Casa E Cozinha
Dissertações: Casa E Cozinha. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: breno1234 • 25/9/2013 • 3.843 Palavras (16 Páginas) • 460 Visualizações
AS ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS E
COMERCIALIZAÇÃO NAS REDES DE
CAFETERIAS NACIONAIS
Vivian Lara dos Santos Silvai
UFSCar – Depto. Eng. Produção
Rua Carlos Camargo Salles, 468, ap.10
CEP 13560-290 – São Carlos SP, E-mail: pvls@iris.ufscar.br
ABSTRACT
The purpose of this paper is to analyze the Brazilian coffee shops marketing strategics as a function of
their competitive strategics. In order to test this idea, four importants coffee shops were considered, in
an empirical analysis. As a main result, this paper could observe that spot market is more efficient than
others governance structures because of lowering appreciation of Brazilian consumer to extreme
quality coffee, beyond intrinsics characteristics of coffee tree culture.
KEYWORDS: Brazilian coffee shops; marketing strategics; competitives strategics.
RESUMO
O presente estudo possui como objetivo analisar as estratégias de comercialização empregadas pelos
coffee shops nacionais em função de suas respectivas estratégias competitivas. Para tal, optou-se pela
realização de uma análise empírica, em que, por meio do método dos múltiplos estudos de caso, quatro
importantes redes foram consideradas. Como principal resultado, pode-se observar uma maior
eficiência do mercado spot frente outros mecanismos de comercialização, como a integração vertical e
os contratos de longo prazo, diante, principalmente, da baixa sensibilidade do consumidor brasileiro a
produtos altamente padronizados e de extrema qualidade, junto às características intrínsecas da cultura
cafeeira.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo possui como objetivo analisar as estratégias de comercialização empregadas pelos
coffee shops nacionais em função de suas respectivas estratégias competitivas. De forma resumida,
pode-se considerar que a baixa sensibilidade do consumidor brasileiro à apreciação de cafés de elevada
qualidade, fruto de todo o processo de regulamentação ocorrido no Brasil, confere uma menor
rentabilidade às estratégias relacionadas à comercialização de produtos altamente padronizados e de
extrema qualidade.
Como resultado, distinguindo-se do mercado americano e europeu, as cafeterias nacionais não realizam
a diferenciação de seus produtos por meio de uma associação direta a elevados níveis de qualidade e de
padronização, mas pelo do ambiente de consumo e do serviço prestado ao consumidor. Estas redes
preocupam-se, no máximo, com uma maior homogeneização da qualidade do café comercializado,
assim como uma garantia no abastecimento desta iguaria, em termos de quantidade e regularidade.
A consideração deste posicionamento estratégico permite que o segmento das cafeterias não se
preocupe com a adoção de mecanismos formais de comercialização, podendo via o mercado spot, ou
seja, pelo mecanismo de preço, selecionar a qualidade que melhor lhe convém.
A partir destes comentários iniciais, torna-se interessante uma análise minuciosa de todo este contexto,
visando uma maior contribuição do presente estudo a respeito dos elementos que definem o modelo de
atuação dos coffee shops nacionais em suas cadeias agroindustriais. Este estudo foi proporcionado pela
realização de uma análise empírica, em que utilizando-se do método dos múltiplos estudos de caso,
quatro importantes redes de cafeterias atuantes no mercado brasileiro foram consideradas, a saber:
Fran’s Café, Café do Ponto, Café Pelé e Casa do Pão de Queijoii.
2. ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS E COMERCIALIZAÇAÕ:
ANÁLISE DAS RELAÇÕES EXISTENTES
O mercado consumidor distingue-se, atualmente, pela existência de duas categorias, cada qual
priorizando e valorizando atributos e padrões particulares de consumo: o mercado de commodities e o
mercado de especialidades (BEST, 1990).
No mercado de commodity, a variável chave de decisão dos consumidores refere-se, essencialmente,
aos preços praticados, direcionando a níveis de inferior importância atributos relacionados à
diferenciação e valorização dos produtos. Desta forma, a baixa sensibilidade destes consumidores à
apreciação de produtos diferenciados inviabiliza a adoção de estratégias competitivas, como a
segmentação e a diferenciação de mercado, assim como a inovação em produtos.
Este posicionamento estratégico propicia, de forma geral, que as empresas mantenham relações de
suprimento direto com o mercado spot, em que as transações são realizadas pontualmente, sem haver a
obrigatoriedade de compra futura.
Esta relação pode ser melhor compreendida ao se considerar que a falta de diferenciação entre as
mercadorias não exige a utilização de mecanismos formais de comercialização, uma vez que diante da
recorrência da transação torna-se possível, eficientemente, selecionar o produto mais adequado, por
meio
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