Carta Do Indio Seatlle
Casos: Carta Do Indio Seatlle. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Larissamoraes1 • 2/11/2014 • 1.355 Palavras (6 Páginas) • 310 Visualizações
Carta do índio
Texto do Chefe Seatle, distribuído pela ONU (Programa para o Meio
Ambiente) e aqui publicado na íntegra
"O que ocorrer com a terra, recairá sobre os filhos da terra. Há uma
ligação em tudo".
No ano de 1854, o presidente dos Estados Unidos fez a uma tribo
indígena a proposta de comprar grande parte de suas terras,
oferecendo, em contrapartida, a concessão de uma outra "reserva". O
texto da resposta do Chefe Seatle, distribuído pela ONU (Programa
para o Meio Ambiente) e aqui publicado na íntegra, tem sido
considerado, através dos tempos, um dos mais belos e profundos
pronunciamentos já feitos a respeito da defesa do meio ambiente.
"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa
idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o
brilho da água, como é possível comprá-los?
Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo
brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a
penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são
sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que
percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do
homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando
vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta
bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da
terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs;
o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos
rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro,
e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que
deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz
que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será
nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar
sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra
é sagrada para nós.
Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas
água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a
terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem
ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas
águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da
vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus
ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam
nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos
nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios
são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos
rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes.
Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que
qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra
aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e
quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os
túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra
aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu
pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a
terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas,
saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu
apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.
Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas
cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o
homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar
onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou bater
das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e
não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o
que resta da
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