DA ESCOLA CLÁSSICA AO MODELO JAPONÊS
Tese: DA ESCOLA CLÁSSICA AO MODELO JAPONÊS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fjmcneves • 15/4/2014 • Tese • 2.781 Palavras (12 Páginas) • 818 Visualizações
PARTE III – DA ESCOLA CLÁSSICA AO MODELO JAPONÊS
6 EVOLUÇÃO DA ESCOLA CLÁSSICA
No início do séc. XX, Taylor e Ford, e seus seguidores, tinham dado suas contribuições para sistematizar a administração das atividades produtivas (ênfase na eficiência dos recursos). Com o crescimento no entanto, as grandes empresas começaram a demandar mais do que a organização do chão de fábrica.
Faltavam portanto, conceitos e técnicas para estruturara a empresas como um todo, pois elas estavam crescendo e ainda eram administradas como empreendimentos familiares. Era necessária uma teoria de administração geral, para administrar as operações organizacionais em seu todo, possibilitando assim que as empresas continuassem a crescer e sustentassem o seu crescimento, independentemente de quem as administrasse.
A transição da Administração científica para a administração geral de grandes organizações foi marcada pelas obras de Pierre du Pont (1870-1954) e Alfred Sloan (1875-1966).
6.1 PIERRE DU PONT
Pierre Du Pont foi, no início do século XX, o inovador que criou e implantou técnicas de administração, finanças e operações em duas grandes corporações: DuPont e General Motors. Ele se tornou presidente da Dupont em 1915 e criou uma estrutura diferenciada.
- Planejamento Estratégico e Estrutura
criação de departamentos funcionais (produção, vendas, desenvolvimento e finanças)
criação de um comitê executivo (formado pelos chefes dos departamentos que tinham a
função de estabelecer os objetivos de longo prazo da companhia, referentes a lucro, direção a seguir e políticas básicas)
separação da função de planejamento estratégico das operações do dia-a-dia (com a criação do
comitê)
assessoria geral (o departamento de desenvolvimento tinha a função de assessorar o comitê
executivo da empresa, fazer sugestões sobre como lidar com necessidades e oportunidades)
As responsabilidades do Departamento de Desenvolvimento da DuPont incluíam:
definir a estrutura organizacional global
analisar, interpretar e planejar formas de enfrentar a concorrência. Isso incluía o acompanhamento dos negócios existentes, dos novos negócios e das parcerias com outras empresas.
melhorar a posição estratégica na área de matérias-primas e sua distribuição em todas as empresas do grupo.
investigar e desenvolver “novas invenções e inovações” de dentro ou de fora da empresa.
- Descentralização
A DuPont comprou muitas empresas do mesmo ramo e mais tarde expandiu seu negócio da pólvora para a química.
Em 1921, para garantir a lucratividade dos novos negócios da empresa, Pierre fez uma mudança fundamental na estrutura organizacional da empresa. Inspirando-se na mudança feita na General Motors, ele acabou com o sistema de decisões centralizadas no topo da pirâmide executiva. Ele criou dez departamentos industriais subordinados diretamente a seus gerentes gerais, cada um deles com suas próprias funções de vendas, pesquisa e apoio. Essa estrutura conferia autonomia aos gerentes das divisões, sem prejudicar o consenso sobre as diretrizes gerais da empresa. Isso permitiu ao Comitê Executivo concentrar-se ainda mais nas políticas de negócios de longo prazo.
- Planejamento financeiro
A empresa fazia a análise do retorno sobre o investimento (return on investmente, ROI), utilizando a técnica conhecida como fórmula DuPont. A formula baseia-se em relações entre informações apresentadas pelos demonstrativos financeiros.
6.2 - ALFRED SLOAN
Em 1914, a DuPont comprou ações da General Motors. Até então, a GM era um conglomerado de empresas que haviam sido compradas gradativamente. Alfred Sloan, que viera de uma das empresas compradas pela GM, havia produzido estudos, no qual recomendava a completa reformulação da estrutura organizacional da empresa.
Em 1920, uma crise financeira obrigou Pierre du Pont a aumentar seu investimento na GM. Ele então assumiu o comando dessa empresa e colocou em prática as recomendações de Sloan, que foi nomeado presidente.
No período de 1920 a 1924, a GM foi reorganizada com base nas proposições de Sloan. Os princípios que orientaram essa reorganização ainda governavam a GM 80 anos depois, no início do terceiro milênio.
- Política de produtos
A empresa deveria aumentar o valor e a utilidade de seus veículos para seus consumidores e diminuir o custo de produção e venda. O número de modelos deveria ser reduzido e cada um deveria ser colocado em uma faixa de preço. Assim teríamos algo básico, tipo o modelo T de Henry Ford até um Cadillac. A linha ficou reduzida a quatro modelos.
- Estrutura organizada em unidades de negócios
Sloan definiu as funções das diversas divisões, e criou quatro grupos:
carros: divisões que fabricavam e vendiam carros completos.
acessórios: divisões que vendiam 60% de sua produção fora da corporação.
peças: divisões que vendiam pelo menos 60% de sua produção dentro da corporação.
diversos: tratores, geladeiras, negócios internacionais.
Os gerentes dessas divisões formavam um Comitê de Operações, que resolvia todos os problemas rotineiros, que anteriormente eram resolvidos no comitê executivo.
Algumas unidades centrais foram criadas: Engenheiro Civil, Recursos Humanos, Administração de Imóveis, Compras e Vendas. A função dessas unidades era apenas de assessoria.
- Planejamento e controle centralizados
Sloan
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