DIDÁTICA

TRABALHO DE DIDÁTICA

− VIVENCIAR MOMENTOS EM SALA DE AULA E OBSERVAR COMO SE DÃO AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS;

− RELACIONAR A TEORIA ESTUDADA À PRÁTICA A PARTIR DA OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA E TAMBÉM PELAS RESPOSTAS DOS EDUCADORES ENTREVISTADOS.

A primeira parte deste trabalho foi realizada na sala do segundo ano com a colaboração e autorização da professora Odênia na Escola Pública Municipal “Professor Lázaro Rosa Muniz” do município de Pirajuba, Minas Gerais.

A educadora leciona nos períodos matutino e vespertino para as mesmas séries. Na sala onde a visita foi realizada há vinte e cinco alunos (período matutino). A aula é expositiva, a educadora mantém-se de pé na maior parte do tempo e andando, acompanha de carteira em carteira cada aluno observando suas dificuldades particulares e auxiliando-os de forma a progressão dos estudos. Chama a atenção da criança sem agredir e com muita educação. Explica o conteúdo de forma espaçada, com calma e clareza. Não usa forma coloquial para se direcionar aos alunos em nenhum momento. Explica matéria de pé e em frente às crianças cujas estão posicionadas por carteiras enfileiradas em uma sala espaçosa. Dentro da sala há carteiras com cadeiras do tamanho correspondente à idade dos alunos, prateleiras onde são guardados os livros didáticos, cadernos de caligrafia e de inglês, a mesa do educador com sua cadeira, dois armários de aço para guardar exclusivamente os materiais pedagógicos da educadora. Há materiais didático-pedagógicos espalhados por toda a sala de aula: alfabetos personalizados, numerais, painel dos aniversariantes, entre outras matérias que chamam bastante à atenção dos educandos.

As crianças prestam muita atenção no conteúdo explicado e não ficam transitando livremente pela sala. Algumas vezes um aluno ou outro foge um pouco do foco, mas é rapidamente observado pela educadora que o chama com carinho para dar atenção maior à aula explicando a importância do aprendizado e elogiando o caderno da criança sempre. Há muita organização quanto às saídas para os banheiros e tomar água: toda vez que uma criança sai, a educadora anota num canto do quadro branco o nome de quem está ausente, assim todos respeitam sua vez pedindo a autorização para a educadora. O respeito é recíproco em sala de aula. As crianças se expressam e o educador recebe e envia com afeto a cada gesto das crianças.

Nesta sala, há uma criança com situação um tanto diferenciada. Raul é uma criança de nove anos que teve uma sequela pós-icterícia* patológica, ou seja, um agravante da doença que deixou de ser fisiológica e passou a ser considerada como doença patológica quando ele era bebê. No caso de Raul, houve uma sobrecarga desta substância cujo fígado não conseguiu absorver e provocou uma síndrome neurológica atingindo assim, partes motora e psicológica atrasando assim deu desenvolvimento.

As atividades para Raul estão sendo elaboradas com maior enfoque em coordenação motora. A educadora passa além destas atividades de coordenação, imagens e cores para acompanhamento mais minucioso de seu aprendizado.

As crianças da sala incluem Raul em todos os momentos durante o período de aula e apesar de não conseguir se comunicar oralmente, consegue comunicar por expressões faciais e manuais com seus amiguinhos. Raul participa de todas as atividades dentro e fora da sala de aula sendo apoiado de forma mais cautelosa pra que não haja nenhum acidente.

*A icterícia é uma doença provocada pela bilirrubina, uma substância da mesma cor que é produzida na bile e que permanece no plasma até ser eliminada junto com a urina. A bilirrubina é formada a partir da morte de alguns glóbulos vermelhos presentes no sangue – o que acontece todos os dias. Essas células sanguíneas mortas são retiradas da circulação pelo fígado,