Contabilidade Gerencial
Artigos Científicos: Contabilidade Gerencial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: maiaraanjos • 2/10/2013 • 790 Palavras (4 Páginas) • 452 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
No atual contexto empresarial, a informação é um recurso imprescindível para as
empresas, podendo verdadeiramente representar uma vantagem competitiva para determinadas
organizações (McGEE e PRUSAK, 1994; BEUREN, 2000). Autores como Goldratt (1991),
McGee e Prusak (1994), Davenport (2000) e Beuren (2000) abordam a importância da
informação para as organizações inseridas num ambiente cada vez mais competitivo.
A quantidade de dados e informações a que as organizações estão expostas diariamente
demanda um gerenciamento eficaz (BEUREN, 2000), sendo esse aspecto parte integrante do
processo decisório dos dirigentes e gestores dentro das organizações. Se administrar é decidir, a
continuidade de qualquer negócio depende das decisões tomadas pelos gestores dos vários
níveis organizacionais dentro das atividades de planejamento e controle (BIO, 1985; ASSAF
NETO, 1997).
Há nas empresas uma multiplicidade de fontes e de usos da informação (DAVENPORT,
2000). Entre as várias fontes existentes nas empresas, destaca-se a contabilidade, que – como
ciência responsável por todo o processo de mensuração, registro e comunicação dos fatos que
envolvem a atividade empresarial (CARVALHO e NAKAGAWA, 2004) – tem como principal
função suprir de informação relevante os gestores, a fim de capacitá-los a alcançar os objetivos
da organização com o uso eficiente de seus recursos (BEUREN, 2000). A contabilidade
possibilita à empresa coletar, processar e relatar informação para uma variedade de decisões
operacionais e administrativas.
A despeito disso, Meigs, Johnson e Meigs (1977) destacam que muitas decisões
empresariais são baseadas, no mínimo em parte, em dados contábeis. No entanto, apesar de o
objetivo das informações contábeis ser subsidiar os gestores no processo administrativo,
algumas vezes elas têm efeito exatamente oposto por serem incompletas, deixando de retratar
freqüentemente o desempenho das operações (WERNKE e BORNIA, 2001). Conforme Johnson
e Kaplan (1993), as informações contábeis, condicionadas pelos procedimentos e pelo ciclo do
sistema de informes financeiros da organização, são atrasadas e agregadas demais para que
sejam relevantes para as decisões de planejamento e controle dos gestores. Estudos brasileiros
sobre a utilização da informação contábil pelos gestores (SOARES, 1998; RESKE FILHO,
2000; ZANOTELI, 2001) apresentam que há divergências entre os relatórios mais requisitados
pelos gestores e os comumente gerados pelo sistema de contabilidade para dar suporte ao
processo de gestão econômico-financeira, suprindo apenas parcialmente as necessidades de
informação, pois freqüentemente são gerados com atrasos e são de difícil compreensão. Para
tanto, torna-se necessário elaborar relatórios complementares para suprir essas necessidades
informacionais.
Beuren (2000) alerta que as abordagens funcionais da gestão da informação, como
contabilidade, finanças, informática etc., têm dispersado a responsabilidade sobre a perspectiva
conjunta de melhorar o volume, a qualidade e a tempestividade da geração e distribuição de
informação aos diferentes tipos de usuários. Nesse sentido, os contadores não podem esperar
que um único conjunto padronizado de relatórios atenda a todas as necessidades de informação
dos funcionários e dos gerentes (ATKINSON et al., 2000), pois essas necessidades com
freqüência diferem materialmente dos dados coletados nos registros contábeis (MEIGS,
Angela Maria Stroeher e Henrique Freitas
4 R.Adm. Eletrônica, São Paulo, v.1, n.1, art.7, jan./jun. 2008
JOHNSON e MEIGS, 1977). Segundo Santos (1998), a existência de diferentes usuários com
diferentes necessidades e preferências é
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