Cooperativismo
Resenha: Cooperativismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Kaliandra • 15/5/2014 • Resenha • 2.908 Palavras (12 Páginas) • 625 Visualizações
COOPERATIVISMO
Antes de falar sobre o Cooperativismo, é conveniente falar a importância da cooperação como experiência humana. Foi por ela que os seres humanos conseguiram enfrentar animais ferozes, proteger-se dmudanças climáticas e combater problemas como a fome e a doença. Foi pela cooperação que a humanidade sobreviveu nos primórdios e continua sobrevivendo. Mas ela não não é exclusiva da humanidade.
Para entender melhor o significado da cooperação, é interessante conhecer de onde vem este termo. Essa palavra vem do latim cum+operari = com+trabalhar, ou seja: trabalhar juntos. Ainda hoje inúmeras pessoas e entidades trabalham juntas, cooperam, mas não integram o Sistema Cooperativo.
Portanto, há uma distinção entre cooperação e cooperativismo. Vamos ver suas descrições:
Cooperação é agir de forma simultânea e coletiva com outros para o mesmo fim ou trabalhar juntos para o êxito de um mesmo objetivo ou propósito.
Cooperativismo, que é nosso foco, é um movimento, filosofia de vida e modelo capaz de unir desenvolvimento econômico e bem-estar social.
É o sistema fundamentado na reunião de pessoas e não no capital. Visa às necessidades do grupo e não do lucro. Busca prosperidade conjunta e não individual. Estas diferenças fazem do cooperativismo a alternativa socioeconômica que leva ao sucesso com equilíbrio e justiça entre os participantes.
As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua, responsabilidade, democracia, igualdade, eqüidade e solidariedade. Conforme os seus pioneiros, o Cooperativismo acredita nos valores éticos de honestidade, transparência, responsabilidade social e preservação do ambiente para o desenvolvimento sustentado.
No Brasil existem atualmente cerca de 7.500 cooperativas com um total de aproximadamente 6,7 milhões de associados.
O Congresso de Praga de 1948 definiu a sociedade cooperativa nos termos a seguir:
“Será considerada como cooperativa, seja qual for a constituição legal, toda a associação de pessoas que tenha por fim a melhoria econômica e social de seus membros pela exploração de uma empresa baseada na ajuda mínima e que observa os Princípios de Rochdae.”
Uma breve descrição de tais Princípios:
1. Adesão livre - O princípio da Adesão Livre e Voluntária está relacionado à liberdade individual de cada um.
2. Gestão democrática - As cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus associados, que participam ativamente na formação de suas políticas e na tomada de decisões.
3. Participação econômica dos cooperados - Os cooperados contribuem eqüitativamente para o capital de suas cooperativas e o controlam democraticamente.
4. Autonomia e independência - As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, geridas pelos seus membros.
5. Educação, formação e informação - As cooperativas devem promover a educação e formação dos seus associados, representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que possam contribuir eficazmente para o desenvolvimento das mesmas.
6. Intercooperação - As cooperativas servem de forma mais eficaz aos seus membros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto com suas co-irmãs.
7. Interesse pela comunidade - As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado de suas comunidades, por meio de políticas aprovadas pelos seus associados.
Historiadores defendem que o cooperativismo no Brasil chegou pelas mãos dos jesuítas e citam suas missões no sul do país como exemplo de sociedade solidária, fundamentada no trabalho coletivo, com o objetivo de promover o bem-estar comum. Este movimento teria ocorrido por volta do ano 1.610 nos municípios de Guaira e Vila Rica.
Mas, foi só em 1847 que começou, de fato, o movimento cooperativista brasileiro, com a fundação da Colônia Tereza Cristina, no Paraná.
Em Palmital/SC, localidade do atual município de Garuva, houve uma tentativa de implantação de uma colônia de produção e consumo, tendo à frente o imigrante francês Jules de Mure.
Na segunda metade do século, começaram a aparecer, em todo o país, iniciativas semelhantes. Aos poucos, o cooperativismo foi se dividindo, e passou a abranger quase todos os setores da sociedade.
Porém, somente em 1887 surgiu a primeira cooperativa no Brasil denominada Cooperativa de Consumo dos Empregados da Companhia Paulista, em Campinas/SP.
As cooperativas dividem-se em treze tipos e, que, no Brasil já somam cerca de 7.500 unidades com um total de aproximadamente 6,7 milhões de associados,
Agropecuário: Reunindo produtores rurais, agropastoris e de pesca, esse ramo foi por muitas décadas sinônimos de cooperativismo no país, tamanha sua importância e força na economia.
Consumo: Inicialmente formado por cooperativas fechadas (exclusivas para atender a funcionários de empresas), e, as que resistiram as crises dos meados do século 20 tornaram-se abertas (atendem toda a comunidade).
Crédito: Um dos primeiros ramos a se organizar no país, atua no crédito rural e urbano. Com o objetivo de facilitar o acesso dos associados ao mercado financeiro com melhores condições que as instituições bancárias tradicionais.
Educacional: O objetivo das cooperativas educacionais é unir ensino de boa qualidade e preço justo. Assim, pais de alunos ou professores formam e administram as escolas cooperativas.
Especial: Fundamentado pela lei 9.867/99, esse ramo se constitui de cooperativas formadas por pessoas em situação de desvantagem, como deficiência física, sensorial e psíquica, ex-condenados ou condenados a penas alternativas, dependentes químicos e adolescentes a partir de 16 anos em difícil situação familiar, econômica, social ou afetiva.
Habitacional: As cooperativas habitacionais têm como objetivo viabilizar moradia aos associados. Seu diferencial é a construção de habitações a preço justo, abaixo do de mercado.
Infraestrutura: Formado hoje por cooperativas de eletrificação rural, e atende, principalmente, às pequenas e médias propriedades rurais.
Mineral: Previsto na Constituição Federal de 1988, esse ramo atua na pesquisa, extração, lavra, industrialização, comércio, importação e exportação de produtos minerais.
Produção: Estimula o empreendedorismo em que um grupo de profissionais, com objetivos comuns
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