CONCEPÇÕES ESPONTÂNEAS EM FÍSICA: EXEMPLOS EM DINÂMICA E IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO
Por: EFO2018 • 14/5/2018 • Resenha • 737 Palavras (3 Páginas) • 442 Visualizações
AD1.1 FÍSICA A (104518)
PROFESSOR COORDENADOR: CÉSAR MOURA NASCIMENTO.
AVALIAÇÃO I.
Produção de um texto, tipo resenha, relacionado ao texto referência [1] “CONCEPÇÕES ESPONTÂNEAS EM FÍSICA: EXEMPLOS EM DINÂMICA E IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO”.do plano de atividades .
O foco principal desse artigo são as concepções espontâneas relacionados aos conceitos em dinâmica, onde serão indagadas suas principais considerações e formas utilizadas geralmente para o ensino aprendizagem.
Situações em que os alunos sentem dificuldade na compreensão dos fenômenos físicos é um fato conhecido, pois trazem uma concepção de raciocínio vaga, sem comprovações científicas atualizadas e deficiente preparação matemática. Os conteúdos que são passados pelos docentes são geralmente de forma expositiva, onde o papel do aluno é o de ser passivo, isto é, ele apenas copia e depois reproduz o que foi feito em sala de aula, não dando a oportunidade de explanar suas opiniões, tirar concepções errôneas como o de que a gravidade terrestre age apenas sobre corpos em queda, e tendências em associar uma força com a velocidade de um objeto, não associando com a sua aceleração.
Em relação a força e movimento percebi através do estudo envolvendo 125 discentes ingleses de até 14 anos que cerca de 85% dos discentes associavam de forma consistente força e movimento. Outros estudos com discentes portugueses e quenianos mais velhos também evidenciaram concepções semelhantes, e com um grupo de 34 calouros de engenharia americanos cerca de 80% desenharam uma força para cima quando analisando o movimento de uma moeda lançada para o alto. Em uma pesquisa mais aprofundada com centenas de universitários franceses, belgas e ingleses no último ano de conclusão da universidade, verificaram que a maioria usou a relação linear intuitiva entre força e velocidade quando analisando o movimento dos corpos Isso evidencia que concepções podem ter um mesmo raciocínio independentemente do local em que vivem, basta pensar logicamente em algumas situações.
Constatei também em relação a ação e reação que em alguns estudos evidenciava um “pseudoprincípio” de ação e reação, como descrito a seguir: “se dois corpos estão interagindo para gerar um estado de movimento, então um deles deve estar exercendo uma força maior sobre o outro”. Um exemplo comum dessa relação é o ato de caminhar, pois ao caminharmos somo direcionados para frente graças a força que nossos pés aplicam sobre o chão.
Concepções espontâneas em relação a gravidade, como a noção de que a força de gravidade aumenta com a altura, é uma idéia intuitiva de energia potencial gravitacional. Em resumo a força gravitacional é o resultado diretamente proporcional entre o produto de massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os centros de massa quando atraídos gravitacionalmente.
Esses estudos comprovam que “na realidade há um confronto entre a física ensinada (oficial) e a espontânea e sem dúvida o objetivo do ensino é a aprendizagem oficial; este confronto se realiza muitas vezes de forma pouco harmoniosa e seu resultado não é uma visão conceitual coerente e rica, mas a superposição e justaposição de conceitos de diferentes origens e alcance, que prejudicam qualquer pretensão de aprofundamento teórico do aluno”
Portanto, cabe ao docente, sobretudo tornar a aula diferenciada, induzir o aluno a ser ativo, construtor do próprio conhecimento, enquanto que o docente adotando essa percepção exercerá diferenciados papéis na atuação em sala de aula, podendo ser mediador, organizador e orientador das atividades didáticas que são produzidas. Quando o professor é mediador ele é responsável por arrolar os procedimentos empregados e as diferenças encontradas, promover o debate sobre resultados e métodos, orienta as reformulações e valoriza as soluções mais adequadas. Ele também decide se é necessário prosseguir o trabalho de pesquisa de um dado tema ou se é o momento de elaborar uma síntese, em função das expectativas de aprendizagem previamente estabelecidas em seu planejamento. Já o professor organizador para desempenhá-la, além de conhecer as condições socioculturais, expectativas e competência cognitiva dos alunos, precisará escolher os problemas que possibilitam a construção de conceitos e procedimentos e alimentar os processos de resolução que surgirem, sempre tendo em vista os objetivos a que se propõe atingir e o de orientador é aquele que orienta, valoriza a ideia do aluno, o saber-fazer. Acaba interferindo somente para sistematizar a atividade ou até mesmo para fazer interrupções quando julgar necessário para o entendimento do assunto, e sendo assim proporcionar um ensino aprendizagem mais eficiente e eficaz.
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