Conceitos Básicos de Áudio e Acústica - Francisco Johann
Por: Francisco Johann • 4/8/2018 • Projeto de pesquisa • 4.306 Palavras (18 Páginas) • 147 Visualizações
Conceitos Básicos de Áudio e Acústica
Francisco Johann
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ÍNDICE
O Som 03
Decibel 05
Relação Sinal/Ruído 05
Equalização 06
Curvas de Audibilidade 10
Envelope 10
Acústica 11
Compressores 13
Outros Efeitos 14
Bit Rate e Sample Rate 16
Principais Formatos de Áudio Digital 19
Microfones 21
Interfaces de Áudio 23
Pré-Amplificadores 24
Cabos e Conectores 25
Glossário 27
O SOM
Pensando no som na sua forma mais primitiva, podemos encontrar muitos exemplos na natureza: o mar, a chuva, os trovões, os animais, o vento... Praticamente tudo o que vibra pode produzir som.
Para explicar como isso acontece, vamos precisar um pouco da Ciência da Física.
O som se propaga através de ondas, e para que isso ocorra, é necessário um meio de propagação (no nosso caso o ar), um movimento de compressão e outro de descompressão.
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O som tem algumas características, que são:
Altura=frequência
Intensidade=amplitude ou volume
Dinâmica=variação da amplitude
Timbre=qualidade ou conteúdo harmônico
Duração=tempo.
A amplitude é a diferença entre os picos de compressão e descompressão. Quanto maior a amplitude, maior a força ou volume do som.
A cada movimento de compressão e descompressão, temos um ciclo. A frequência é determinada pela quantidade de ciclos na onda sonora no tempo de 1 segundo.
Cada instrumento tem uma faixa de frequência característica, e cada nota musical corresponde a uma frequência específica. Por padrão foi definido que a nota Lá na quarta oitava deve ter frequência igual a 440hz.
Cada oitava acima tem a frequência de o dobro da anterior, dessa forma o Lá na quinta oitava tem 880hz.
O ouvido humano é capaz que perceber frequências entre 20hz a 20.000hz(20khz).
O timbre poderia ser definido como a coloração do som. Por exemplo, a mesma nota musical emitida por uma guitarra ou uma flauta tem timbres muito diferentes. Isto se reflete diretamente no formato da onda.
O timbre é resultado da soma de alguns parâmetros: a onda fundamental, o número de harmônicos, a intensidade relativa de cada harmônico e a intensidade total das partes somadas a fundamental.
Muitos fatores, tanto acústicos como eletrônicos podem alterar o timbre.
Fatores acústicos: tipo de material vibrante ou ressonante, sua forma e tamanho, tipo de vibração e condições acústicas do ambiente.
Fatores eletrônicos: diferentes filtros aplicados, qualidade dos amplificadores de sinal, resposta dos componentes em relação aos transientes.
Existem alguns formatos clássicos de ondas, veja no quadro abaixo os principais:
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DECIBEL
O decibel(dB) é uma unidade de medida logarítmica e relativa que determina a relação entre duas grandezas.
No nosso estudo vamos apenas lembrar que esta é a unidade adotada para medir o volume ou pressão sonora.
RELAÇÃO SINAL/RUÍDO
É a relação entre o valor em dB do sinal limpo e o valor do ruído, também em dB. Quanto maior for a relação sinal/ruído, melhor ou mais fiel será a qualidade do áudio. Exemplo: 70dBs de sinal limpo e 2dBs de ruído:
Relação Sinal/ruído=70-2=68dBs.
EQUALIZAÇÃO
Equalização é a busca que um equilíbrio tonal, onde se deve levar em conta todos os elementos do som e as variantes acústicas do ambiente. Isso é feito através de uma tentativa de ajuste entre as frequências para que se tenha o melhor resultado possível no timbre e na relação entre os instrumentos ou sons. Entretanto, não existe uma formula exata para conseguir um equilíbrio perfeito, porém é aconselhado que normalmente seja respeitado o timbre natural dos sons, levando em conta que isso deve ser pensado desde a captação do som.
Num sistema perfeito, o uso de equalizadores poderia ser até dispensável, portanto se estiver sendo necessário o uso de de muita correção, provavelmente o problema está em algum estágio anterior.
Existem basicamente 3 tipos de equalizadores: shelving, paramétricos e gráficos. No nosso estudo vamos focar nos equalizadores paramétricos, pois são os mais completos e utilizados na produção musical atualmente.
Os equalizadores paramétricos possuem basicamente 4 ajustes: a seleção do tipo de filtro, o fator Q, a frequência de trabalho e o ganho ou atenuação. Alguns equalizadores mais modernos possuem mais regulagens, como a possiblidade de trabalhar com o mono/estéreo e optar os shapes alternativos para os filtros.
Vamos observar os ajustes básicos no equalizador Pro-Q 2 da Fabfilter.
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A figura acima mostra um filtro peaking atenuando 30dBs em 70hz com o fator Q com valor de 12.826. Note que essa configuração do fator Q propicia um corte bastante preciso e específico de frequência.
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Note na figura acima que o fator Q com valor mais baixo (1.035) faz com que o equalizador atue também nas frequências adjacentes a escolhida. Ou seja, quanto maior o fator Q mais preciso o corte, e quanto menor mais aberto e interferindo em mais frequências.
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