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Coprocessamento De Resíduos

Trabalho Universitário: Coprocessamento De Resíduos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/3/2015  •  5.144 Palavras (21 Páginas)  •  332 Visualizações

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Destinação de resíduos: o coprocessamento como método seguro e sustentável para a destinação dos resíduos Industriais.

Evair Divino Borges

Instituto Federal Sul de Minas Estrada de Muzambinho, Km,35 Bairro Morro Preto Cx postal 02 CEP 37890-000. Muzambinho MG. evair.borges@uol.com.br

Polo Santa Rita de Caldas MG

Resumo:

O mundo hoje é carente quanto as tecnologias que atendam a grande demanda para a destinação correta dos resíduos. No Brasil a carência por este tipo de tecnologia não é diferente, principalmente levando em consideração a grande geração de resíduos Industriais. Para atender a esta demanda as indústrias estão buscando tecnologias que aliadas à preservação do meio ambiente, ao atendimento às legislações aplicáveis e aos custos competitivos possam estar realizando sua vocação produtiva atendendo a legislação e preservando o meio ambiente. Neste sentido surge o coprocessamento de resíduos em fabricas de cimento, uma tecnologia que atende aos anseios das indústrias ao atendimento às legislações aplicáveis e pelo fato de não agredir o meio ambiente. O coprocessamento vem se tornando uma tecnologia muito utilizada no país e vem se mostrando bastante eficaz por proporcionar a destinação correta dos resíduos industriais e contribuir para a diminuição dos passivos ambientais e a preservação dos recursos naturais. Ainda se fala muito pouco do coprocessamento de resíduos nas universidades, é preciso que esta tecnologia seja amplamente divulgada principalmente nas universidades voltadas para a gestão ambiental.

Palavras-chave: Meio Ambiente. Indústria, resíduos, coprocessamernto

Abstract

The world today is in dire need of technologies, which can meet the great demand of correct waste disposal. Brazil is no different in this respect, mainly if we take into consideration the great amount of industrial waste. To meet this demand, industries are seeking technologies which, along with environmental protection, compliance with applicable legislations and competitive costs, can exert their productive vocation in a law-abiding and environmentally friendly way. In this regard, there is the co-processing of waste in cement plants, a technology which meet industrial needs, complies with the law and is eco-friendly. Co-processing has become a widely used technology in the country showing efficiency in the correct disposal of industrial waste and contributing to the decrease of environmental liabilities and preservation of natural resources. Very little has been said about this subject at universities. This technology needs to be widely publicized, mainly at the institutions devoted to environmental management.

Key-words: environment, industry, waste, co-processing

Introdução:

O termo coprocessamento refere-se à utilização de resíduos industriais nos fornos de cimento, com o objetivo de ganho composicional, reduzindo ou substituindo o consumo de algumas matérias primas ou até mesmo substituindo o combustível, desde que esse resíduo apresente um subsídio energético com adequado poder calorífico.

(CEMPRE, 2011).

Um dos segmentos industriais pioneiros na utilização do coprocessamento é o setor cimenteiro, que vem, ao longo dos anos, buscando alternativas que visem à otimização do consumo energético, aliada a sistemas de controle ambiental. (ANDRADE et al., 2002)

Para a produção de cimento, é necessário que ocorra a fusão de um material composto por calcário, argila e óxidos de ferro e alumínio. Esse material é colocado em fornos específicos e submetido às altas temperaturas, obtendo-se o clínquer. Por ser um processo que demanda um alto gasto energético e, por consequência, um alto gasto de combustíveis, há uma busca, por parte das empresas produtoras de cimento, por alternativas para reduzir o consumo de combustíveis ou encontrar suprimentos alternativos de combustíveis. (ROCHA et al., 2011).

Em 1988, através da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA), ocorreram as primeiras iniciativas para a regulamentação da atividade de coprocessamento de resíduos industriais no Brasil. Em 1993 foram publicadas as normas referentes às emissões e em 1994 foi iniciado o processo de licenciamento no Estado do Rio de Janeiro (MANTEGAZZA, 2004).

Segundo Maringolo (2001), as atividades de coprocessamento de resíduos industriais tiveram seu início no Brasil na década de 90 com pioneirismo no estado de São Paulo, estendendo-se para os estados do Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e posteriormente para Minas Gerais.

Mantegazza (2004) ressalta que, em meados de 1983 através de convenio entre Brasil e Alemanha houve as primeiras iniciativas para a destinação de resíduos industriais em cimenteiras no Estado do Rio de Janeiro, porém não houve interesse por parte das indústrias.

É importante ressaltar que, apesar das atividades de coprocessamento de resíduos industriais iniciarem-se na década de 1990 no Brasil, o uso de combustíveis alternativo pelas indústrias nacionais é pioneiro, sendo verificado desde década de 1970, através da utilização de casca de arroz no Rio Grande do Sul e Goiás, casca de côco de babaçu na região nordeste, pneus na Bahia, moinha de carvão vegetal da indústria siderúrgica em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro e carvão com elevado teor de cinzas nos estados da Região Sul e São Paulo. (KIHARA, 1999, 1999a)

Em 1999 entra em vigor a Resolução Nº 264, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) 264 de 26 de agosto de 1999, que dispõe sobre o procedimento e critérios técnicos para o funcionamento de sistemas de tratamento térmicos de resíduos industriais em fornos de clínquer. Entre outras deliberações, essa resolução regulariza os resíduos que podem ser utilizados nos processos de coprocessamento, bem como estabelece os critérios de utilização para esses resíduos. Também regula os aspectos técnicos a serem levados em consideração na fundamentação do processo de licenciamento ambiental da atividade (BRASIL, 1999).

Desse modo, alguns critérios devem ser obedecidos para a utilização de resíduos nos fornos clinquer, a saber:

1. Resíduos como substituto de matéria prima: devem apresentar características similares às dos componentes normalmente empregados

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