Custos - Apostila
Ensaios: Custos - Apostila. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gorgias • 26/12/2013 • 9.394 Palavras (38 Páginas) • 425 Visualizações
FORMAÇÃO DE CUSTOS E PREÇOS
MÓDULO 1 – DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS
CENÁRIO 1 – VISÃO DE CUSTOS SOB ENFOQUE GLOBAL
A contabilidade é hoje classificada em “financeira” e “gerencial”, tendo em vista os seus propósitos e atendimento às necessidades do usuário. Enquanto que a contabilidade financeira tem como objetivo relatar informações da organização para o mundo externo - geralmente, credores e acionistas/investidores - a contabilidade gerencial pretende satisfazer os sistemas de controle gerencial - utilizados para medição dos resultados das áreas de negócios - e dar suporte à gestão dos negócios - direcionar a atenção, decisões sobre preços de venda, fazer ou comprar, retorno sobre novos negócios, etc..
Os sistemas de custos atendem aos dois tipos de contabilidade. O sistema de custeio por absorção é utilizado na contabilidade financeira para avaliar os estoques e, consequentemente, o custo das vendas de produtos. Tem por isso mesmo uma utilidade mais genérica, da qual não é exigida muita precisão já que estão incluídos em um conjunto de relatório que busca apresentar a situação econômico financeira da empresa.
Os serviços prestados pela contabilidade de custos à contabilidade gerencial são provavelmente mais complexos. Nesta abordagem, os sistemas de custos atendem basicamente ao controle gerencial e às necessidades de tomada de decisão que envolvem informações de custo. Os sistemas de custeio são mais variados, buscam focalizar custos relacionados com o objetivo do usuário, incluem conceitos econômicos e, finalmente, não seguem, ou não precisam seguir os princípios contábeis.
Este trabalho tem o compromisso de oferecer aos leitores alguns elementos que permitam ao final do estudo:
Reconhecer a importância de CUSTOS como um valioso instrumento ao administrador;
Reconhecer os principais conceitos e procedimentos utilizados em CUSTOS, dirigidos a corretamente determinar resultados, criar e permitir o acompanhamento de controles gerenciais, assim como procurar estabelecer de que forma serão orientadas decisões a partir das informações geradas por CUSTOS.
CENÁRIO 2 – A DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS A PARTIR DA APRECIAÇÃO DE UM CASO
Com a finalidade de melhor definir os objetivos deste trabalho, vamos acompanhar atentamente o relato a seguir apresentado:
Título: A SORTE DA CONCORRÊNCIA
O Sr. P. Silva, funcionário público federal graduado, ao deixar o serviço público recebeu um bom dinheiro e decidiu abrir um restaurante de comidas típicas, sua preferência gastronômica.
Como primeiro passo, alugou um espaçoso imóvel em uma pacata rua da zona norte da cidade, providenciou algumas reformas e inaugurou o restaurante reunindo muita gente.
Seu excelente relacionamento, herança da época em que exercia importante cargo público, muito colaborou na promoção do seu negócio, atraindo logo nas primeiras semanas uma clientela considerável.
O negócio parecia ir muito bem e o Sr. P. Silva cuidava pessoalmente das compras dos materiais e da elaboração da tabela de preços.
Para determinar os preços, seu critério era, segundo afirmava, simples e muito eficaz. Os preços de cada prato servido eram calculados da seguinte forma: o preço de aquisição do produto principal utilizado na preparação do prato, multiplicado por 2, tornava-se o próprio preço de venda do prato.
Por exemplo:
a) O preço do prato de bacalhau era igual ao dobro do preço pago por kg de bacalhau;
b) O preço dos pratos à base de carne era igual ao dobro do preço pago pelo kg da respectiva carne.
Com tantas preocupações voltadas à divulgação do seu negócio, o Sr. P. Silva não se interessava por alguns dispositivos de controle, tais como a apuração do seu efetivo resultado no negócio e os controles físicos dos materiais estocados.
Ele enchia o peito e dizia: — Controlo o meu caixa e está muito bom. Tenho que estar sempre muito voltado para a promoção e o crescimento do negócio em si, por isso não posso perder tempo com simples burocracias.
E o negócio crescia em ritmo acelerado, tanto que o Sr. P. Silva foi obrigado a fazer novos investimentos em expansão, alugando um imóvel ao lado, fazendo obras para aumento da capacidade da cozinha, um novo estacionamento, além de adquirir equipamentos, instalações, mesas, cadeiras, etc.
Para estes investimentos não havia dinheiro, o que obrigou o Sr. P. Silva a tomar dinheiro junto a um banco, cujo gerente era seu cliente habitual. O plano do Sr. P. Silva era pagar o empréstimo em 6 meses e após isso, conforme afirmava, tudo seria lucro.
A antes pacata rua ganhou notoriedade até na imprensa, pois o restaurante foi alvo de uma reportagem de um jornal de grande circulação, que o incluiu no roteiro gastronômico da cidade.
Essa grande notoriedade, como era de se esperar, atraiu a concorrência para o local.
Assim, do outro lado da rua foi estabelecido um restaurante com proposta semelhante e de propriedade dos Srs. Castro e Alencar, também aposentados, e que trabalharam ao longo de suas carreiras nas áreas de controladoria e financeira.
A proposta dos sócios inicialmente era simples, atrair a clientela que formava longas filas à espera de uma mesa no restaurante do Sr. P. Silva.
Para contra atacar o seu concorrente, o Sr. P. Silva criou novidades, tais como música ao vivo, atrações infantis, manobristas e recepcionistas, além de um pequeno parque para a criançada.
Além disso fez algumas reformas rápidas, através de novos empréstimos obtidos junto ao gerente do banco, amigo e também assíduo cliente.
Com as novas atrações, o restaurante precisou de maior espaço,
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