Contribuição De Pestallozi E Herbert Para A Educação
Artigos Científicos: Contribuição De Pestallozi E Herbert Para A Educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: daysou1 • 10/9/2013 • 2.366 Palavras (10 Páginas) • 555 Visualizações
Este artigo pretende mostrar a relaÁ„o entre as idÈias e a metas educacionais de Johan Heinrich Pestalozzi e sua fÈ nos princÌpios crist„os, particularmente suas idÈias sobre como o amor pode ser uma metodologia para formar e transformar o car·ter das crianÁas. Como crist„o reformado, Pestalozzi defendia a idÈia de que Deus criou o ser humano ‡ sua prÛpria imagem e por causa disso, cada ser humanos È digno de ser amado e de possuir as condiÁies necess·rias para desenvolver seu potencial e cada
educador deve providenciar, n„o apenas um bom meio, mas sempre o melhor meio para
realizar seu trabalho. Palavras-chave: Pestalozzi, educaÁ„o, cristianismo, car·te
Joham Heinrich Pestalozzi era filho de mÈdico, mas perdeu o pai aos cinco anos de idade, passando a viver atÈ a adolescÍncia apenas com a m„e e uma criada.
De acordo com Luzuriaga, Pestalozzi foi o maior educador da HistÛria, tendo exercido profunda influÍncia na formaÁ„o de grandes filÛsofos e educadores. Como teria sido isso possÌvel? Parte da resposta parece estar na influÍncia decisiva que um tio-avÙ exerceu sobre o menino Ûrf„o de pai. Este tio era pastor protestante em uma pequena comunidade rural e Pestalozzi teve seu ideal de vida despertado ainda na inf‚ncia, quando acompanhava este tio-avÙ em visitas aos pobres da comunidade. Decidido a acabar com as fontes da misÈria em que via o povo se afundar, dedicou-se ‡ educaÁ„o de Ûrf„os, investindo nesse projeto seus recursos e sua prÛpria vida. Nas palavras de Giles, ìele prÛprio viveu como mendigo para ensinar os mendigos a viver como homensî (p. 189). Em sua luta contra as fontes da misÈria, a quest„o pedagÛgica se tornou essencial. Apesar de abrigar e alimentar os Ûrf„os, seu
trabalho n„o possuÌa um car·ter apenas assistencialista. Pelo contr·rio, preocupava-se
com a educaÁ„o a tal ponto que afirmava ser imperativo a todo aquele que desejasse ser considerado mestre, investigar qual o melhor, e n„o apenas qual o eficiente mÈtodo para garantir o crescimento e o desenvolvimento harmonioso do aluno. … perceptÌvel aqui a preocupaÁ„o de Pestalozzi com a busca pelas melhores estratÈgias de ensino em todas as ·reas da vida do educando. N„o bastava ter bons mÈtodos de ensino da linguagem ou da matem·tica, era necess·rio investir tempo em pesquisa e avaliaÁ„o dos melhores meios para ensinar o ser humano a tornar-se verdadeiramente humano. Pesrtalozzi apresentou uma teoria chamada ìteoria dos trÍs estados do desenvolvimento humanoî: o estado animal ou natural, o estado social e o estado moral. Nesta teoria, Pestalozzi defende que as religiies e as culturas, assim como os
indivÌduos acompanham este modelo de desenvolvimento.
A religi„o moral, segundo Pestalozzi, È aquela que conduz ‡ autonomia moral, pois representa a valorizaÁ„o da
interioridade e integridade, atravÈs do reconhecimento da essÍncia divina presente em
cada ser humano e da proposta de um estilo de vida respons·vel e autÙnomo. A religi„o moral definida por Pestalozzi È aquela que propicia a liberdade de n„o escravizar-se aos prÛprios instintos e a autonomia de transcender a moral social, permitindo ao ser humano agir responsavelmente conforme a ?nica moral verdadeira e possÌvel que È aquela assumida pela consciÍncia individual. Pestalozzi afirma que apenas o sistema de
ensino propiciado pelo verdadeiro Cristianismo, representando um apelo ‡ vida
individualmente respons·vel diante de Deus e dos semelhantes, pode auxiliar o ser humano em sua busca pela autonomia moral.
De acordo com esta teoria dos trÍs estados, a valorizaÁ„o da educaÁ„o
crist„ È bastante clara em Pestalozzi. Ele defende que a educaÁ„o deveria ter como meta a elevaÁ„o do ser humano ‡ verdadeira dignidade de um ser espiritual, alvo este que pode ser atingido apenas atravÈs da educaÁ„o motivada pelo amor. Mas n„o È qualquer
tipo de amor. Pestalozzi define o amor sacrificial e incondicional, conforme pregado no Cristianismo bÌblico, como sendo o maior referencial de amor que serve de ligaÁ„o entre o processo educativo e o Cristianismo. Para ele, o Cristianismo È ìum alto acervo de experiÍncias morais que ajudam na educaÁ„o da humanidade
Pestalozzi dedicou seus esforÁos, tempo, recursos financeiros e sua prÛpria famÌlia ‡ vivencia de suas idÈias pedagÛgicas. Fundou orfanatos e educou meninos e meninas pobres e abandonados, procurando formar o car·ter de cada um. Mais do que ensinar a ler, escrever e transmitir outros conte?dos considerados
relevantes para a formaÁ„o intelectual, Pestalozzi interessava-se pela formaÁ„o integral, pela construÁ„o da personalidade individual da crianÁa. Para isso, desenvolveu uma proposta fundamenta em trÍs princÌpios b·sicos: 1 - o amor, 2 - a percepÁ„o e o
exercÌcio da moral e 3 - a linguagem e a verbalizaÁ„o da moral.
Conforme dito anteriormente, Pestalozzi afirmava ser tarefa dos educadores buscar n„o apenas os bons mÈtodos, mas os melhores mÈtodos. Assim como
o apostolo Paulo desafia os crist„os e buscarem os melhores dons e conclui que o melhor dos dons È o amor (I Co 13), Pestalozzi conclui que o melhor dos mÈtodos pedagÛgicos È o amor. O educador deveria inspirar-se primeiramente no amor de Deus pelos seres humanos, cuja caracterÌstica principal È a incondicionalidade. Em seguida, o
amor maternal deveria ser tido como um modelo para todos aqueles que desejassem
educar crianÁas, procurando desenvolver o potencial e a dignidade prÛprios da natureza do ser criado ‡ imagem e semelhanÁa de Deus. Sob esta perspectiva, Pestalozzi trabalhava com a firme convicÁ„o de que mesmo as crianÁas mais pobres eram portadoras de tesouros interiores que deveriam
ser descobertos e estimulados por meio da educaÁ„o amorosa. Em suas palavras;
confiante nas faculdades da natureza humana que Deus colocou nas crianÁas mais pobre e mais desprezadas eu n„o tinha apenas aprendido
em experiÍncias anteriores que esta natureza desdobra as mais
formosas potencialidades em meio ao lodo da rudeza, do
embrutecimento e da ruÌna, mas via, nas minhas prÛprias crianÁas,
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