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Classicos Da Sociologia

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Por:   •  27/10/2014  •  1.563 Palavras (7 Páginas)  •  406 Visualizações

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KARL MARX

O alemão Karl Heinrich Marx, fundador da doutrina socialista, produziu ideias que tiveram grande impacto em todo o mundo, ao longo do século XX. Com um pensamento que abrangeu Teologia História, Literatura, Pedagogia, Antropologia, Economia, Sociologia, Ciência Política, Filosofia, Geografia, Direito, entre outras áreas do conhecimento, trata-se de um pensador que impressiona, seja pelo volume de informação e nível de profundidade, seja pelas duras críticas que impõe ao sistema capitalista como um todo.

Marx sempre se mostrou ser um grande teórico, mas também um homem de ação, porque condenava a diferença entre teoria e prática. Assim, lutava arduamente para que suas ideias fizessem parte de sua prática cotidiana.

CLASSES SOCIAIS

Marx em seu pensamento sociológico nos transmite uma mensagem de que as

relações sociais entre os homens se dão por meio das relações de oposição, antagonismo e

exploração, sendo esta o principal mecanismo de sustentação do capitalismo.

Opondo-se às ideias liberalistas, que consideravam os homens, por natureza,

iguais política e juridicamente, Marx negava a existência de tal igualdade natural. Ao

contrário dos liberalistas que consideravam os homens livres das desigualdades estabelecidas

pela sociedade, Marx dizia que numa sociedade onde predomina o capitalismo as relações de

produção inevitavelmente provocam as desigualdades sociais, sendo que essas desigualdades

são a base da formação das classes sociais. Marx foi o primeiro autor a empregar o

termo “classes sociais” e, segundo ele:

A história de todas as sociedades que existiram até hoje tem sido a

história das lutas de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo,

mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em

constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora aberta, ora disfarçada:

uma guerra que sempre terminou ou por uma transformação revolucionária de toda a

sociedade, ou pela destruição das duas classes em luta.

A divisão da sociedade em classes sociais pode ser explicada, segundo Marx,

através da “forma como os indivíduos se inserem no conjunto de relações, tanto no plano

econômico como no sociopolítico.

ALIENAÇÃO

Marx desenvolveu o conceito de alienação mostrando que o processo de

industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separam os trabalhadores dos

meios de produção, ou seja, os trabalhadores, juntamente com as ferramentas, a matéria

prima, a terra e as máquinas tornaram propriedade privada do sistema capitalista.

Além da alienação econômica, o homem sofre também a alienação política, pois o

princípio da representatividade, que é a base do liberalismo, criou a ideia de Estado como um

órgão político imparcial, responsável por representar toda sociedade e dirigi-la por meio do

poder delegado pelos indivíduos dessa sociedade. Marx mostrou, entretanto, que o Estado

acaba representando apenas a classe dominante, ou seja, o Estado seria apenas um

instrumento de garantia e de sustentação da supremacia da classe detentora dos meios de

produção e só age conforme o interesse desta. As classes dominantes economicamente

encontravam meios para conquistar o aparato oficial do Estado e, através dele, legitimar seus

interesses sob a forma de leis e planos econômicos e políticos.

LUTA DE CLASSES

Para Marx a evolução histórica se dá pelo antagonismo irreconciliável entre as classes sociais de cada sociedade. Foi assim na escravista (senhores de escravos - escravos), na feudalista (senhores feudais - servos) e assim é na capitalista (burguesia - proletariado). Entre as classes de cada sociedade há uma luta constante por interesses opostos, eclodindo em guerras civis declaradas ou não. Na sociedade capitalista, a qual Marx e Engels analisaram mais intrinsecamente, a divisão social decorreu da apropriação dos meios de produção por um grupo de pessoas (burgueses) e outro grupo expropriado possuindo apenas seu corpo e capacidade de trabalho (proletários). Estes são, portanto, obrigados a trabalhar para o burguês. Os trabalhadores são economicamente explorados e os patrões obtém o lucro através da mais-valia.

MAIS-VALIA

Outro conceito bastante expressivo desenvolvido por Marx foi a mais-valia, que seria o valor que o capitalista vende a mercadoria menos o valor gasto para produzi-la.

exemplo: Em uma indústria têxtil, um trabalhador precisa apenas de 4 horas por dia para produzir bens no valor do seu salário mensal. Assim, partindo do princípio que a jornada diária de trabalho tem 8 horas, em um mês com 22 dias de trabalho, o trabalhador precisa apenas de 11 dias para produzir o valor equivalente ao seu salário. Apesar disso, ele não pode trabalhar apenas 11 dias por mês ou 4 horas por dia, e deve continuar produzindo. O lucro obtido com o seu trabalho nas restantes horas vai para o seu patrão e é designada como mais-valia. De acordo com Marx, este exemplo designa a mais-valia absoluta.

A mais-valia relativa remete para o aumento da produtividade através de processos tecnológicos avançados. Isso significa que novas máquinas melhoram o processo de produção, sendo que é possível produzir mais bens em menos tempo, aumentando o lucro. Desta forma, o salário do trabalhador fica pago em ainda menos dias.

As duas mais-valias conferem lucro aos empregadores através de formas diferentes: a mais-valia

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