COMUNISMO
Seminário: COMUNISMO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: erica0806 • 4/4/2013 • Seminário • 6.113 Palavras (25 Páginas) • 593 Visualizações
COMUNISMO
De forma geral, a maioria dos livros didáticos costuma atrelar o surgimento do comunismo em função da reflexão teórica apontada por Karl Marx e Friedrich Engels. Entretanto, essa ideia de que o comunismo seria fruto de uma mera reflexão de dois teóricos do século XIX pode ser vista sobre outro prisma. Basta compreendemos o comunismo enquanto experiência socialmente vivida e, ao mesmo tempo, buscarmos enxergar traços dessa mesma experiência na fala de outros pensadores.
O comunismo pode ser compreendido como certo tipo de ordenação social, política e econômica onde as desigualdades seriam sistematicamente abolidas. Por meio dessa premissa, a experiência comunista parte de um pressuposto comum onde a desigualdade social gera problemas que se desdobram em questões como a violência, a miséria e as guerras. A intenção de banir as diferenças entre os homens acaba fazendo com que muitos enxerguem o comunismo como uma utopia dificilmente alcançada.
Na Grécia Antiga, o filósofo Platão buscou arquitetar uma forma de governo ideal onde a propriedade privada e as famílias seriam extintas. O fim da família e da propriedade reforçaram um ideal de comunidade que colocaria em segundo plano os interesses individuais e familiares. A união sexual deveria ter caráter temporário e a criação dos filhos seria de responsabilidade do Estado. Sem abordar a questão do escravismo, o pensamento platônico não tece uma crítica total aos valores de sua época.
Durante a Idade Média, a crise do sistema feudal e o grande enriquecimento da Igreja impulsionaram a formação de movimentos que tentaram abolir as desigualdades. Inspirados por um discurso de forte traço religioso, algumas das heresias medievais não só criticavam as desigualdades de seu tempo. Dotados de uma tendência mais radical, alguns movimentos religiosos deste período defendiam a supressão da classe nobiliárquica e a revolta camponesa como mecanismos de justiça social.
No período de ascensão da burguesia mercantil, outros pensadores também se preocuparam em criticar os valores de seu tempo em favor de uma sociedade ideal. No século XVI, o filósofo britânico Thomas Morus redigiu a obra “Utopia”, lançou novas bases onde o comunismo seria vivido por meio de mecanismos que subordinassem a individualidade em prol do coletivismo. Contrariando uma tendência do pensamento renascentista (o individualismo), Morus buscou uma maior comunhão social.
No século seguinte, o advento da Revolução Inglesa foi visto como uma experiência histórica que deu brecha a práticas comunistas. Em meio às reivindicações da nascente burguesia britânica, trabalhadores urbanos e camponeses reivindicavam o fim das propriedades privadas e coletivização igualitária das riquezas. Nessa época, um grupo conhecido como “diggers” (do inglês, cavadores) plantava em lotes públicos e distribuía os alimentos colhidos entre a população inglesa.
O desenvolvimento da sociedade capitalista trouxe novas inspirações ao pensamento comunista. O auge dessas tentativas de explicação das desigualdades surgiu com os pressupostos do socialismo científico de Karl Marx e Friedrich Engels. Inspirados pela dialética hegeliana e uma interpretação histórica das sociedades, esse pensadores buscaram na realidade material a construção de um argumento que colocou no antagonismo das classes sociais as bases de transformação do mundo.
Dessa maneira, o socialismo lançou uma ousada proposta de transformação ao buscar na luta de classes e no materialismo histórico, meios racionais de mudança. Segundo o pensamento marxista, as desigualdades seriam suprimidas no momento em que as classes subordinadas tomassem o controle do Estado. Controlando esta instituição teriam a missão histórica de promover mudanças favoráveis ao fim das desigualdades sociais e econômicas.
Esse governo guiado pelo interesse dos trabalhadores, ao longo do tempo, reforçaria práticas e costumes em favor do comunismo. De acordo com o pensamento socialista, a real instituição do comunismo somente aconteceria no momento em que o Estado (compreendido como uma instituição de controle) fosse extinto em favor de uma sociedade na qual as riquezas fossem igualitariamente divididas a todos aqueles que contribuíssem com sua força de trabalho.
Definição
O comunismo pode ser definido como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, políticas e econômicas) que visa a criação de uma sociedade sem classes sociais. De acordo com esta ideologia, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia comunista defende a ausência do Estado.
" O Capital" de Karl Marx
As ideias do sistema comunista estão presentes na obra "O Capital" de Karl Marx. Nesta, o filósofo alemão propõe a tomada de poder pelos proletários (operários das fábricas) e a adoção de uma economia de forma planejada para acabar com as desigualdades sociais, suprindo, desta forma, todas as necessidades das pessoas. Outra obra importante, que apresenta esta ideologia, é "O Manifesto do Partido Comunista" de Marx e Engels.
A Revolução Russa
O grande marco histórico do comunismo foi a Revolução Russa de 1917. Podemos citar também, neste contexto, a Revolução Cubana que ocorreu em 1 de janeiro de 1959.
Outros teóricos comunistas:
Outros importantes teóricos do comunismo foram: Rosa Luxemburgo, Antônio Gramsci e Vladimir Lênin.
SOCIALISMO
O Socialismo é um sistema político-econômico ou uma linha de pensamento criado no século XIX para confrontar o liberalismo e o capitalismo. A idéia foi desenvolvida a partir da realidade na qual o trabalhador era subordinado naquele momento, como baixos salários, enorme jornada de trabalho entre outras.
Nesse sentido, o socialismo propõe a extinção da propriedade privada dos meios de produção e a tomada do poder por parte do proletariado e controle do Estado e divisão igualitária da renda.
Os precursores dessa corrente de pensamento foram Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-1858), conhecidos como criadores
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