Capítulo 7 A Revolução Técnico-Científica
Ensaios: Capítulo 7 A Revolução Técnico-Científica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ziky • 12/3/2014 • 2.210 Palavras (9 Páginas) • 1.429 Visualizações
Capítulo 7
A Revolução Técnico-Científica
Harry Braverman foi um escritor comunista, em 1950 ele era um dos líderes da assim chamada
Cochranite tendency, uma corrente liderada por Bert Cochran no âmbito do Partido Socialista dos
Trabalhadores, para Braverman o desenvolvimento da ciência é altamente determinado pelo
desenvolvimento do capitalismo.
Antes da Revolução Industrial a sociedade ocidental se baseava na tradição, na religiosidade
católica, o acúmulo de bens materiais era mal visto, isso fez com que a classe que acumulasse
geralmente mais bens fosse a dos protestantes.
Com o crescimento econômico dos protestantes, boa parte por causa do comércio, eles começaram a
investir em avanços tecnológicos, na racionalização, nas ciências de um modo geral, sempre
buscando uma maior eficiência produtiva e consequentemente mais lucros, esse foi um fator muito
importante para o acontecimento da Revolução Industrial.
Durante a Revolução Industrial ocorreram várias evoluções nos processos de produção, que
envolviam desde avanços tecnológicos nas máquinas, até a racionalização das tarefas dos
trabalhadores.
Mas como a busca por uma maior eficiência e mais lucros (para a alta administração), não tem fim,
o capital investiu cada vez mais no desenvolvimento de técnicas de racionalização do trabalho e no
desenvolvimento tecnológico do maquinário, ou seja na ampliação da mais-valia, o que levou a
revolução técnico científica.
Agora laboratórios de desenvolvimento tecnológico e experiências sobre o comportamento humano
são feitas dentro das empresas cada vez com mais frequência, se tornou praticamente uma rotina,
enormes contingentes de cientistas são contratados, procura-se trabalhadores que passaram por um
processo de aprendizagem racional e científico, esse trabalhador tem valor como fator econômico.
Muitas empresas cresceram tanto que criam monopólios em sua área de atuação, elas tem técnicas
tão avançados de produção que as menores não tem chance de competir, a sua área de influência, a
sua racionalização científica, que é determinada para obter mais lucros, influencia a sociedade
inteira.
A atitude das pessoas em seu dia-a-dia, suas relações sociais, estão cada vez mais dependentes dos
avanços tecnológicas, foi criada uma cultura que visa o consumo exacerbado das novas tecnologias,
quem não adere a ela é marginalizado.
Os produtos ficam obsoletos cada vez mais rápido, se tornam descartáveis, fazendo com que sejam
compradas as suas novas versões, o consumismo tecnológico gera lucros cada vez maiores para as
classes dominantes.
Após a revolução técnico científica as tecnologias se tornaram mercadorias, sua oferta é
determinada pela demanda, a ciência agora é determinada pelas necessidades do capital, quer dizer,
vai além disso, agora ela se torna o capital.
Fontes de pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Harry_Braverman
Harry Braverman, Trabalho e Capital Monopolista, A Degradação do Trabalho no Século XX
Capítulo 8
A Revolução Técnico-Científica e o Trabalhador
Segundo Marx as manufaturas, inicialmente, se revolucionaram em seus modos de produção a
iniciar pela força de trabalho, dividindo o trabalho do artesão. Já com a revolução da maquinofatura,
o meio de produção mais afetado foi o das máquinas, os instrumentos utilizados na produção. Ou
seja, em um primeiro momento do capitalismo houve uma mudança radical na organização do
trabalho, e em um momento futuro esta mudança se baseou nos instrumentos de trabalho.
Não se pode dizer que a revolução técnico-cientifica transformou o trabalho de apenas uma
maneira, em apenas um âmbito. As mudanças, além de radicais, foram gerais também. O “ataque
científico e gerencial” abrangeu todos os aspectos do trabalho, pois não se concentrou apenas no
ambiente fabril. Houveram várias evoluções notáveis em vários outros meios que dependiam da
tecnologia para se alavancarem.
Contudo, o foco ainda era o aumento da produtividade; o que levou justamente que as máquinas
fossem desenvolvidas de modo a se tornarem cada vez mais rápidas e eficientes, produzindo e
dando lucros cada vez mais. Com a implementação maciça de máquinas e novas tecnologias nas
fábricas, todo o trabalho dos operários envolvia alguma espécie de mecanismo que funcionava
independentemente do trabalhador. Com isso, a gerência buscava cada vez mais obter o controle
sobre o máximo de variáveis possíveis do processo de produção nas indústrias, e eles faziam isso
por meio de observações e investigações científicas sobre essas variáveis; trabalhando no que
poderia ser feito para tornar a produção sempre mais eficiente.
O deslocamento do trabalho do proletariado
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