Cultura, Um Conceito Antropologico
Casos: Cultura, Um Conceito Antropologico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: natheron • 23/3/2015 • 1.655 Palavras (7 Páginas) • 665 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
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CULTURA:
Um Conceito Antropológico
Trabalho relacionado à leitura da obra “Cultura: Um Conceito Antropológico”, do escritor Roque de Barros Laraia, apresentado à Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), na disciplina de Sociologia e Antropologia jurídica, proposto pelo professor Dr. Antônio José Guimarães Brito.
Dourados/MS
2014
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um Conceito Antropológico. 2001. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986. 117 p.
RESUMO
Na primeira parte do livro o autor trata de uma discussão sobre a conciliação da unidade biológica e a grande diversidade cultura da espécie da espécie humana. Cita diversos exemplos com intenção de mostrar as diferenças de pensamento entre os povos, chegando a conclusão que essas diferenças não podem ser explicadas através de diferenças somatológicas ou mesológicas.
No primeiro capítulo afirma que determinismo biológico são as diferenças genéticas são determinantes das diferenças culturais, porém não existe relação significativa entre esses dois elementos, muito pelo contrário as diferenças sociais se explicam pela história de capa grupo. O comportamento dos indivíduos depende de um processo conhecido por endoculturação.
Em seguida, no segundo capítulo determinismo geográfico o autor diz que as diferenças de ambientes físicos geram as diferenças culturais, mas alguns antropólogos não concordam com essa ideia e mostram uma limitação da influência geográfica e demostram as possibilidades de diversidade cultural no mesmo espaço logo afirmam que a cultura age seletivamente sobre seu meio ambiente.
No terceiro capitulo, Tylor definiu cultura e conseguiu marcar um aspecto importante como a capacidade de aprendizado de cultura contra a aquisição inata por mecanismos biológicos. Este capítulo traz o processo que tem por objetivo colocar o homem dentro de falar e fabricar instrumentos, tornando o homem o único ser possuidor de cultura.
O capítulo quatro por ser o mais extenso pode ser dividido em duas partes. Na primeira Tyler acreditava que a cultura de desenvolve de maneira uniforme e segue o modelo das sociedades mais avançadas, mostrando a ligação entre etnocentrismo e ciência; e Frans Boas define duas tarefas para a antropologia sendo a reconstrução de povos que o desenvolvimento segue as mesmas leis, desenvolve o particularismo histórico. E na segunda parte, Alfred Kroeber evidencia a importância da cultura para considerar o homem um ser acima das suas limitações orgânicas, afirma que as maneiras de satisfazer as necessidades orgânicas variam de uma cultura para outra e que essas culturas se definem dos eventos históricos que passou. Também procura mostrar que superando o orgânico, o ser humano liberta-se da natureza.
No penúltimo capitulo da primeira parte, o autor começa relacionando a origem da cultura com a evolução dos homens, principalmente o desenvolvimento do cérebro e do bipedismo. Já Claude Lévi-Strauss afirma que a cultura surgiu quando o homem escreveu a primeira regra. Laraia termina o capítulo concluindo que a cultura não tem origem num determinado momento, e sim, se desenvolveu simultaneamente com o equipamento biológico.
No ultimo capítulo da primeira parte o autor trata sobre a reconstrução do conceito de cultura, começando por Keesing que divide as teorias em dois grandes grupos as que tratam da cultura como sistema adaptativo (cultura como sistemas de padrões de comportamento socialmente transmitidos, analogia entre mudança cultural e seleção natural, tecnologia e economia de subsistência como bases e reguladores da cultura); e as teorias idealistas de cultura (cultura como sistema cognitivo, como sistemas estruturais, como sistemas simbólicos). O autor finaliza com a idéia de que delimitar o conceito de cultura é conhecer a própria natureza humana, revelando, pois, uma tarefa de perene reflexão humana.
Como é típico no livro, o primeiro capítulo da segunda parte traz vários exemplos dos comportamentos diversos que podem correr pela diferença nas culturas mesmo o homem possuindo as mesmas características biológicas. Em decorrência a endoculturação alguns comportamentos fisiológicos básicos apresentam diferenças significantes como por exemplo o modo de comer a comida.
O segundo capítulo aprofunda mais na influência da cultura na vida do ser humano em questões mais importantes como sobrevivência e saúde. Mostra a capacidade da cultura de intervir na vida dos homens podendo causar neles bem ou mal. Como por exemplo, crenças e saudades que podem interferir no seu funcionamento somático causando em alguns casos a morte. A cultura através do processamento psicológico e solucionar problemas biológicos que em outras culturas pode não ser eficaz.
O autor inicia o capítulo observando que a participação do individuo em sua cultura é sempre limitada, mas também deve sempre haver um mínimo de participação em relação ao conhecimento cultural para que exista articulação com os demais membros da sociedade. O autor ainda acrescenta que nenhum indivíduo é capaz e compreender o seu sistema cultural, mas que é necessário conhecer e englobar para si o essencial do mesmo para que se identifique e possa viver em harmonia consigo e com os demais.
O quinto capítulo tem como ideia principal mostrar que todas as culturas possuem uma lógica, por mais que para outras culturas não seja algo claro. Tentar transferir a lógica de uma cultura para outra não passa de um ato de etnocentrismo. Conclui dizendo que entender a lógica de um sistema cultural depende da compreensão das categorias constituídas pelo mesmo.
Para fechar o livro o autor trata no último capítulo sobre o dinamismo cultural. Observa que o sistema cultural está sempre em mudança e entender isto é importante para atenuar atitudes preconceituosas e os choques entre gerações. O autor ainda trata de dois tipos de mudanças, a interna, resultante de uma catástrofe, e a resultante do contato de um sistema cultural com outro. Finaliza, falando que essa é a única maneira do homem enfrentar o novo mundo que esta por vir.
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