Cancer Colo Do Utero
Trabalho Universitário: Cancer Colo Do Utero. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 31/8/2014 • 1.360 Palavras (6 Páginas) • 926 Visualizações
INTRODUÇÃO
Em 1984 foi lançado o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, que propunha o cuidado para além da tradicional atenção ao ciclo gravídico-puerperal. Em suas bases programáticas, é destacada a prevenção dos cânceres do colo do útero e da mama.
O Programa de Oncologia do Instituto Nacional de Câncer/Ministério da Saúde (Pro-Onco) foi criado em 1986 como estrutura técnico-administrativa da hoje extinta Campanha Nacional de Combate ao Câncer. Com a Lei Orgânica da Saúde, em 1991, o Pro-Onco foi transferido para o INCA, tornando-se Coordenação de Programas de Controle de Câncer. Suas linhas básicas de trabalho eram a informação e a educação, com foco nos quatro tipos de câncer mais incidentes, entre eles o do colo do útero e o de mama.
Em setembro de 1995, o Ministério da Saúde reconheceu a necessidade de um programa de âmbito nacional, visando ao controle do câncer do colo do útero. Uma equipe de técnicos do Ministério da Saúde, em parceria com organismos nacionais e internacionais, elaborou um estudo piloto que, mais tarde, subsidiaria o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero.
O projeto-piloto, denominado Viva Mulher, foi implantado entre janeiro de 1997 e junho de 1998 em seis localidades (Curitiba, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Belém e estado de Sergipe) e atendeu 124.440 mulheres, priorizando mulheres entre 35 e 49 anos que nunca haviam feito o exame preventivo ou que estavam sem fazê-lo há mais de três anos.
Em 21 de junho de 1998, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Combate ao Câncer de Colo do Útero através da Portaria GM/MS nº 3040/98. A primeira fase de intensificação ocorreu de agosto a setembro de 1998, com a adoção de estratégias para estruturação da rede assistencial, estabelecimento de um sistema de informações para o monitoramento das ações (SISCOLO) e dos mecanismos para mobilização e captação de mulheres, assim como definição das competências nos três níveis de governo. Nesta fase, mais de três milhões de mulheres foram mobilizadas para fazer o exame citopatológico.
A coordenação do programa foi oficialmente transferida para o INCA por meio da Portaria nº 788/99, de 23 de junho de 1999. Neste mesmo ano foi instituído o Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero – SISCOLO - para monitoramento e gerenciamento das ações (Portaria nº 408, de 30/08/1999).
De 1999 a 2001 as ações pela oferta de serviços foram ampliadas, resultando na realização de oito milhões de exames citopatológicos por ano. Em 2002, o fortalecimento e a qualificação da rede de atenção básica e a ampliação de centros de referência possibilitou a realização de uma segunda fase de intensificação. O exemplo do projeto piloto e da primeira fase de intensificação foi dada prioridade para a faixa etária entre 35 e 49 anos. Nesta fase, foram examinadas mais de 3,8 milhões de mulheres.
Em 2005, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Oncológica, que estabeleceu o controle dos cânceres do colo do útero e da mama como componente fundamental a ser previsto nos planos estaduais e municipais de saúde (Portaria GM 2439/2005). Neste mesmo ano, o Plano de Ação para o Controle dos Cânceres de Colo e de Mama – 2005-2007 propôs seis diretrizes estratégicas: aumento de cobertura da população-alvo, garantia da qualidade, fortalecimento do sistema de informação, desenvolvimento de capacitações, estratégia de mobilização social e desenvolvimento de pesquisas. A importância da detecção precoce dessas neoplasias foi destacada no Pacto pela Saúde em 2006, por meio da inclusão de indicadores e metas a serem atingidos nos estados e municípios visando à melhoria do desempenho das ações prioritárias da agenda sanitária nacional.
