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Modelo Japones De Administração

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Por:   •  19/2/2014  •  1.134 Palavras (5 Páginas)  •  432 Visualizações

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MODELO JAPONÊS DE ADMINISTRAÇÃO

Qualidade e eficiência são palavras que faziam parte do cotidiano no Japão. Como era um país privado de recursos naturais, a exportação de produtos manufaturados sempre foi a principal fonte de renda desse país. A partir de meados dos anos de 1970, os padrões adotados naquele país passaram a se tornar conhecidos em todo o mundo. A sua evolução com a agregação de alguns aspectos ocidentais fizeram do modelo japonês, um dos pilares da economia globalizada.

SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO

Uma das empresas que mais aproveitou os conceitos elaborados por Deming foi a Toyota, sendo a semente do modelo japonês de administração. Os princípios de sustentação são a eliminação de desperdícios e a fabricação com qualidade.

ELIMINAÇÃO DE DESPERDÍCIOS

Quando Toyoda e Ohno foram visitar a fábrica da Ford, eles ficaram espantados com o desperdício de recursos. Com o objetivo de conseguir o máximo de produtividade, a fábrica da Ford colocava a disposição dos operários uma quantidade demasiadamente grande de recursos para serem utilizados, objetivando combater qualquer eventualidade. Esta era a filosofia just in case, a qual foi seguida até o início dos anos de 1980. Esta precaução tinha outro nome para os japoneses: DESPERDÍCIO. Para ser eficiente era preciso aperfeiçoar o modelo de Ford, tornando-o mais racional e econômico. Como primeira tarefa foi estabelecida a eliminação dos desperdícios. Os manuais da Toyota descrevem sete categorias de desperdícios:

1. Tempo perdido em consertos ou refugos;

2. Produção além do volume necessário, ou antes do momento necessário;

3. Operações desnecessárias no processo de manufatura;

4. Transporte;

5. Estoque;

6. Movimento humano;

7. Espera.

Repare que este trabalho nada mais é do que retirar etapas do processo que não agregam valor para o cliente. A eliminação de desperdícios diminui o custo do serviço. O Sistema Toyota aplicava três técnicas para diminuir os desperdícios:

1. Racionalização da Força de Trabalho – Ohno substituiu a figura do supervisor pela do líder. As equipes recebem tarefas e a missão de executadas

da melhor forma possível. O papel do líder é coordenar o grupo e não deixá-lo sair dos objetivos. Esta é a raiz de conceitos como, por exemplo, manufatura celular, autogestão e centros de lucro;

2. Just In Time – este conceito procura diminuir o tempo de produção e os estoques. O princípio está em estabelecer um fluxo contínuo de materiais, sincronizado com a cadeia produtiva. Para este conceito funcionar, não pode haver atrasos na entrega de insumos. Para obter esse efeito, a Toyota fechou parcerias com poucas fornecedoras;

3. Produção Flexível – este conceito consiste em fabricar os produtos em pequenos lotes de acordo com as encomendas dos clientes. Isto implica em fazer mudanças nas máquinas da linha de produção. Este ponto bate de frente com as filosofias ocidentais da época, lembre-se de que estamos em 1950. Ohno treinou os funcionários para que eles mesmos pudessem fazer as mudanças. Os treinamentos eram constantes e em pouco tempo as medidas das máquinas eram mudadas em três minutos.

FABRICAÇÃO COM QUALIDADE

Este princípio busca identificar os defeitos e as suas causas. Consequentemente, busca também a eliminação das causas de defeitos. Este

princípio também tem três componentes:

Fazer Certo na Primeira Vez – este conceito torna o operário peça importante no controle de qualidade da organização. Ele mesmo deve inspecionar os produtos que confeccionou;

Corrigir os Erros em suas Causas Fundamentais – Toyota deu liberdade aos funcionários de pararem a produção quando encontrassem um problema que não conseguissem resolver. Eles deveriam analisar sistematicamente cada erro, sempre com uma pergunta em mente “Por que?”. O estudo das causas diminuiu drasticamente a ocorrência de erros.

Círculos da Qualidade – uma das criações do modelo japonês que mais despertaram interesse em outros países foi a ideia de círculos de controle de qualidade CCQ. Ela foi desenvolvida por Kaoro Ishikawa. A ideia é um grupo de voluntários de um mesmo setor que se reúnem regularmente para estudar e propor soluções de problemas que estão comprometendo a qualidade. A idéia foi aceita por uma grande variedade de empresas ao redor do mundo. São diversas as temáticas abordadas nos círculos de controle de qualidade: produtividade de recursos, condições físicas e psicológicas do trabalho, racionalização dos processos produtivos e reclamações dos clientes.

METODOLOGIA DOS CÍRCULOS DE QUALIDADE

A funcionalidade dos CCQs está dividida em três etapas:

1. Identificar os problemas na qualidade que causam prejuízo;

2. Identificar os problemas prioritários;

3. Propor soluções para os problemas e forma de implementá-las.

DIAGRAMA DE ISHIKAWA

Esta técnica foi criada por Kaoro Ishikawa e tem a forma de uma espinha de

peixe. Sua finalidade é organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um

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