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Contabilidade Internacional

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Por:   •  14/9/2014  •  1.720 Palavras (7 Páginas)  •  492 Visualizações

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ETAPA 1

1. Quais os desafios para o contador frente a contabilidade internacional?

Exigirá do profissional de contabilidade, esforço e dedicação, para a renovação dos conhecimentos sobre todas essas exigências.

Os profissionais terão dificuldades por não existir modelos a serem

Seguidos, mas, mesmo com essa dificuldade o contador deve ser capaz de desenvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil e controle gerencial e exercer com ética suas atribuições. Os contadores brasileiros estão acostumados a normas locais expressas e definidas em termos codificados e bastante solenizados. Já a linguagem anglo-saxônica dos pronunciamentos internacionais, aos quais deveremos aderir, é extremamente complexa e exige grande grau de subjetivismo e análise para ser entendida (Iudícibus, 2007). Para tanto, foi necessária a modificação do artigo 177, e seus parágrafos, pela Lei 11.638/07, para que o país pudesse convergir para as normas internacionais de contabilidade. Segundo, Weffort, o sistema educacional profissional brasileiro não favorecia os esforços de harmonização contábil. Com a introdução do processo de convergência no Brasil, os estudantes, educadores e profissionais da área contábil necessitam de ampla readequação (talvez até reeducação) às novas normas contábeis, que diferem conceitualmente dos conjuntos de normas até então vigentes no país, a convergência de fato e de direito pode estar atrelada a valores culturais.

O Brasil, mais uma vez devido ao processo de convergência às normas do IASB, passa por uma situação interessante: É um país com sistema jurídico codificado, porém com legislação societária e normatização contábil com características de países com sistemas jurídicos baseados nos costumes.

2. Quais os desafios para as empresas brasileiras?

No Brasil, a contabilidade das empresas sempre apresentou forte direcionamento para alguns critérios definidos em legislações fiscais específicas. A utilização de taxas de depreciação fiscais constitui um caso claro desta conduta. Devido aos limites de dedutibilidade das despesas de depreciação aceitos pelo Fisco, as empresas que têm o IRPJ e a CSLL apurados pelo lucro real estão condicionadas a utilizar taxas de depreciação por ele definidas.

O exercício de 2008, as empresas eram para está praticando taxas fiscais de depreciação, devido à falta de normatização alternativa vigente. Já para 2009, a expectativa era de que as empresas já adotassem taxas condizentes com a vida útil econômica dos bens, pois tanto o CPC quanto a CVM já haviam editado normas sobre o assunto, bem como para a adoção inicial das normas emitidas pelo IASB (IFRS). Para 2010, o primeiro ano de divulgação em IFRS total, inclusive com reclassificação inicial e final de 2009 para fins comparativos com 2010, a expectativa era de que as taxas utilizadas já observassem completamente a vida útil econômica dos bens.

Com a introdução do processo de convergência no Brasil, os estudantes, educadores e profissionais da área contábil necessitam de ampla readequação (talvez até reeducação) às novas normas contábeis, que diferem conceitualmente dos conjuntos de normas até então vigentes no país. Diversos autores pesquisaram sobre as diferenças nos padrões e práticas contábeis entre os países. Weffort (2005), além de apontar as principais causas dessas diferenças, afirma ainda que esse processo pode conduzir à existência de uma contabilidade de fato e outra de direito. Corroborando o pensamento de Weffort (2005), Carmo et al. (2011) asseveram que apesar da ressaltada relevância da convergência internacional da contabilidade, a simples introdução das normas, sem considerar os aspectos culturais e institucionais dos países, pode levar a uma adoção de jure (de direito) e não de facto (de fato) das normas, o que prejudicaria o processo de uniformização das práticas contábeis, transformando a convergência em uma simples questão de formalidade. É importante ressaltar que a contabilidade de direito trata da uniformidade da regulação contábil, da convergência entre as normas, enquanto que a contabilidade de fato diz respeito à adoção na prática cotidiana das empresas (Weffort, 2005; Tay e Parker, 1990 in Carmo et al. , 2011).

Ao considerar a contabilidade como linguagem universal dos negócios, pode-se presumir ainda que essa linguagem seja única e aplicável a qualquer país ou ambiente de negócios, em qualquer situação. Porém, essa não é uma verdade absoluta, pois os padrões e práticas contábeis entre os países diferem, e em muitos casos, substancialmente.

Segundo Ikuno et al. (2010) é notável o crescente número de pesquisas acerca dos fatores que influenciam as diferenças entre padrões e práticas contábeis entre os países, após o período de 1960 a 1965. Dentre estes estudos, citam-se Nobes (1998); Weffort (2005); Niyama (2005); Baker e Barbu (2007); Ding et al. (2005); e Zeff (2007), entre outros. As principais diferenças estão relacionadas a fatores econômicos e culturais (Barker e Barbu, 2007), diferenças entre países (Ding et al., 2005), diferenças entre sistemas legais (Niyama et al., 2005), linguagem, educação, inflação (Niyama, 2005), cultura contábil, cultura de auditoria e regulatória (Zeff, 2007).

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3. Destaque as diferenças, padrões e práticas entre os países.

Nobes (1998) considera o modelo contábil como o conjunto de práticas utilizadas em uma demonstração contábil publicada. Para o autor, os modelos contábeis se diferem por alguns motivos. Nobes (1998) buscou determinar as razões para as divergências entre os modelos contábeis, chegando à conclusão de que a variação dos modelos ocorre no nível das entidades, ou seja, as variações podem ocorrer dentro de um mesmo país. A contabilidade é uma ciência social aplicada, sendo fortemente influenciada no ambiente em que atua. Sendo “linguagem dos negócios”, é utilizada pelos agentes econômicos que buscam informações para avaliação dos riscos e oportunidades. Relatórios contábeis devem ser cada vez mais globalizados, mas a linguagem não é homogênea, pois cada País tem suas práticas contábeis próprias, O número de tentativas que têm sido feitas para classificar sistemas contábeis nacionais é o mesmo esforço que os biólogos tentam fazer para classificar fauna e flora (Nobes e Parker, 1995). Maior parte dos autores classifica os sistemas contábeis (financial reporting) em dois grandes grupos: o modelo anglo-saxônico e o modelo da Europa Continental,

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