TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Curva De Possibilidades

Artigos Científicos: Curva De Possibilidades. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  29/3/2014  •  9.447 Palavras (38 Páginas)  •  519 Visualizações

Página 1 de 38

O Pensamento Econômico de John Stuart Mill e James Mill UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

João Pessoa - 2010 -

Biografia

James Mill (6 de Abril, 1773 - 23 de Junho, 1836) foi um historiador e filósofo escocês e o pai de John Stuart Mill. Foi um partidário do liberalismo e um famoso representante do radicalismo filosófico, uma escola de pensamento também conhecida por Utilitarianismo, a qual defende uma base científica para a filosofia.

James Mill nasceu em Northwater Bridge, na paróquia de Logie-Pert,

literatura clássica (Grego)

Forfarshire, Escócia, filho de James Mill, um sapateiro. Sua mãe, Isabel Fenton, de uma boa família que sofrera por ter estado ligada com a revolta Stuart, resolveu que o seu filho deveria receber uma educação primorosa e enviou-o inicialmente para a escola da paróquia e depois para a Montrose Academy, onde ele permaneceu até a idade de 17 anos e meio. Ele entrou então para a Universidade de Edimburgo, onde se distinguiu na

ocupou-se com o estudo de história e filosofia

Em outubro de 1798 licenciou-se, tornando-se um pastor presbiteriano, mas teve pouco sucesso. Entre 1790 e 1802, para além de ter sido tutor de várias crianças, ele

Com as limitadas perspectivas de uma carreira na Escócia, em 1802 ele foi para

campos de conhecimento humano

Londres na companhia de Sir John Stuart, então membro do parlamento (único para Escócia e Inglaterra) pela região de Kincardineshire, e devoutou-se ao trabalho literário. Entre 1803 e 1806 ele foi editor de um periódico ambicioso intitulado "Literary Journal", que tinha por objetivo oferecer uma vista panorâmica de todos os principais

Durante este tempo ele também editou a St James's Chronicle, pertencente ao mesmo titular. Em 1804, ele escreveu um panfleto sobre o milho comércio, argumentando contra um subsídio sobre a exportação de grãos. Em 1805 ele publicou uma tradução (com notas e citações) do FC Villers do trabalho sobre a Reforma, uma implacável exposição dos alegados vícios do sistema papal. Em 1805 casou com Harriet Burrow, cuja mãe, uma viúva, manteve um estabelecimento para lunáticos em Hoxton. Em seguida, ele tomou uma casa em Pentonville, onde seu filho mais velho, John Stuart Mill nasceu, em 1806. Ainda no final deste ano ele começou a sua História da Índia, que ele levou doze anos para concluir, em vez de três ou quatro, como se tinha esperado.

James Mill e os freios contra o mau uso do poder

necessários para a proteção de todos

James Mill se concentra no indivíduo, enfatizando, através das experiências com a natureza humana, que os seres humanos são propensos à corrupção pelo poder e ao abuso deste. Sendo assim, todas as questões associadas ao governo dizem respeito aos meios de evitar o seu mau uso por parte daqueles que detêm o poder, que são os freios

graças ao freio do exercício por mandato de tempo limitado

A doutrina do liberalismo, do laissez-faire, desafiada pelo socialismo, é, por vezes associada, enquanto categoria histórica, aos interesses da classe burguesa e, por outras ao sentimento humanitário do século XIX. Esta doutrina foi brilhantemente representada por John Locke no século XVII, em seu Segundo Tratado sobre o Governo Civil (1974), obra na qual ele destaca a importância do governo para a realização das liberdades, expressas através de leis. Nela, o autor sugere que o problema da liberdade deve ser tratado junto com o da propriedade; e que o estado de natureza, condição de total liberdade, é limitado pela lei natural. Essa lei é sinônimo de razão, igualando todos os indivíduos e prevenindo para que uns não causem danos aos outros, pensamento que tem suas raízes no jusnaturalismo e na tradição cristã. Ao referir-se, porém, à aplicação da lei da natureza, posta nas mãos de cada um, John Locke (1974), alerta sobre o perigo do abuso do poder, parecendo aproximar-se da lei da guerra hobbesiana; analogia da qual escapa por considerar, ao contrário de Thomas Hobbes(1974), que a maioria dos seres humanos é boa. As más ações são, por John Locke, atribuídas a um pequeno grupo de perversos, que precisa ser controlado e, por isto ele estabelece seu Governo Civil, no qual poderes separados constituem uma estratégia capaz de evitar a corrupção e assegurar a liberdade. Nessa mesma perspectiva, James Mill, sucessor do liberalismo de John Locke no século XIX, propõe em seu Essays on Government (1978), a instituição do governo representativo, de caráter eletivo, através do qual seus executivos são impedidos de abusar do poder

Para James Mill, todo indivíduo é propenso à corrupção pelo poder, e ao abuso dele, idéia que reside também na doutrina cristã em sua visão da decadência humana após o pecado original; predisposição da qual nem mesmo os gentlemen ingleses escapam. A partir disso, todas as questões associadas ao governo reportam-se, em sua teoria, aos meios de evitar o mau uso do poder. Este problema terá outro enfoque adiante, com John Stuart Mill (1998), que não mais se importará com o perigo do abuso

Por isso é preciso haver um freio para as instituições políticas

do poder por parte do governo, mas sim, por outros indivíduos. Numa sociedade sob tamanho risco, James Mill preocupa-se, então, em investigar como interesses privados podem convergir e assim propiciar a vida social; ou seja, como eles se transformam em interesses públicos, ou utilidade geral, que pode ser obtida através de uma fusão ou associação de interesses. Se entendemos que esta associação só é possível através de um ato de benevolência humana, é preciso ressaltar que esses seres, freqüentemente benevolentes na vida privada, especialmente para com aqueles mais próximos, organizam-se em facções sociais, ou facções políticas na vida pública. Eles valem-se disso para maximizar seus benefícios individuais, ou seja, realizar suas alegrias através do poder e da riqueza, coagindo para atingir seus objetivos, tornado-se, assim, velhacos.

da propriedade por aqueles que a perseguem

Para produzir a felicidade do maior número, organizando um Estado, uma política, numa ordem pública dominada por velhacos, que desempenham os papéis de governantes e governados, deve-se instituir freios. Isto porque, se nada os impede (if nothing checks), como repete James Mill, os indivíduos agirão hobbesianamente. Dessa forma, é preciso determinar

...

Baixar como (para membros premium)  txt (64 Kb)  
Continuar por mais 37 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com