Conceitos De Valor Do Marketing
Artigos Científicos: Conceitos De Valor Do Marketing. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jhenii • 20/11/2013 • 1.572 Palavras (7 Páginas) • 484 Visualizações
Uma Revisão Crítica ssobre o ssobre o Uso de Diferentes Conceitos de
Valor no Marketing
A Critical Review of Different Value Concepts Use in Marketing n Marketing
RRR
Nos últimos anos o tema valor tem sido cada vez mais investigado pela academia brasileira de marketing.
Contudo observamos que a utilização do termo pode trazer consigo mais sombras que luzes em sua aplicação,
tendo em vista que sua definição na literatura da área não apresenta consenso em torno de um único conceito.
Assim, chegamos a duas hipóteses acerca deste problema: 1) a de que existam trabalhos acadêmicos utilizandose de mais de um dos conceitos de valor para se referirem a apenas um deles; e 2) que existam trabalhos
acadêmicos se utilizando da definição de um para se referir a outro. Desta forma, o presente estudo se caracteriza
como revisão crítica com base lingüístico-filosófica sob uma perspectiva pragmática. O procedimento
metodológico adotado foi o de desk research, baseado na construção de um corpus de pesquisa composto pelo
conjunto de artigos de Marketing publicados nos últimos cinco anos de Encontros da ANPAD, com análise
documental dos artigos selecionados. Nossos achados confirmam nossas hipóteses em relação a estudos que se
utilizam do conceito de valor para o cliente como construto.
Palavras-chave: conceito de valor; revisão crítica; desk research; pragmática.
III
Cada vez mais o tema valor está sendo investigado pela academia de marketing. No Brasil, os
últimos cinco anos têm mostrado esta tendência, o que fica evidente, se observarmos a quantidade de
artigos publicados sob a tutela do tema, seja nos anais de encontros acadêmicos (e.g, EnANPADS),
seja em periódicos científicos (e.g., RAE, RAC etc.). Contudo observamos que a utilização do termo
pode trazer consigo mais sombras que luzes em sua aplicação, tendo em vista sua definição na
literatura da área não apresentar consenso em torno de um único conceito.
Podemos perceber claramente pelo menos três conceitos amplamente aplicados a valor, sempre
associados a clientes: o primeiro se refere a uma relação de custo e benefício, ou seja, a diferença
entre os valores que o cliente ganha (benefícios funcionais e subjetivos) comprando e usando um
produto, e os custos (dinheiro, esforço, custo físico ou psíquico) para obter este produto. Essa
abordagem parece ter obtido grande repercussão, sobretudo por ser a utilizada em livros de marketing
geral; o segundo, por outro lado, refere-se ao valor que um cliente tem para uma organização durante
toda a sua vida enquanto tal. Justifica-se pela importância dada aos ativos intangíveis e à necessidade
de representá-los através de valores quantitativos, o que tem ganhado ênfase, graças à importância
dada cada vez mais às métricas de marketing; finalmente, o terceiro, baseado na escola da psicologia
social, aborda o aspecto do valor relativo à própria condição da existência humana em suas relações
sociais, assumindo que as pessoas alcançam seus valores pessoais através de algumas ações ou
atividades específicas, dentre as quais o consumo.
Alguns problemas relativos a tais aspectos começam pela própria terminologia adotada. No original
em inglês, enquanto o segundo conceito é chamado customer equity e/ou lifetime customer value, tanto
o primeiro quanto o terceiro são chamados de customer value. A tradução para o português não ajudou
muito. Se o primeiro conceito aparece agora como valor para o cliente, é a vez de os outros dois
serem apresentados com um mesmo nome: valor do cliente. A tradução do primeiro conceito aparece
nos manuais de marketing. Já a terminologia de valor do cliente, quando relativa ao segundo conceito
apresentado, surgiu na tradução do livro de Rust, Zeitham e Lemon (2001). Por sua vez, a
terminologia de valor do cliente, quando relativa ao terceiro conceito, foi sugerida por Leão e Mello
(2002, 2003), sob o argumento de que se se discutem os valores relativos aos próprios clientes, então
estes só podem ser do cliente.
Evidentemente, alguns leitores podem estar agora questionando-se sobre a relevância desta
discussão. Se a linguagem fosse aqui tomada na sua forma tradicional, apenas como meio instrumental
de transmitir pensamentos, a confusão apresentada realmente não seria problema, já que o importante
seria entender o conceito por detrás do nome. Esta forma tradicional de pensar a linguagem se refere a
uma perspectiva semântica (área da lingüística que estuda a relação entre as construções lingüísticas e
as coisas), que assume que os nomes carregam significados por si só (Oliveira, 2001). No entanto
corroboramos
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