Conhecimento científico e científico
Tese: Conhecimento científico e científico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 28/8/2014 • Tese • 1.035 Palavras (5 Páginas) • 407 Visualizações
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Ciência e conhecimento científico. In: MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica.5.ed.São Paulo: Atlas, 2010, Cap.1, p.15-43.
FICHAMENTO:
I. Ciência e Conhecimento Científico
• “Ao se falar em conhecimento científico, o primeiro passo consiste em diferenciá-lo de outros tipos de conhecimento existentes” (p.15).
• “Na Antiguidade o camponês mesmo sem estudo, tinha as técnicas necessárias para o plantio e colheita. A Revolução Agrícola dá-se através das melhorias nos equipamentos e em técnicas que evitassem o desperdício de se deixar a terra em pousio” (p.15).
• “O senso comum não se distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido” (p.16).
• “Para Bunge, se excluirmos o conhecimento mítico verificamos que tanto o ‘bom-senso’ quanto a ciência almejam ser racionais e objetivos” (p.16-17).
• ‘O ideal de objetividade não pode ser alcançado se não ultrapassar os estreitos limites da vida cotidiana’ (p.17).
• "'Babini, diz que é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem se haver refletido sobre algo"' (p.17).
• “Verificamos, que o conhecimento científico difere do popular muito mais no que se refere a seu contexto metodológico do propriamente a seu conteúdo. Essa diferença ocorre também em relação aos conhecimentos filosófico e religioso” (p-18).
• “O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada com base em estados de ânimo e emoções. É falível e inexato, pois se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto” (p-18).
• “O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação. É infalível e exato, já que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as coisas, não sendo submetidos a observação” (p-19).
• “O conhecimento religioso, apóia-se em doutrinas que têm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas)” (p.19-20).
• “Finalmente, o conhecimento científico é real porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda forma de existência que se manifesta de algum modo” (p.20).
• “A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza” (p.22).
• ‘Trujillo expõe que a ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido à verificação’ (p.22).
• “Se fosse possível à mente humana atingir o universo em sua abrangência infinita, apresentar-se-ia a ciência uma e também infinita, como seu próprio objeto” (p.23).
• “Ao analisar a natureza da ciência podem ser explicitadas duas dimensões, a compreensiva (contextual) e a metodológica (operacional)” (p.24).
• “O aspecto lógico constitui o método para a construção de proposições e enunciados, objetivando uma descrição, interpretação, explicação e verificação mais precisas” (p.24).
• “O aspecto técnico da ciência pode ser caracterizado pelos processos de manipulação dos fenômenos e que também corresponde ao instrumento metodológico e ao arsenal técnico que indica a melhor maneira de se operar em cada caso específico” (p.24).
• ‘Para Rudolf Carnap as ciências dividem-se em: formais e factuais’ (p.26).
• “A divisão leva em consideração: o objeto das respectivas disciplinas; a diferença de espécie entre enunciados; o método pelo qual se comprovam os enunciados; o grau de suficiência em relação ao conteúdo e método de prova; o papel da coerência para se alcançar a verdade; e por fim, o resultado alcançado” (p.29-30).
• “Considera-se conhecimento científico factual aquele que: parte dos fatos e sempre volta a eles; capta ou recolhe os fatos, da mesma forma como se produzem ou se apresentam na natureza ou na sociedade; parte dos fatos pode interferir neles, mas sempre retorna a eles; utiliza como matéria-prima da ciência” (p.31-32).
• “Diz-se que o conhecimento científico transcende os fatos quando: descarta fatos, produz novos fatos e os explica; seleciona os fatos considerados relevantes, controla-os e, sempre que possível, os reproduz; não se contenta em descrever as experiências, mas sintetiza-as e compara-as com o que já se conhece sobre outros fatos; leva o conhecimento além dos fatos observados, inferindo o que pode haver por trás deles” (p.32-33).
• “O conhecimento científico é considerado analítico em virtude de: ao abordar um fato, processo, situação ou fenômeno, decompor o todo em suas partes componentes; serem parciais os problemas da Ciência e, em conseqüência, também suas soluções; o procedimento científico de ‘análise’ conduzir à síntese” (p.33-34).
• “Diz-se que o conhecimento científico requer clareza e exatidão” (p.34).
• “O conhecimento científico é comunicável à medida que: sua linguagem deve poder informar a todos os seres humanos que tenham sido instruídos para entendê-la; deve ser formulado de tal forma que os outros investigadores possam verificar seus dados e hipóteses; deve ser considerado como propriedade de toda a humanidade” (p.35).
• “O conhecimento científico é verificável” (p.35).
• “O conhecimento científico depende de investigação metódica, já que o mesmo: é planejado; baseia-se em hipóteses já confirmadas, em leis e princípios já estabelecidos; obedece a um método preestabelecido, que determina, no processo de investigação, a aplicação de normas e técnicas, em etapas claramente definidas” (p.36).
• “O conhecimento científico é sistemático, pois é constituído por um sistema de idéias, logicamente correlacionadas” (p.37).
• “O conhecimento científico caracteriza-se por ser acumulativo à medida que seu desenvolvimento é uma conseqüência de um contínuo selecionar de conhecimentos significativos e operacionais” (p.37).
• “O conhecimento científico é considerado falível, pois: não é definitivo, absoluto ou final e a própria racionalidade da ciência permite que, além da acumulação gradual de resultados, o progresso científico também se efetue por revoluções” (p.38)
• “Considera-se o conhecimento científico como geral em decorrência de: situar os fatos singulares em modelos gerais, os enunciados particulares em esquemas amplos; procurar na variedade e unicidade, a uniformidade e a generalidade; a descoberta de leis ou princípios gerais que permitam a elaboração de modelos ou sistemas mais amplos” (p.38-39).
• “O conhecimento científico é considerado aberto, pois: não conhece barreiras que, a priori, limitem o conhecimento; a Ciência não é um sistema dogmático e cerrado, mas controvertido e aberto; e dependendo dos instrumentos de investigação disponíveis e dos conhecimentos acumulados, até certo ponto está ligado às circunstâncias de sua época.” (p.41).
• “Considera-se o conhecimento científico útil, pois na busca da verdade, criam-se ferramentas de observação e experimentação que lhe conferem um conhecimento adequado das coisas, o que permite manter, a Ciência, uma conexão com a tecnologia” (p.42).
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