Capítulo V: Comenius E Os Educadores
Artigo: Capítulo V: Comenius E Os Educadores. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lianazs • 8/10/2014 • 851 Palavras (4 Páginas) • 643 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
Didática I: Fundamentos da Teoria Pedagógica para o Ensino
Capítulo V: Comenius e os Educadores
O capítulo começa com o autor lembrando que na Didática Magna de Comenius, o professor deve se empenhar no método a ser seguido com rigorosidade, pois o professor é um componente a mais no funcionamento didático, que vai além dele e ao mesmo tempo o inclui.
O educador nesse contexto é mencionado como um intelectual vigiado pela execução da atividade de ensino que é responsável, deste modo o método não poderá ser deixado ao acaso, entretanto também não pode ser monopolizado pelo educador.
Para Comenius o problema referente a transmissão de conhecimento é meramente técnico, e a solução se dá na utilização do livro Panmetódico (grande instrumento enciclopédico, capaz de traduzir em ações racionais, sequenciadas, claras e bem planejadas) que eles sejam utilizados para que a educação ocorra atravez do planejamento.
Logo entra em questão que todo o ensino depende da preparação do livro Panmetodológico (este é uma grande tecnologia impressa que dite as regras para o ensino).
Na criação desse livro que tem que condensar as concepções dos métodos, a sequencia dos conteúdos e a delimitação dos tempos, deverá ser uma construção conjunta de vários homens eruditos e não individual. Cada professor devido a sua especialização tem a capacidade de pensar os processos de ensino.
O professor é quem deve se encarregar dentro da escola e frente ao grupo de alunos a maneira de utilizar a ferramenta construída pelo pedagogo para transmitir os saberes. Assim para Comenius o professor é a extensão do pedagogo.
Um exemplo do lugar do professor no discurso pedagógico instalado por Comenius está na questão da disciplina escolar. Segundo ele, a responsabilidade pela manutenção da ordem sobre o corpo infantil é do professor e não do aluno. Comenius acrescenta ainda que se ocorrerem indisciplina é aquele que ensina quem leva a culpa, justificando que o erro está na aplicação do método. O adulto-professor é o ocupante do espaço do saber, enquanto que a criança- aluno é a ocupante do espaço de quem não sabe da ignorância. A criança-aluno é a depositária futura do saber alheio.
Para que se torne possível ensinar tudo a todos Comenius diz que o esquema piramidal deveria existir e ser respeitado no que diz respeito ao governo das escolas. Para ele os governantes deveriam deixar a gestão específica das instituições escolares a cargo daqueles que ensinam. È necessário também à simultaneidade sistêmica e da aliança escola-família.
Para Comenius o Estado exerce o papel de coordenador das ações da “associação colegial” (a escola), para o autor o Estado deveria ter o controle, deveria financiar e administrar a escola. A explicação dada pelo autor é que sem a instância, sem esse mecanismo de poder e controle que é o Estado, é quase impossível atingir a universalidade do saber, já que o mesmo poderia garantir as condições de acesso à educação dos mais carentes.
Já o papel do pedagogo para Comenius é bem delineado, para o autor o pedagogo é aquele que planeja aquele que concebe o processo de ensino, cabe ao pedagogo desempenhar ações que futuramente concretizem a utopia sociopolítica. Também para Comenius, a tarefa do pedagogo não é assunto do Estado e sim de uma corporação de professores
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