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Capítulo 11 - Determinação Da Renda E Do Produto Nacional: O Lado Monetário

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Por:   •  24/11/2014  •  1.724 Palavras (7 Páginas)  •  709 Visualizações

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Capítulo 11 - Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário

Conceito de Moeda:

Moeda é um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento dos bens, serviços e fatores de produção. Essa aceitação é garantida por Lei, ou seja, a moeda tem “curso forçado”. Antes da existência da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na economia dava-se através do escambo, com trocas diretas de mercadorias por mercadorias (Economia de Trocas).

Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser aceitas por todos, por suas características peculiares ou pelo próprio fato de serem escassas. Em Roma Antiga, a moeda mercadoria era utilizada e com isso ela constitui a forma mais primitiva de moeda na economia.

Os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por diversas razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e resistência, são divisíveis em peso, etc. E para exercer o controle sobre os metais em circulação, foi implantada a “cunhagem” da moeda pelos governantes, o que deu origem a nossa atual moeda metálica.

A origem do Papel Moeda:

As pessoas de posse de ouro, por questão de segurança, o guardavam em casas especializadas (embrião dos atuais Bancos), onde os ourives – pessoas que trabalhavam o ouro e a prata – emitiam certificados de depósitos desses metais. E como o depositário (ourives) do metal merecia a confiança de todos, esses certificados eram aceitos por todos do local, já que possuíam lastro (crédito) e podiam ser convertidos a qualquer instante em ouro. Mais tarde, com a criação dos Estados nacionais apareceu o papel-moeda. E cada Estado passou a emitir o seu papel-moeda, sendo este lastreado em ouro (padrão-ouro). Devido à capacidade da emissão da moeda estar vinculada à quantidade de ouro existente, o padrão-ouro passou a apresentar um obstáculo à expansão da economia e do comércio. Dessa forma, a partir de 1920 o padrão-ouro foi abandonado, e a emissão de moeda passa a ser aceita por força de Lei, denominando-se moeda de curso forçado ou moeda fiduciária (de fidúcia, confiança), não sendo mais lastreada em metais preciosos.

Funções da moeda e tipos de moeda:

Instrumento ou meio de troca - Por ter aceitação geral, serve para intermediar o fluxo de bens, serviços e fatores de produção da economia.

Denominador de valor - Possibilita que sejam expressos em unidades monetárias os valores de todos os bens e serviços produzidos pelo sistema econômico. É um padrão de medida.

Reserva de valor – A posse da moeda representa liquidez imediata para quem a possui. Assim, pode ser acumulada para a aquisição de um bem ou um serviço no futuro. Está claro que o requisito básico para que a moeda funcione como reserva de valor é a sua estabilidade diante dos preços dos bens e serviços, já que a inflação corrói o poder de compra da moeda, e a deflação (queda de preços) a valoriza.

Tipos de Moeda:

Moedas metálicas: Emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor e/ou com unidade monetária fracionada (troco).

Papel Moeda: Também emitido pelo Banco Central, representa parcela significativa da quantidade de dinheiro em poder do público.

O papel moeda e as moedas metálicas em poder do público (famílias e empresas) são denominadas moeda manual.

Moeda escritural: É representada pelos depósitos a vista (depósitos em conta corrente) nos bancos comerciais (é a moeda contábil, escriturada nos bancos comerciais)

Oferta de Moeda:

A oferta de moeda também chamada de meios de pagamento.

Os Meios de Pagamento: constituem o Total de Moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações. A liquidez da moeda é a capacidade que ela tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações.

- Os meios de pagamento em sua forma tradicional são dados pela soma da moeda em poder do público mais os depósitos a vista nos bancos comerciais. Ou seja, pela soma da moeda manual e da moeda escritural. Por isso os meios de pagamentos representam então, quanto a coletividade tem em moeda Física (metálica e papel) com o público ou no cofre das empresas somado a quanto ela tem em conta corrente nos Bancos.

Oferta de Moeda pelo Banco Central: O BC é o órgão responsável pela política monetária que tem como objetivo regular o montante de moeda e de crédito e as taxas de juros, de forma compatível com o nível de atividade econômica. Ou seja, o Banco Central deve procurar manter a liquidez da economia, atendendo às necessidades de transações do sistema econômico.E compete ao Banco Central do Brasil (Bacen) cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela Legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional. O banco Central é o órgão executor da política monetária, além de exercer a regulamentação e a fiscalização de todas as atividades de intermediação financeira do País.

Funções do banco Central: Sabemos que o fluxo de caixa dos Bancos tanto pode apresentar insuficiência de recursos como excesso. No caso de insuficiência, precisam ser socorridos, e quem faz isso é o Banco Central. No caso de recursos em excesso, os bancos para não deixarem seus recursos ociosos, os depositam no Banco Central. Além disso, há necessidade de transferência de fundos entre os bancos comerciais, como resultado positivo ou negativo da câmara de compensação de cheques e outros papéis o que é feito através de suas contas no Banco Central.

Banco do Governo: Grande parte dos recursos do Governo é depositada no Banco Central. Quando o governo necessita de recursos, saca junto ao Banco Central em contrapartida à entrega de títulos da dívida pública.

Controle e regulamentação da oferta de moeda: que é uma função normativa: regula a moeda e crédito do sistema econômico.

Controle dos capitais estrangeiro e das operações com moeda estrangeira.

Fiscalização das instituições financeiras.

Para exercer essas funções, o Banco Central utiliza os instrumentos

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