CONTROLE DE ESTOQUE E CURVA ABC

CONTROLE DE ESTOQUES

De acordo com Pozo (2005,p.38) “o termo controle de estoques é em função da necessidade de estipular os diversos níveis de materiais e produtos que a organização deve manter dentro de parâmetros econômicos”.

Os controles de estoque são responsáveis pela gestão econômica dos estoques através do planejamento e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o controle e o ressuprimento de material.

Segundo Dias(2005, p.25), os controles de estoque tem como objetivos principais:

determinar os itens que devem permanecer em estoque;

determinar "quando" se devem reabastecer os estoques;

a) determinar a quantidade que será comprada e mantida em estoque para um período predeterminado;

b) acionar o departamento de compras para executar as solicitações de compras;

c) receber, armazenar e guardar os materiais estocados de acordo com as necessidades;

d) controlar os estoques em termos de quantidade e valor, e fornecer

e) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados;

f) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

CLASSIFICAÇÃO ABC

A curva ABC baseia-se no principio de que a maior parte do capital investido em estoques advém de um pequeno grupo de materiais (Chiavenato, 1991).

Uma pequena parte da proporção dos itens mantidos no estoque irá representar uma grande proporção do valor total do estoque. Esta situação é conhecida como lei de Pareto aonde é usualmente descrita como 80% do valor do estoque de uma operação serão responsáveis por 20% do total de itens estocado (SLACK, 2002).

A análise ABC é uma das formas mais usuais de classificação de itens por ordem decrescente de importância, medido em valor monetário ou quantidade através da multiplicação do custo unitário pelo volume comprado (MARTINS; ALT, 2000).

Uma vez estabelecido à divisão e sequência dos itens por categorias é possível determinar quais os critérios de controle serão aplicados assim como as técnicas a serem utilizadas, levando em consideração a ordem de prioridade dos itens em função da representatividade dos valores.

Segundo Dias(2005, p.83), a classificação ABC pode ser dividida em três classes:

a) Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção bem especial pela administração;

b) Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C.

c) Classe C: Grupo de itens menos importante que justificam pouca atenção por parte da administração.

Para Martins e Alt (2000), não existe um padrão aceito referente aos percentuais do total de itens da classificação ABC sendo que os itens de classe A sendo os mais significativos podem representar entre 35% e 70% do valor movimentado do estoque, os itens B variam de 10% a 45% e os itens C representam o restante.

De acordo com Jacobsen (2009), é ideal que a classe A contenha entre 5% e 10% do total de itens e representando um percentual da demanda em valor monetário oscilando entre 70% e 75%, a classe B mantenha entre 25% e 30% do total dos itens representando um percentual da demanda e valor monetário entre 20% e 25% e a classe mantenha entre 60% e 70% do total de itens representando um percentual de demanda em valor monetário oscilando entre 5% e 10%.

Conforme Pozo (2005), a montagem da classificação ABC deve ser feita através de quatro passos, sendo que primeiramente devem ser levantados todos os itens com as suas quantidades, preços unitários e preços totais do período. O segundo passo é classificar os itens em ordem decrescente de preços totais e a somatória total. No terceiro passo é dividido o valor total de cada item pela somatória total de todos os itens informando a porcentagem obtida e por último é feito a divisão de cada item dentro das classes A, B e C.

Exemplo de formatação de uma curva ABC:

Figura 1 – A Curva ABC

Fonte: Martins (2000, p.165).

TIPOS DE ESTOQUES

ESTOQUE

DISPONÍVEL

▪ É a quantidade física de materiais existentes no almoxarifado sem embargo, portanto, pode ser requisitado para uso.

ESTOQUE ATIVO

▪ É o estoque que sofre modificações provenientes das operações de entrada e saída.

ESTOQUE INATIVO

▪ Refere-se a itens que estão obsoletos ou que não tiveram saída nos últimos tempos. Este tempo pode variar, conforme determinação do próprio administrador do estoque.

RESERVA OPERACIONAL

▪ É o estoque destinado à manutenção das instalações ou equipamentos da empresa.

ESTOQUE EMPENHADO

▪ É uma quantidade de material com destino pré-determinado, muito embora permaneça no almoxarifado.

ESTOQUE FÍSICO

▪ Quantidade de materiais armazenada sob guarda do almoxarifado, a espera de utilização. Compreende o Estoque Disponível e o Estoque Empenhado.

ESTOQUE DE PROTEÇÃO

▪ É feito quando excepcionalmente está previsto um acontecimento que pode colocar em risco o abastecimento normal de estoque e gerar uma quebra na produção e/ou vendas. Normalmente são greves, problemas de novas legislações, período de negociação de nova tabela de preços, etc.

ESTOQUE EM TRÂNSITO

▪ Refere-se ao tempo no qual as mercadorias permanecem nos veículos de transporte durante sua entrega.

ESTOQUE PULMÃO

▪ Refere-se a quantidade determinada previamente e de forma estratégica, que ainda não foi processada. Pode ser de matéria-prima