Contabilidade Social

RESUMO

Atualmente muito se tem falado em sustentabilidade, e na verdade não só falado, muitas atitudes estão sendo tomadas em busca de uma melhor qualidade de vida sem que o futuro das próximas gerações seja prejudicado. Essas atitudes visam utilizar os recursos naturais ou não de maneira que não o meio ambiente não seja agredido. Muitas dessas atitudes terão resultado apenas em longo prazo, mas também existem aquelas que os resultados já podem ser vistos na sociedade. Tendo isso em mente, muitas empresas vêm dedicando recursos para se tornarem sustentáveis, o que consequentemente trará maior atratividade para seus negócios, pois investidores querem que seus nomes sejam ligados á empresas que demonstram um certa preocupação com o meio em que atuam. Sabendo disso, o objetivo deste trabalho é demonstrar se também há essa preocupação por parte dos alunos e a opinião dos coordenadores do curso de Ciências Contábeis nas instituições de ensino. Inicialmente realizamos uma pequena pesquisa para saber se já existe na grade curricular a matéria de Contabilidade Ambiental ou algo similar, tanto obrigatória como optativa.

1. INTRODUÇÃO Com o passar do tempo e a modernização avançada que a sociedade vem enfrentando, a preocupação com o meio ambiente está crescendo em grande escala e isso está gerando um mudanças no âmbito social das empresas. Assis (2011, p. 13) acredita que a sociedade sociedade tem estado muito preocupada no que diz respeito ao meio ambiente e sua preservação, exigindo das empresas um comportamento consciente e saudável. Mas para que seja possível a implementação de uma prática contábil que esteja focada nas mudança que estão ocorrendo dentro dessas empresas que estão buscando mudanças para um desenvolvimento econômico sustentável, é preciso que exista profissionais qualificados e especializados em tirar do âmbito social e levar essas mudanças para as demonstrações financeiras das empresas. A expressão desenvolvimento sustentável começou a ser disseminada no mundo a partir de conferências mundiais sobre o meio ambiente, ou seja, as providências que devem ser tomadas hoje para garantir a sobrevivência de gerações futuras (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU, 1990). A questão é se esse interesse que, pelo menos aparentemente, está tão inserido na sociedade, também está presente nos futuros contadores, nos estudantes de Ciências Contábeis para que as universidades façam mudanças em suas grades para incluir a disciplina de Contabilidade Ambiental. E também, deve-se levar em conta o que a coordenação do curso nas universiodades acha e pensa sobre a inclusão de uma matéria voltada ao desenvolvimento sustentável.

2. REVISÃO DE LITERATURA.

Contabilidade Ambiental: Segundo Donaire (1999, p.13), contabilidade ambiental é uma parte da contabilidade social, que, diante de muitas evoluções ocorridas ao longo dos anos, passou-se a verificar como as empresas atuavam em relação ao nosso meio ambiente, pois, as pessoas passaram a utilizar dos recursos naturais de acordo com sua existência não tendo nenhuma preocupação com o meio ambiente, sem entender que esses recursos são limitados, e, que a escassez dos mesmos acarreta em grandes causas a todos. Para Donaire (1999, p.14), esse processo determina que o crescimento de uma empresa também aconteça dependendo de métodos utilizados socialmente, a forma de agir e comportar-se, ou seja, sendo transparente, aderindo a novas técnicas para ajudar e demonstrando esse processo para as outras empresas e sociedade. Isso pode ser observado no dia-a-dia, pois, a sociedade bem como consumidores e investidores, estão mais exigentes. As empresas perceberam que precisavam se envolver e investir nesse contexto. Conforme afirma Teixeira (2000, p. 3): Há uma tendência das empresas em abrir para a comunidade uma grande quantidade de dados sobre sua política ambiental, seus programas de gerenciamento ambiental e o impacto de seu desempenho ambiental em seu desempenho econômico e financeiro.

Segundo Teixeira (2000, p. 3), investir em maneiras de melhorar procedimentos junto à preocupação com o meio ambiente, vale salientar, nem todas estão aderindo a essa nova tática. Porém o compromisso torna as empresas ainda mais competitivas e modernizadas. Evidente que este ponto, em certos casos, se não bem desenvolvidos resulta em uma imagem negativa para a empresa. Mas, em contra partida, pode resultar em um grande efeito pessoal no mercado, implicando positivamente para que essas empresas busquem formas de se adequar, podendo ser ela de forma isolada ou através da empresa. Existe uma grande parte da sociedade que coloca limites ao processo de adequação, entendendo que a preocupação ambiental não é necessária para um futuro melhor.

Se adaptar as essas questões é indispensável; a contabilidade ambiental é o meio mais correto para aderir à concorrência ambiental. De acordo com Tinoco e Kraemer (2004, p.32): [...] a contabilidade deveria buscar responder a esse novo desafio, atendendo aos usuários interessados na atuação das empresas sobre o meio ambiente, subsidiando o processo de tomada de decisão, além das obrigações com a sociedade no que tange à responsabilidade social e à questão ambiental.

2.1 Disciplina da Contabilidade Ambiental no Mundo e no Brasil A contabilidade ambiental tem sido um tema em discussão, a partir da do século XX, quando as empresas passaram a dar um pouco mais de atenção aos problemas do meio ambiente, devido à globalização dos mercados, com uma concorrência de organização mundial e o aumento da preocupação ambiental, traduzida pelo desejo de harmonizar a aparente contradição entre o desenvolvimento e a preservação do meio ambiente, tornando se assim, à incorporação do assunto à matriz curricular dos cursos de Ciências Contábeis essencial, considerando a percepção de que só por meio da evolução de conceitos, discussão em sala de aula e do aprendizado teórico e prático, a contabilidade ambiental dará um grande salto de qualidade. Os eventos a seguir marcaram o início dessa discussão sobre as questões ambientais, segundo Rebollo(2001). Em 1970, ocorreu o primeiro encontro internacional com efetivo destaque para a chamada consciência ecológica. Esta reunião recebeu a denominação de Clube de Roma. Em 1972, aconteceu a 1ª Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente das Nações Unidas, na Suécia, em Estocolmo, com grande repercussão para a conscientização da sociedade mundial sobre os problemas ecológicos e os impactos ambientais industriais. Pela primeira vez, representantes de governos,