CORPO E MOVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Pesquisas Acadêmicas: CORPO E MOVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Bru22 • 24/2/2015 • 1.478 Palavras (6 Páginas) • 571 Visualizações
Resumo: O presente artigo pretende levantar alguns aspectos relacionados à temática corpo e movimento e às diferentes formas como o tema é tratado na escola, especialmente na educação de 0 a 6 anos. Justifico então, esse trabalho, sublinhando o impacto que o mesmo deve causar em meu desenvolvimento pessoal e intelectual enquanto futura educadora e a contribuição para uma educação que respeite os direitos da criança, especialmente o direito à educação infantil. Palavras-chave: educação infantil, corpo e movimento,
Introdução
A educação, hoje, está centrada na criança como individuo. Cada tipo de atividade, trás algo como contribuição para tal desenvolvimento, mas a ordem de prioridades para o ensino dessas diferentes atividades mudou consideravelmente. Deixamos de pensar no que o aluno irá precisar no futuro, e passamos a nos preocupar em como podemos ajudar agora. Por isso, podemos dizer que organizar uma rotina que envolva tantas emoções, necessidades e ações aliadas a uma proposta educacional, é um desafio constante para quem trabalha na educação infantil.
Ao analisar o estado atual o estado atual do conhecimento na área de movimento na educação infantil, percebe a necessidade de uma investigação mais aprofundada, principalmente no que se refere aos conteúdos trabalhados nessa área com crianças de zero a seis anos. O presente artigo tem como objetivo analisar a concepção de conteúdo presente no Referencial Curricular para a Educação infantil.
*Acadêmica no 7º semestre do curso de Pedagogia Educação Infantil da Universidade Federal do Rio Grande FURG 2009.E-mail: Juliana_siedler@yahoo.com.br
O corpo e o movimento
A partir da década de 80 até a década de 90, houve um intenso trabalho que resultou no Estatuto da Criança e do Adolescente e nas discussões a respeito da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que foi promulgada no ano de 1996. Esta nova LDB, pela primeira vez, introduziu a educação infantil como a primeira etapa da educação básica. Nela, a educação infantil, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os 5 anos de idade.
Esta deve ser ofertada em creches para as crianças de até 3 anos de idade e em pré-escolas, para crianças de 4 a 5 anos de idade. Essa primeira etapa, mesmo não sendo obrigatória, passa a ser um direito da criança e um dever do Estado. A partir daí, a educação de crianças pequenas passou a fazer parte do processo educacional.
Partindo do reconhecimento de que a educação é direito de todas as crianças, um dever da família e do estado (LDB 9394/98 art. 2º) e de que a educação infantil se constitui como primeira etapa da educação básica e que tem como finalidade o desenvolvimento da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Com isso, a educação infantil que já vinha sendo objeto de pesquisas em vários lugares do mundo, também vê serem multiplicados os estudos aqui no Brasil, tendo como um de seus principais objetivos contribuir para a melhoria no atendimento da criança pequena.
Sabe-se, que o movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. Pois, ao movimentar-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo.
KISHIMOTO (1996, p.452), ao discutir sobre Froebel, mostra que:
"Froebel acreditou na criança, enalteceu sua perfeição, valorizou sai liberdade e desejou a expressão da natureza infantil por meio de brincadeiras livres e espontâneas. Instituiu uma pedagogia tendo a representação simbólica como eixo do trabalho educativo, sendo reconhecido por isso como psicólogo da infância".
Nessa mesma direção, YAMIN (2001, p.12) aponte que o aprendizado nos jardins de infância "ocorria a partir de ações que exigissem o desenvolvimento dos movimentos físicos, juntamente com o funcionamento dos processos mentais. todas as atividades simples do dia-a-dia feitas em contato com a natureza eram a base para seu currículo".
Na educação infantil é comum vermos as crianças o tempo todo sentadas, em silencio, realizando atividades escolares. Porém, para que as crianças possam ampliar o seu aprendizado, é preciso que os conceitos de educação estejam de acordo com as necessidades e seus interesses. Durante a brincadeira a criança assimila sem se dar conta. Por meio das atividades lúdicas a criança satisfaz seus desejos e representa a realidade que as circunda.
Portanto, é inegável que hajam mudanças na estrutura educacional, por isso, ainda temos muito o que refletir a implementar a respeito da educação infantil. Um fator a ser discutido é a questão dos conteúdos a serem trabalhados nesse nível de ensino. Não podemos mais ter o conteúdo como sendo uma lista de itens que tem que ser assimilados pela criança. Dessa forma, é necessário rever este conceito e estruturar qual a melhor forma de lanças esses conteúdos a serem trabalhados com as crianças.
"O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo. A dimensão corporal integra-se ao conjunto da atividade da criança. Pode-se dizer que no início do desenvolvimento predomina a dimensão subjetiva da motricidade, que encontra sua eficácia e sentido principalmente na interação com o meio social, junto às pessoas com quem a criança interage diretamente. A externalização de sentimentos, emoções e estados íntimos poderão encontrar na expressividade do corpo um recurso privilegiado". (Referencial curricular nacional para a educação infantil, 1998, p.18)
Para o Referencial Curricular
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