Criação do Fórum Social Mundial
Resenha: Criação do Fórum Social Mundial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: n222 • 18/5/2014 • Resenha • 345 Palavras (2 Páginas) • 210 Visualizações
Os papeis divergentes do fórum econômico mundial e do fórum social mundial na politica globalizada
A criação do Fórum Social Mundial teve sua origem nas grandes manifestações em Seattle, durante o encontro da Organização Mundial do Comércio (OMC), em novembro de 1999, e naquelas realizadas em Washington, em 2000, contra as políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que afirmavam: “o mundo não é uma mercadoria”. Também é preciso lembrar a primeira e a mais libertária manifestação do nascente movimento “antiglobalização”, como se costumava dizer então: a insurgência zapatista que abriu o ano de 1994, em Chiapas, contra o Tratado de Livre Comércio da América do Norte e em defesa das populações indígenas, colocando a América Latina (mais uma vez) na vanguarda de processos históricos de libertação.
Essas mobilizações situaram definitivamente no cenário mundial a emergência de um movimento de resistência além das fronteiras nacionais. Milhares de sindicatos, associações, ONGs, entidades religiosas e outros movimentos populares, que travavam lutas em seu país, região, cidade ou em seu meio rural, tomaram consciência de que, juntos, constituíam um movimento planetário de resistência à globalização neoliberal.
Desde 2001, quando se realizou pela primeira vez em Porto Alegre, o Fórum Social Mundial vem se contrapondo ao Fórum Econômico Mundial de Davos. Esse Fórum dos ricos e poderosos do mundo tem cumprido, desde 1971, papel estratégico na formulação do “pensamento único” neoliberal em todo o planeta, desmoralizado agora por sua responsabilidade direta pela crise financeira, econômica, social e ambiental que estamos vivendo. Uma verdadeira crise de civilização, devidamente antecipada pelas denúncias e críticas do FSM desde os seus debates iniciais.
Já o Fórum Social Mundial se afirmou como um espaço para construção de alternativas de outro mundo possível, através do debate de grandes temas e da troca de experiências de lutas, da articulação de iniciativas e campanhas comuns entre sindicatos e movimentos em cada país e em nível continental e mundial. O FSM e o chamado “espírito de Porto Alegre” ganharam o mundo: constituindo-se como um espaço em movimento e como um espaço dos movimentos em luta por uma mundialização alternativa.
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