Ciência: conceitos chave em filosofia
Por: huahua3 • 5/4/2017 • Resenha • 944 Palavras (4 Páginas) • 1.144 Visualizações
Resenha - Ciência: conceitos-chave em filosofia
Ciência: conceitos-chave em filosofia é um livro escrito por Steven French, composto por dez capítulos, curtos, porém com uma extensa quantidade de teorias exploradas. O livro também é cheio de exemplos históricos e atuais da ciência. Inclui discussões fundamentais como o realismo científico, abordagem semântica das teorias, a construção social do conhecimento científico. Podendo ser abordadas perguntas importantes, como: Após as discussões realizadas, o que você entende por ciência? O que é o conhecimento científico e quais são suas características? Existe um método científico? Para os cientistas, o que é um modelo? A busca pela resposta sobre ciência se distinguirá em torno de questões gerais sobre a ciência, em vez haver uma exposição de diferentes teorias sobre a ciência. O presente trabalho fará uma abordagem de apenas cinco capítulos, são eles: Justificação, Observação, Experimento, Realismo e Antirrealismo.
O capítulo quatro - Justificação - Expõe qual a relação dos dados experimentais para a validade das teorias e modelos científicos. French começa com uma exposição sobre o verificacionismo, teoria que se associa aos positivistas lógicos, de que os dados verificam as teorias. Porém, aponta os problemas em torno dessa concepção, de que a verificação não prova a verdade, mas que sugere uma probabilidade de ser verdadeira. Logo, relatam uma mudança da verificação para a confirmação, na qual afirma que para uma sentença ser confirmada tem de haver observações, e que estas devem contribuir positivamente e negativamente. Na sequência, evidencia o falseacionismo de Karl Popper, em que uma hipótese, para ser científica, precisa ser capaz de ser falsificada, que precisa ser falseável, na qual faz predições que poderiam ser falsas. Fazendo assim, os dados são importantes para falsificar as teorias permitindo com isso o aperfeiçoamento do conhecimento. Segue abordando uma discussão sobre as deficiências dessa teoria, de que se uma teoria for falsificada não quer dizer que ela é realmente falsa, mas que na verdade pode haver alguma observação falha no meio.
O capítulo cinco - Observação - Procura investigar quão seguras são as observações feitas. French começa como uma análise da visão comum sobre a observação, em que duas pessoas vendo o mesmo objeto nas mesmas circunstâncias veem a mesma coisa, porém não é verdade. Então, apresenta exemplos para desconstruir essa ideia, como a do famoso cubo de Necker ou a do pato/coelho em que ambas têm diversas leituras e observações. Então, French afirma que as observações normais que fazemos envolvem inevitavelmente pressuposições. Assim, percebe-se que as observações não são tão seguras como se imaginava, e que os enunciados de observação também são falíveis, assim como as teorias que eles sustentam ou falsificam.
O capítulo seis - Experimento - discute a importância dos experimentos para avaliar se as observações são confiáveis ou não. French destaca a de examinar e calibrar o equipamento para verificar se reproduz ou representa precisamente os fenômenos conhecidos. Embora, com relação a Galileu, ele as observações astronômicas não tenham sido suficientes, porque os opositores acreditavam que os objetos terrestres e celestes obedeciam a leis diferentes. French procura mostrar que a observação é muito mais do que um simples abrir de olhos, mas um processo de intervenção nas coisas. Desta forma, a experimentação é um componente importante para a base do conhecimento científico. Na segunda parte do capítulo, French fala sobre o papel dos modelos para a justificação das teorias. O autor ainda fala de dois tipos de modelos mais básicos, ligados mais propriamente às observações do que às teorias: os modelos de fenômenos e os modelos de dados.
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