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Confrarias

Artigo: Confrarias. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/9/2013  •  Artigo  •  947 Palavras (4 Páginas)  •  316 Visualizações

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Confrarias

Alcides Vitor de Carvalho

O QUE SÃO? COMO FUNCIONAM? COMO CRIAR UMA?

Confraria é uma reunião de frades, do latim Fratres, significando irmão. É uma irmandade. Portanto, "confraria do vinho" é um grupo de amigos que se reúnem dentro de um relacionamento fraterno para degustarem, estudarem, comentarem, enfim, apreciarem vinhos.

Normalmente se faz uma refeição ao final das reuniões, combinando naturalmente com os vinhos.

Há Confrarias, Clubes e Associações de vinho que têm também um caráter formativo para profissionais; e oferece cursos para garçons, jovens e público em geral.

Pode funcionar assim: Reuniões onde cada um leva livremente um vinho, todos tomam, comentam e classificam este vinho... Ou são programadas reuniões temáticas para as quais se indica um tema e os confrades trazem o vinho dentro do tema estabelecido, ou a Confraria compra os vinhos indicados.

Não é difícil criar uma confraria.

Começa-se reunindo alguns amigos apreciadores de vinho e logo já estará nascendo a entidade.

Claro que não dá para haver muita gente numa Confraria. Por isto, nada impede que numa mesma cidade haja várias Confrarias, Clubes ou Associações de vinho.

Lembramos que uma Confraria proporciona inúmeros benefícios, além de reunir amigos, desenvolve o conhecimento e a capacidade de apreciação. Incentiva na sociedade a busca por mais informações sobre vinho. Desenvolve o consumo moderado e ainda traz benefícios para a compra e a melhoria da qualidade na oferta de bons vinhos.

Neste espaço você poderá ainda entrar em contato com diversas Confrarias, Clubes, Associações e, se você já estiver em uma, informe-nos sobre ela e lembre-se que aqui sempre há espaço para a manifestação e eventos da sua confraria.

CURSO BÁSICO DE INICIAÇÃO AO VINHO E À DEGUSTAÇÃO

por Aguinaldo Záckia Albert e Ennio Federico

AULA 1

INTRODUÇÃO

O vinho sempre exerceu enorme fascínio sobre o homem e o tem acompanhado em sua trajetória pelo mundo desde os primeiros passos das antigas civilizações. Porém, nunca se viu tamanho interesse pelo vinho – e também pela gastronomia – como nos nossos dias . O fenômeno é mundial mas, no Brasil , país de pouca tradição vinícola, ele se apresenta de forma muito marcante.

Podemos creditar isso (entre outras coisas) à recente abertura de nosso mercado às importações. Tivemos nossas prateleiras inundadas por vinhos das mais variadas procedências, inclusive de regiões produtoras desconhecidas do consumidor comum como, por exemplo, Austrália e África do Sul. Num primeiro momento, o consumidor – ainda pouco informado bebeu de tudo, indiscriminadamente.

Diante de tal profusão de oferta, as pessoas ficaram um tanto confusas e começaram a se perguntar: Como escolher? Como ler um rótulo de vinho? O que é um bom vinho? etc. As informações começaram a circular por toda a mídia; cursos de vinho como os dados por associações de enófilos como a SBAV e a ABS, começaram a fazer enorme sucesso e - pouco a pouco – as pessoas começaram a ter condições de escolher melhor, depurando o mercado. Além disso, alargaram-se os horizontes daqueles que começaram a ler e a estudar sobre o vinho: afinal, vinho é cultura.

Nosso CURSO BÁSICO DE INICIAÇÃO AO VINHO E À DEGUSTAÇÃO deverá ter cerca de 12 aulas quinzenais, onde estaremos passando os conhecimentos indispensáveis para tornar-se um bom enófilo, visando formar uma nova geração de bebedores de vinho exigentes e bem informados.

NOVAS TENDÊNCIAS

Os chineses costumam dizer que uma imagem vale por mil palavras. Por isso, resolvemos publicar esta belíssima foto do famoso fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson – que se especializou em captar imagens do cotidiano das pessoas de forma realista – que expressa muito bem como era o consumo do vinho anos atrás, bem diferente do que acontece hoje.

A verdade é que os hábitos alimentares mudaram em todo o mundo. Certamente, o garoto da foto foi comprar (por alguns poucos francos) dois garrafões de vinho na venda da esquina, como quem vai hoje à padaria (ou ao supermercado) comprar leite. Na época, o vinho fazia parte da dieta normal do homem comum europeu, que o bebia como um alimento suplementar de sua refeição. Evidentemente, tratava-se do chamado vin ordinaire ,ou vinho comum , muito inferior ao que é bebido hoje em dia pela maioria das pessoas.

Estas são as principais mudanças ocorridas nos últimos anos:

• Diminuição do consumo global – Bebe-se menos vinho hoje, devido à queda do consumo do vinho comum de garrafão, de qualidade inferior, que era consumido pelo homem comum no dia-a-dia de seu trabalho, antes do advento dos fast foods, quando o ritmo de vida era menos intenso.

• Aumento do consumo de vinhos de qualidade média para cima – Os vinhos de melhor qualidade ganharam espaço, e estão presentes quando as pessoas bebem em suas casas ou , de forma descontraída, nos restaurantes. Tornou-se um hábito de sofisticação que chegou às classes médias, não estando mais restrito às elites.

• A quantidade cedeu lugar à qualidade

• Globalização do paladar – Não podemos negar que bebemos hoje muito melhor do que nossos pais, mas perdeu-se um pouco do romantismo dos vinhos produzidos com uvas regionais, de grande tradição nas regiões produtoras. Devido à sua melhor qualidade, algumas cepas (geralmente francesas) ganharam muito espaço, sendo assimiladas por outras regiões. Podemos citar a Cabernet Sauvignon, a Merlot, a Syrah, a Chardonnay, a Sauvignon Blanc, etc. Ganhamos em qualidade em detrimento de uma certa padronização do paladar.

• Características do novo estilo – Os vinhos produzidos atualmente tendem a ser mais límpidos, mais frutados e menos tânicos, feitos para serem consumidos ainda jovens. Vale também para os brancos hoje muito mais leves e frutados.

Para atender esse novo mercado os países do chamado Novo Mundo (Austrália, Nova Zelândia, Chile, Argentina, EUA – Califórnia, etc) conseguiram se adaptar de forma mais rápida, e têm ganho muito espaço junto aos consumidores.

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