Cartão De Credito
Exames: Cartão De Credito. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lyninha • 21/3/2015 • 1.337 Palavras (6 Páginas) • 160 Visualizações
Vantagens e desvantagens do cartão de crédito
Em continuidade ao projeto de Educação Financeira e Previdenciária Mais PREVI, o site trará às segundas-feiras uma série de matérias que abordarão assuntos que podem ajudar a resolver questões relacionadas a administração das contas pessoais e familiares, problemas de endividamento e planejamento do futuro para uma vida mais tranquila financeiramente.
Para esta primeira abordagem o assunto escolhido foi o cartão de crédito. Algumas pessoas adoram usar esse tipo de crédito e carregam em suas carteiras dois, três ou até mais cartões. Há também quem acredita que o cartão de crédito é um vilão. Afinal, quais as vantagens e desvantagens de se possuir um cartão de crédito?
Vantagens
Para o professor Marcos Silvestre, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e apresentador do programa Na Ponta do Lápis, da BandNews FM, o cartão de crédito democratizou a forma de pagamento por ser oferecido a todo cidadão que comprove renda. Além da questão social, o especialista aponta outros motivos para o uso da moeda de plástico, mas alerta: é preciso saber usar e contratar um seguro para caso de fraudes.
"O cartão é prático e seguro. A pessoa não precisa ficar andando com dinheiro e cheque na carteira. Outros pontos interessantes são: a possibilidade de reverter as compras em benefícios, concentrar gastos em uma única data evitando esquecimentos – e como consequência pagamento de multas –, além de facilitar a organização do fluxo de caixa", comenta.
Como escolher o cartão ideal?
Aline Brito, consultora do banco de investimento Geração Futura, afirma que se o cidadão souber usar de maneira consciente o cartão de crédito, ele pode ser um verdadeiro aliado e a escolha do cartão é um bom começo.
"O consumidor deve optar por cartões que proporcionem benefícios alinhados com os seus objetivos. Por exemplo, um cidadão que viaje constantemente pode se associar a um cartão que conceda milhas. A lógica também se aplica a quem deseja trocar de carro. Os pontos funcionam como dinheiro", orienta.
Silvestre reforça a ideia de que é preciso analisar a própria rotina para pensar nas variantes. "Não se deve pagar uma anuidade mais cara por um cartão internacional se a pessoa não viaja para fora do país", alerta. Outra dica do professor é sempre negociar a anuidade. O cartão ideal não pode onerar o bolso do consumidor.
Quantidade não é garantia de qualidade
Tem consumidor que acredita que ter vários cartões ajuda. Nesse caso, vale o ensinamento de Silvestre. Cartão de crédito só vale a pena quando usado como meio de pagamento. Usá-lo como forma de financiamento é acumular dívidas, pois, além da fatura em aberto, acumulará uma das taxas de juros mais altas. Nesses casos é melhor estudar tipos de financiamentos como cheque especial, CDC, consignado e comparar os valores.
"Ter mais de um cartão vale a pena para quem tem, por exemplo, mais de dois recebimentos de renda por mês. O consumidor casa a data da entrada do dinheiro com o vencimento do cartão", recomenda.
Taxas
A regra é simples, se usou o cartão pague o total da fatura. Deixar a dívida entrar no crédito rotativo significa somar a dívida a juros altos (média de 13% a.m.) sobre o saldo remanescente, mais encargos contratuais, que são as taxas de financiamento, juros de mora de 1% e multa moratória de 2%. Para não cair na ilusão do crédito rotativo, Silvestre recomenda que o consumidor não comprometa mais do que 1/3 da sua renda mensal.
O mau uso do cartão pode virar uma "bola de neve". Em uma situação na qual o cidadão tenha uma fatura de R$ 1.000,00 e arraste por 12 meses o pagamento, no final de um ano terá acumulado dívida de cerca de R$ 5.000,00. Se for por 24 meses, no final do período estará devendo aproximadamente R$ 20.000,00.
O consumidor que achar que não vai ter condição de pagar o total da fatura não deve usar cartão. Silvestre alerta: "É matemática pura e simples. Se a pessoa ganha pouco tem que gastar pouco. Se a renda está declinante é hora de economizar ou a conta não fechará jamais".
Por muitas vezes criticamos (eu inclusive) o cartão de crédito, mas será que ele é o vilão?
Li recentemente um excelente texto do André Massaro (‘Em defesa do cartão de crédito‘), onde ele discute até onde vai a culpa dessa ferramenta financeira no endividamento de boa parte da população.
O objetivo deste artigo é mostrar que o cartão de crédito não é necessariamente um vilão, mas a forma como muitos utilizam que é.
Por que o cartão de crédito não é um vilão?
Se pensarmos de uma forma bem prática, apesar das taxas de juros desta ferramenta serem absurdamente altas, só sofremos com esses juros no caso de não pagarmos a fatura integralmente.
Diante dessa situação, a culpa não é do cartão, mas da pessoa que o utiliza de forma equivocada, gastando mais do que recebe e, por essa razão, ficando sem dinheiro para pagar a fatura completa.
Por outro lado, a falta de educação financeira da população aliada ao incentivo da mídia para fazermos compras parceladas também pesa nessa equação.
Ainda assim, na minha opinião, isso não justifica a forma indiscriminada como o cartão de crédito tem sido utilizado pela maioria de nós.
A bola de neve começa a crescer quando as pessoas compram, convenientemente se “esquecem”
...