Cargas Nas áreas Urbanas
Artigo: Cargas Nas áreas Urbanas. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: thiagovenezia • 28/11/2013 • 1.682 Palavras (7 Páginas) • 611 Visualizações
CARGAS NAS ÁREAS URBANAS
A carga urbana pode ser definida como a totalidade das mercadorias que percorre a malha de transportes da cidade, concorrendo pelo mesmo espaço com os fluxos de pessoas e informações. Engloba os bens produzidos, consumidos ou de passagem pelas áreas urbanas.
O transporte urbano de carga pode ser definido como a atividade de “movimentação de bens e haveres que são insumos ou produtos da vida da urbe enfocando a circulação das cargas dentro do tecido urbano, especialmente no sistema viário de superfície”.
O transporte de carga em área urbana é, antes de tudo, uma atividade essencial para a economia urbana. O movimento urbano de bens é o lado escondido do transporte e, por causa do crescimento dos impactos econômicos e ambientais, torna-se imprescindível um conhecimento mais profundo a respeito das operações logísticas, principalmente nas grandes áreas metropolitanas.
A carga urbana parece ser encarada pelos habitantes das cidades e por suas autoridades de transporte e de trânsito como se fosse um mal necessário, um grande estorvo à circulação de carros de passageiros, como se os cidadãos pudessem viver nas cidades, com todos os demais atores econômicos, sem nutrir-se de alimentos, de insumos, de serviços, de matérias primas, de peças e bens de reposição. A atividade de carga e descarga é muitas vezes vista como ilegal e suportável “desde que não atrapalhem muito o movimento dos automóveis e seus estacionamentos”.
Não existe um problema e nem uma solução, e sim estratégias que se adéqua a cada cidade, merecendo um tratamento especial diante das dificuldades que o setor de cargas encontra no cumprimento da tarefa de movimentação de bens nas áreas urbanas.
As três áreas principais relacionados diretamente com as cargas urbanas são: Desenvolvimento econômico, Desenvolvimento do Transporte de Cargas e minimização de impactos adversos e externalidades negativas.
Desenvolvimento econômico
O planejamento da movimentação da carga nas grandes cidades é essencial, visto que os efeitos podem ser sentidos no nível de qualidade de vida dos habitantes e no desempenho da economia.
Desempenho do transporte de cargas
A responsabilidade para uma eficiência e eficácia das cargas urbanas quanto às entregas de mercadorias nas cidades é tanto do poder público (administração pública) quanto do privado (empresas, transportadores). É importante que o planejador de transportes conheça ambas visões para saber como conciliar os objetivos e interesses dos agentes envolvidos, e minimizar os conflitos que possam surgir ao longo do processo de planejamento e operação de transportes. As responsabilidades do setor público são basicamente as seguintes:
• adequação e infraestrutura viária e de obras de arte para caminhões;
• adequação de áreas urbanas, estabelecendo regulamentação de horários para carga e descarga, nas áreas centrais da cidades;
• facilidades de transferências intermodal de cargas nos maiores terminais portuários ou em seus entornos, em zona primária e secundária;
• alocação de áreas para termina de cargas em locais apropriados e com adequados controles, permitindo a operação 24 horas por dia;
• introdução de medidas, para melhorar o desempenho dos caminhões, com semaforização coordenada, ligação da área industrial por vias expressas, eficiência da sinalização vertical e horizontal, e relocação de terminas de cargas;
• destinação de facilidades dentro da regulamentação sobre os veículos de cargas, que permitam a operação desses veículos, onde a natureza das cargas em operação recomendar.
Minimização de impactos
Os tópicos focalizados, principalmente, nos efeitos adversos advindos da entrega de cargas nas cidades, podem ser incluídos:
• redução dos congestionamentos e lentidão do tráfego pela adoção de controle horário para operação de caminhões;
• redução das emissões por veículos utilitário a diesel, pela introdução de controle padrão de emissão veicular;
• redução dos ruídos dos caminhões pelo controle baseado em critérios e métodos operacionais de checagem veicular até restrições de áreas e horários para caminhões no meio urbano;
• limitação no acesso de caminhões aos bairros residenciais, preservando as condições habitacionais e amenidades locais dessas áreas urbanas;
• minimização do envolvimento dos caminhões em acidentes viários urbanos por meio de medidas de controle e fiscalização.
Essas medidas são praticadas em todo o mundo, mas em muitos casos não foram associadas a uma análise de suas consequências e resultados em termos de produção, sendo raros os casos em que na introdução, houve clara avaliação dos custos para as atividades urbanas.
Retrospectiva
Os primeiros estudos sobre a distribuição de mercadorias em áreas urbanas são datados do início dos anos 70 na França, Inglaterra e Estados Unidos. Neste período os temas de discussão predominantes eram o planejamento e a regulamentação. Após 1975 há uma diminuição dos estudos, porém são valorizadas as experiências internacionais. Os estudos mais gerais sobre os transportes urbanos e a mobilidade praticamente não tratavam da questão das mercadorias e as políticas propostas são basicamente restritivas. Nos últimos anos da década de 80 surge novamente o interesse pela carga urbana, geralmente fazendo parte de problemáticas mais gerais, como o uso do solo, questões urbanas e ambientais. Nos anos 90 a pesquisa em carga urbana vê reconhecida sua importância, e se desenvolve em duas grandes linhas: o crescimento sustentável e a logística integrada do funcionamento das cidades.
Dos anos de 1973 a 1988, houve várias conferências com escopos internacionais sobre o transporte de cargas em áreas urbanas, a que ocorreu nos EUA buscou uma cristalização das atividades de cargas no meio urbano, destacando;
• preocupação sobre a localização de terminais e facilidades para cargas urbanas;
• preocupação nos anos 70 com a incorporação das cargas no processo de planejamento de transportes urbanos, que abriu caminho para a importância dos dados e das informações;
• crescente
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