Características Das Políticas Sociais Brasileiras No Período De 1960 A 1980.
Exames: Características Das Políticas Sociais Brasileiras No Período De 1960 A 1980.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fabriciokall • 5/5/2014 • 2.319 Palavras (10 Páginas) • 923 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
O limiar do século XXI nos obriga a pensar as concepções e os rumos do
desenvolvimento econômico e social em âmbito mundial e nacional. É uma exigência e, ao
mesmo tempo, um desafio analisar as condições sócio-econômicas da última década,
principalmente por se tratar de um período que acarretou transformações categóricas na
área social, econômica, política e cultural.
Portanto, compreender tais transformações significa compreender a crise
capitalista, suas manifestações e mudanças, não apenas na esfera da economia e da
política, mas também, a sua repercussão no campo do conhecimento, das idéias e dos
valores. Todas essas mudanças induzem a um imperialismo cultural articulado através dos
meios de comunicação e da publicidade, onde apontam para o consumismo e para o
individualismo.
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Docente. Mestre em Serviço Social
UFMA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS
III JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍCAS PÚBLICAS
QUESTÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO NO SÉCULO XXI
III JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS São Luís – MA, 28 a 30 de agosto 2007.
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Em meio a tantas mudanças, impera no país uma cultura fortemente autoritária e
centralizadora de bens, a qual vai acompanhar o pensar, o construir e a implementação das
políticas sociais. É, assim, nestas condições sociais, políticas e econômicas que o caminho
do direito, o qual deve estar posto nas políticas sociais, vai sendo estabelecido expressando
o campo de lutas que o usuário enfrenta em seu dia-a-dia para consolidar um dos
mecanismos estratégicos centrais da política social, e de difícil execução, que é a
distribuição das riquezas produzidas coletivamente.
2 ESTADO E POLÍTICAS SOCIAIS
No Brasil, as políticas sociais têm sua origem estreitamente ligada ao
desenvolvimento urbano industrial, no qual o Estado redefiniu suas funções e passou a
utilizar mecanismos institucionais de controle, até então fora de sua esfera de intervenção.
Com o processo de desenvolvimento industrial, aliado à expansão urbana,
agravou-se a “questão social”, com grandes aglomerados em torno das cidades, que por
sua vez atestam o crescimento da pobreza, do desemprego e da exclusão com privações
social, econômica, cultural e política para a classe que vive do trabalho. E, por um outro
lado, se têm uma enorme concentração de renda e riqueza para um pequeno grupo, os
grandes proprietários.
Diante de tantas mudanças e diferenças o Estado é requisitado para o
enfrentamento das expressões da “questão social”, se reconhece a necessidade de novas
formas de enfrentamento dessa desigualdade. Conforme aponta Vieira (1995) o campo das
desigualdades sociais não pôde mais ser enfrentada com força policial, teve que ser
reconhecida e legitimada como caso de política. Ante tais questionamentos, foram criadas
as políticas sociais, entendidas como o “conjunto de programas e ações continuadas no
tempo, que afetam simultaneamente várias dimensões das condições básicas de vida da
população”. (DRAIBE, 1997, p. 14)
Segundo Galper (1986), a política social na concepção liberal gera a idéia de
intervenção coletiva ou estatal no mercado privado para promover o bem estar individual e
social; tem provisão e oferta de serviços sociais; sua técnica social é de caráter
compensatório, preventivo ou redistributivo. Para a concepção dialética, as políticas sociais
são estratégias governamentais de intervenção nas relações sociais, na manutenção da
desigualdade social; estratégias de controle da força de trabalho; regulamentação de
direitos sociais passíveis de absorção pelo capitalista.
Nesse sentido, entende-se que as políticas sociais aparecem como projetos e
programas variados, implementados por instituições, objetivando minimizar as
III JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS São Luís – MA, 28 a 30 de agosto 2007.
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desigualdades sociais e a pobreza decorrentes do modo de produção, com estímulo do
poder aquisitivo através de benefícios monetários, durante períodos de desempregos e/ou
recessão; reprodução e manutenção direta da força de trabalho; subsídios a salários baixos
e irregulares. Também, toma a dimensão de controle social, uma válvula de escape; uma
política eleitoral de controle do cotidiano.
Situando historicamente, observou-se que no período de 1930 a 1960 as
políticas
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