DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA AUXILIAR O APRENDIZADO DE LIBRAS VOLTADO PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Por: Erika Santos • 4/11/2018 • Trabalho acadêmico • 3.137 Palavras (13 Páginas) • 247 Visualizações
DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA AUXILIAR O APRENDIZADO DE LIBRAS VOLTADO PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
AUTORES:
Rosemeire de Fatima Colosimo Costa
ORIENTADOR:
Carlos Alberto do Nascimento
Coorientador:
marco aurélio tupinambá viana filho
Resumo
Este artigo aborda o desenvolvimento de um protótipo de aplicativo para o ensino de Língua Brasileira de Sinais no ensino fundamental. Considerando a importância da inclusão da pessoas com necessidades especiais, e em especial aquelas que possuem deficiência auditiva, será pensado e esquematizado todo o processo feito pelo aplicativo para que possa auxiliar alunos e professores no contexto educacional e social. Com isso, é esperado que com a distribuição do aplicativo, esses alunos tenham um melhor desempenho escolar, comunicação e relacionamento interpessoal. O protótipo será desenvolvido para Android e disponibilizado gratuitamente para que possa cumprir os objetivos alcançados durante a concepção deste. Também serão abordados aspectos apresentando a viabilidade desse aplicativo para elevação da consciência social coletiva, o desenvolvimento da pessoa portadora de necessidades especiais, nesse caso abordando a questão da surdez e a utilização de tecnologia assistiva para dar suporte ao aluno usuário, com recurso de um aparelho smartphone e interfaces que despertem a atenção e também desafiem o jogador.
Palavras-Chave: Protótipo. Aplicativo. Ensino de Libras. Deficiência Auditiva. Inclusão Social. Tecnologia Assistiva.
Abstract
This article discusses the development of an application prototype for the teaching of Brazilian Sign Language in elementary school. Considering the importance of including the person with special needs, especially those with hearing impairment, the entire process done by the application will be designed and planned so that it can help students and teachers in the educational and social context. With this, it is expected that with the distribution of the application, these students have a better school performance, communication and interpersonal relationship. The prototype will be developed for Android and made available free of charge so that it can fulfill the objectives achieved during its conception. Also will be approached aspects presenting the viability of this application to elevate collective social awareness, the personal development of the person with special needs, in this case addressing the issue of deafness and the use of assistive technology to support the student user, using a device smartphone, and attention-grabbing interfaces that also challenge the player.
Keywords: Prototype. App. Teaching of Brazilian Sign Language. Hearing deficiency. Social inclusion. Assistive Technology.
Introdução
A tecnologia se encontra cada vez mais presente em nossas vidas, tanto para o entretenimento, quanto no auxílio em tarefas do cotidiano. Essa tecnologia vem sendo cada vez mais empregada para resolver problemas e encontrar soluções eficientes onde antes não era possível.
A realidade que se encontra na atualidade nas escolas com a inclusão das crianças portadoras de alguma deficiência, é que existe muita dificuldade na interação com os colegas e professores que não estão preparados para lidar com esses alunos, tornando-se assim, uma comunicação complexa. Com a inclusão escol, é necessário ter um acompanhamento no desenvolvimento dessas crianças, avaliando a aprendizagem, para que professores e alunos possam desempenhar suas funções em plena harmonia, obtendo resultados positivos.
A portaria do MEC Nº 3.284, de 7 de novembro de 2003, baixou uma Lei que praticamente obrigou escolas públicas e privadas a aceitarem a matrícula de crianças especiais tanto no ensino fundamental como no ensino médio. Mediante este cenário pode ser observado que a falta de interação, principalmente com as crianças com deficiência auditiva se tornou um agravante. Tanto professores quanto alunos não se encontram na sua grande maioria preparados para interagir com essas crianças.
O objetivo geral deste projeto é desenvolver um protótipo de uma aplicação para auxiliar o aprendizado da linguagem Libras voltado para alunos do ensino fundamental. Os objetivos específicos são: buscar autores que conceituam Libras, Leis que visam a inclusão social, bem como as tecnologias assistivas que beneficiam o bom andamento da inclusão. Na sequência, criar um módulo para permitir o conhecimento do alfabeto de libras através de um jogo interativo. E então, programar uma interface interativa onde a criança com deficiência auditiva possa inserir palavras e expressões ou vídeos utilizados em seu cotidiano.
l. Fundamentação Teórica
- Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
Essa língua tem origem na Língua de Sinais Francesa e como toda língua apresenta suas especificidades, não sendo universal, mantendo-se legitima a cada país. (CARVALHO, 2017, p.19). Segundo o autor a educação de surdos no país se deu com a vinda da família real para o Brasil. Devido ao fato de Dom Pedro II ter um neto surdo, ele recrutou um professor francês, chamado Hernest Huet, que fazia uso do alfabeto manual e assim, fundou o Instituto Imperial de Surdos Mudos no Rio de Janeiro, em 26 de setembro de 1857, que depois foi renomeado para Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Assim, deu-se início a criação da Libras.
De acordo com a Lei nº 10.436/2002 (BRASIL, 2002) LIBRAS, Língua Brasileira de Sinais é o sistema linguístico de comunicação e expressão de natureza visual-motora utilizado pelas pessoas surdas no Brasil. A Libras é denominada dessa maneira, pois essa modalidade é produzida por movimentos do corpo, de expressões faciais em um espaço à frente do interlocutor, gerando os sinais, os quais são as unidades dessa Língua, sendo comparada as palavras na Língua Portuguesa. (LACERDA; SANTOS, 2014).
A Libras é a principal língua do aluno surdo, pois com ela, o aluno organiza suas ideias e adquire conhecimentos para auxiliar na sua comunicação tanto entre os surdos bem como com os ouvintes.
Segundo Lacerda, (1998, p. 07) o modelo mais adequado para o aprendizado do indivíduo surdo é denominado de bilíngue, o qual defende que a língua de sinais deve ser ensinada como língua materna, o mais cedo possível, para que a criança desenvolva sua capacidade e competência linguística nesta que, posteriormente será usada para aquisição da língua falada, no nosso caso, a língua portuguesa como segunda língua, a ser utilizada em deferentes canais, em sua variedade escrita, principalmente, o que permite a inclusão escolar das crianças que terão acesso às informações tanto em sua língua materna, LIBRAS, quanto na língua portuguesa, na modalidade escrita, principalmente. Dessa forma, oferecer a língua de sinais como primeira língua é possibilitar aos surdos o processamento e a produção de conhecimentos. O português é então considerado uma segunda língua (CARVALHO, 2017, p.19).
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