas. Seu trabalho era basicamente atender os pedidos dos catálogos e repassar para o fabricante.
Tudo ia bem, até que, no ano de 1987, as vendedoras fizeram bem sua parte e conseguiram um número recorde de pedidos de chocolate no Natal e na Páscoa –tantos que Costa e os pais não conseguiram entregar. Foi a gota d'água para um negócio que não era dos mais atrativos e ainda causava esse tipo de problema - quase incontornável para quem vende de porta em porta e constrói relacionamentos baseados em confiança. Por conta disso, Ademir e Vilma resolveram descontinuar o negócio. Costa, que estava com 17 anos, enxergou ali a oportunidade que precisava para trabalhar sem os pais. Pegou os catálogos abandonados e pediu uma chance para recomeçar a venda direta. Mesmo que não acreditasse muito naquele rapaz comprido e magro, família aceitou. Costa conseguiu 500 dólares de capital, emprestados de um tio para começar o negócio.
Com esse pouco capital e a disposição de algumas revendedoras, Costa foi em frente. “Transformei a adversidade em energia para fazer negócio", diz. Assim, colocou o lápis no papel e criou uma tabela só para os ovos de chocolate. Dos maiores de 1kg até os menores de 50g. A Páscoa estava chegando e era necessário organizar o fluxo para não pisar na bola de novo e deixar os clientes sem chocolate. Costa reuniu a equipe formada por cinco pessoas e chegaram à conclusão de que os pedidos poderiam chegar até dez dias antes da Páscoa para o fornecedor produzir a tempo de despachar. E precisavam ser enviados sete dias antes para o Coelho da Páscoa não se atrasar.
O planejamento funcionaria às mil maravilhas não fosse por um pequeno detalhe: nenhum fornecedor tinha ovos de 50 gramas, vendidos aos montes pelas revendedoras. Costa pegou o motorista dos pais (ainda não tinha carteira de habilitação) e foi de atacado em atacado em busca das tais encomendas. Foi quando Costa encontrou em uma das empresas visitadas uma senhora disposta a ouvi-lo. Ela era a Cleusa, a senhora da foto da sala de reuniões da CacauShow, que vendo o desespero do rapaz, sugeriu que ele comprasse as fôrmas para que fizessem os chocolates na casa dela. Ficaram dois dias e uma noite trabalhando para dar conta das encomendas. Costa etiquetou o material, colocou em cinco Kombis todos os ovos - produzidos por eles e comprados do fornecedor - e entregou para todos de uma vez só. Ao final daquela
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