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Cadeia Produtiva Do Peixe

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Por:   •  19/11/2014  •  1.401 Palavras (6 Páginas)  •  504 Visualizações

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CADEIA PRODUTIVA DO PEIXE NO TOCANTINS

A Pesca é uma das atividades produtivas mais antigas da Humanidade. Os recursos pesqueiros marítimos, costeiros e continentais constituem importante fonte de renda, geração de trabalho e alimento e têm contribuído para a permanência do homem no seu local de origem. Do total de cerca de 970 mil pescadores registrados, 957 mil são pescadores e pescadoras artesanais (setembro 2011). Estão organizados atualmente em cerca de 760 associações, 137 sindicatos e 47 cooperativas. Segundo dados da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura - SFPA/TO, Tocantins possui cerca de 6.534 pescadores onde 4.645 (71%) são do sexo masculino, e cerca de 1.889 (28,9%) são do sexo feminino. A colônia de pescadores de Porto Nacional – TO possui 217 pescadores representando 3,3% do total de pescadores do Tocantins, sendo 186 (2,8%) do sexo masculino e 31 (0,5%) do sexo feminino. Ainda segundo a SFPA/TO dos 217 pescadores.

A cadeia produtiva do Peixe no Tocantins ainda anda em passos lentos, tendo como atividades de produção a pesca artesanal citados acima e três frigoríficos no Estado, no qual dois são de pequeno porte e um de tamanho considerável, os menores são localizados nos Municípios de Aliança e Porto Nacional e o maior em Almas, a piscicultura tem um grande potencial para o desenvolvimento econômico do estado já que a implantação dos frigoríficos são elos da cadeia que garante o incentivo ao produtor para aumentar sua produção. São produzidos no Brasil 1 milhão e 240 mil de pescado por ano, sendo que cerca de 45% dessa produção é da pesca artesanal, os produtos deste pescado são vendidos para os feirantes, comerciantes e aos pequenos frigoríficos.

A bacia hidrográfica do Araguaia-Tocantins é formada pelos principais rios Araguaia, Tocantins, Maranhão, Paranã, Rio das Almas, Crixá-açu e vermelho. A bacia do Araguaia-Tocantins se estende pelos estados de Goiás, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Maranhão e o Distrito Federal. Bacia esta considerada uma das mais ricas em espécies. Diante destes aspectos favoráveis o Governo do Estado do Tocantins firmou parceria MPA e foi criado em 2013 parques aquícolas na região do Lago em Lajeado, onde o fluxo de pescadores é maior. Esta parceria com o MPA garante a adoção de medidas de controle da qualidade e monitoramento da água nos parques aquícolas de Lajeado. A Universidade Federal de Tocantins (UFT) será a responsável por fazer o acompanhamento. Toda a produção da aquicultura, a partir de 2014, passará a ser contabilizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com a inclusão da atividade na Pesquisa Pecuária Municipal (PPM). Afim de expandir o comercio de peixes no Estado, o Governo também firmou parceria com o SEBRAE que desenvolveu um projeto que visa melhorias. O projeto de Piscicultura do Tocantins, gerenciado pelo Sebrae em Tocantins, promove a melhoria de gestão e a inovação tecnológica junto aos produtores, visando ao aumento de produção, da produtividade e da quantidade de produtores no ramo.

No início, eram somente 25 produtores que, em sua maioria, tinham a piscicultura como uma atividade secundária. Após várias consultorias, caravanas, missões e visitas, os gestores do projeto conseguiram modificar o quadro. A expectativa é que aumente ainda mais o número de produtores. É o que espera o superintendente do SEBRAE no Tocantins, Paulo Massuia.

“Já conseguimos diversos avanços com este projeto. O desafio maior era aumentar a produção e estamos conseguindo ótimos resultados com a chegada dos frigoríficos. Agora, estamos trabalhando para prospectar novos mercados para o peixe produzido na região central, acrescenta Massuia. São parceiros do projeto a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), Universidade do Tocantins (Unitins), Agro e Universidade Federal do Tocantins (UFT).

O maior Frigorifico da região Norte é o Frigorífico Tamborá, instalado no município de Almas, região Sudeste do Estado, investe na industrialização para atender os mercados interno e externo. Os investimentos de expansão abrangem toda a estrutura física, logística e tecnologias de ponta para melhorar a qualidade de produção do peixe de boa aceitação no mercado mundial. Atualmente o projeto conta com uma produção mensal em torno de 150 toneladas de peixes e a meta é chegar a 220 toneladas/mês, para atender a demanda do Brasil. Com a nova tecnologia aplicada, os peixes não serão viscerados manualmente e sim com prática de tecnologia industrial.

Nesta nova fase será construído um laboratório para as análises e exames dos animais e da água nos tanques. A previsão do proprietário, José Eduardo, é que no início do próximo ano o empreendimento esteja em pleno funcionamento. 'Inicialmente pretendemos exportar para a Europa e Estados Unidos, projetou, acrescentando que o grandioso projeto é fruto de uma parceria entre o governo do Estado, por meio da Seagro - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Inclusive, o idealizador do projeto é o próprio secretário Roberto Sahium, lembrou.

O novo projeto de ampliação do frigorífico foi encaminhado para o Ministério da Piscicultura e deve ser concluído ainda no final deste ano. O proprietário do frigorífico, José Eduardo esteve na manhã desta terça-feira, 5, com o secretário da Agricultura, Pecuária e abastecimento, Roberto Sahium, assinando o projeto de aumento da estrutura do empreendimento.

O Tamborá iniciou há 14 anos e é pioneiro na engorda de peixe em tanque no Estado. Atualmente a fazenda tem 200 hectares de lâmina d'água.

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