A priorização do controle do câncer do colo do útero foi reafirmada em março de 2011, com o lançamento do plano nacional de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer pela presidente da República Dilma Rousseff. O plano prevê investimentos técnico e financeiro para a intensificação das ações de controle nos estados e municípios. No âmbito da detecção precoce, a perspectiva atual é a garantia da confirmação diagnóstica e o tratamento das lesões precursoras; a gestão da qualidade dos exames de citopatologia; a qualificação de profissionais de saúde; a comunicação e a mobilização social e o fortalecimento da gestão do programa. Na atenção terciária, a perspectiva é dar continuidade às ações de expansão do acesso ao tratamento do câncer com qualidade, conforme os objetivos da Política Nacional de Atenção Oncológica.
Objetivo:
Analisar o desenvolvimento da prevenção e detecção precoce do câncer
do colo do útero no cotidiano assistencial da enfermeira que atua nas equipes da estratégia saúde da Família, a partir de suas atribuições, propostas pelo Ministério da saúde.
Metodologia
É um tipo de câncer que demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que dão origem ao câncer do colo do útero são facilmente descobertas no exame chamado ‘’preventivo’’. A principal causa é a infecção por alguns tipos de vírus chamados de HPV - Papiloma Vírus Humano. Fatores como o início precoce da atividade sexual, a diversidade de parceiros, o fumo e a má higiene íntima podem facilitar a infecção. Conforme a doença avança, os principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento e dor. O colo do útero é a parte do útero localizada no final da vagina. Por localizar-se entre os órgãos externos e internos, fica mais exposto ao risco de contrair doenças. A equipe multiprofissional da estratégia saúde da Família (ESF). São considerada porta de entrada do usuário no sistema de saúde, espaço em que o enfermeiro é importante integrante da equipe multiprofissional da Estratégia Saúde da Família (ESF), conforme o tamanho da área de abrangência se distribuem equipes que têm como desafio o trabalho integrado e a responsabilidade pelas pessoas ali residentes, nesse contexto, o enfermeiro exercem atividades técnicas específicas de sua competência, administrativas e educativas e através do vínculo com as usuárias, concentra esforços para reduzir os tabus, mitos e preconceitos e buscar o convencimento da clientela feminina sobre os seus benefícios da prevenção, o Ministério da saúde preconiza a realização do teste de Papanicolaou em todas as mulheres que já tiveram relações sexuais, com atenção especial àquelas com idade entre 25 e 59 anos e buscar o padrão de cobertura de 80 %. A relevância das ações desenvolvidas pelo enfermeiro em sua atuação nas equipes da ESF no exercício da prevenção e a promoção da saúde a inquietação se direcionou ao cotidiano assistencial deste profissional quanto à realização do exame de Papanicolaou como estratégia de redução dos danos, a partir da detecção precoce da doença e consequente melhoria da qualidade de vida das mulheres. Cada enfermeiro do posto de saúde adota uma maneira de atender e chamar as mulheres para realização do exame podendo ser através do agendamento de consultas, no entanto, é oferecida também a possibilidade de as consultas serem marcadas por livre demanda, respeitando-se o limite de vagas de que cada profissional dispõe, mutirões de prevenção à noite e/ou nos finais de semana, de modo a beneficiar aquela usuária que estava com o exame atrasado devido à falta de tempo para comparecer aos agendamentos habituais. O enfermeiro tem um papel importante na prevenção e detecção do Câncer colo do útero, pois é responsável por: sensibilizar as mulheres a fazerem o exame de Papanicolaou, através de programas educativos nas ESF. Identificação da mulher com situação de risco durante o acolhimento na ESF ou na consulta ginecológica devendo ser acompanhada de maneira mais frequente. Exame de Papanicolau: Consiste na coleta de material citológico do colo do útero, sendo coletada uma amostra da parte externa (ectocérvice) e outra da parte interna (endocérvice). Para a coleta do material, é introduzido um especulo vaginal e procede-se à escamação ou esfoliação da superfície externa e interna do colo através de uma espátula (haste de madeira) e de uma escovinha endocervical. Toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico anual. Os estudos mostraram que a ESF demonstra ser um dos principais locais de realizações de exames preventivos e detecção do câncer de colo do útero no Brasil, fazendo que seja necessário treinamento adequado e educação continuada para a equipe de enfermagem para melhor atender as pacientes.
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