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DIEGO ST LIMA

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Por:   •  7/12/2013  •  1.559 Palavras (7 Páginas)  •  449 Visualizações

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ARTIGOS

08/07/2013 Patologias em Revestimentos Cerâmicos em Natal

As patologias associadas às fachadas são certamente um dos problemas mais temidos pelos construtores. Principalmente quando, no caso do revestimento cerâmico ou de qualquer revestimento aderido, põe em risco a vida de pessoas. Ultimamente a ocorrência de casos de descolamentos de placas cerâmicas em Natal tornou-se alvo de preocupações e discussões no nosso meio técnico.

Em primeiro lugar os revestimentos cerâmicos destinados para uso em fachadas devem ser apropriados a essa finalidade, fato que na construção de alguns edifícios em Natal não se verifica, chegando ao ponto por incrível que pareça de substituição de rejunte industrializado por argamassa de cimento e areia, de substituição de argamassa de assentamento industrializada por novas “argamassas especiais” criadas pelos “pedreiros especialistas em fachadas” no canteiro de obras, visando a “economia” e mais recentemente substituição indiscriminada de pastilhas cerâmicas por placas de porcelanato em fachadas. Nunca é demais lembrar que deve-se utilizar apenas produtos declarados especificamente para uso em fachadas, que possuem as seguintes características principalmente: baixa expansão por umidade, não desbotar com a ação da luz do sol e ter superfície de fácil limpeza. Segundo as normas internacionais, a vida útil de um revestimento cerâmico deve atingir, no mínimo, metade da vida útil da edificação.

Porém, as situações mais comuns de descolamento costumam ocorrer por volta de cinco anos após a conclusão da obra ou em alguns casos logo após a entrega da construção. A manutenção é outro aspecto fundamental em se tratando de fachadas de edifícios, pois ela nem sempre é realizada pelo condomínio após a entrega do empreendimento. Para o caso de fachadas novas, a manutenção com lavagem e pequenos tratamentos em pontos localizados deve ocorrer entre dois e três anos com execução de hidrojateamento com sabão neutro, sem utilização de ácidos em qualquer concentração. Para os casos de fachadas sem manutenção a mais de cinco anos, é necessário tratamento completo, com lavagem, restauração e pintura. Dentre as patologias principais apresentadas nas fachadas dos edifícios destacam-se as trincas, fissuras, descascamento da pintura,infiltrações de água, descolamento de pastilhas e manchas.

As causas podem ser decorrentes do tipo e composição dos materiais utilizados na construção, como tijolos e blocos, massa de assentamento, reboco, emboço, como também dos movimentos na estrutura do edifício, da incidência de umidade causada por infiltrações ou vazamentos de tubulações hidráulicas, ou de vários desses fatores simultaneamente. Em fachadas pintadas a incidência de trincas e fissuras está relacionada a fatores diversos, que envolvem desde a deficiência ou inexistência de projeto, passando pela especificação errada da massa, problemas na proporção ou na mistura dos materiais componentes da massa, e também pela utilização de mão-de-obra não treinada para a aplicação correta dos produtos que podem ser industrializados ou fabricados no canteiro de obras.

Algumas construtoras potiguares continuam a realizar a “velha produção por m2 sem fiscalização” e em alguns casos com empresas terceirizadas sem habilitação do CREA/RN, aumentando com este procedimento o aumento das patologias nas edificações. Vale lembrar que o prazo de garantia do serviço de fachada é de cinco anos, e que a construtora é responsável pela resolução das patologias até este período. Já nas fachadas revestidas com tijolos aparentes, os problemas mais comuns geralmente estão associados à poluição, especialmente pela deposição de fuligem e a umidade. Prédios com fachadas em concreto aparente também necessitam de tratamento especializado, especialmente se houver armaduras expostas no acabamento do revestimento. Em edifícios de alvenaria estrutural, deve-se tomar o cuidado de antes ou depois da realização da pintura externa, de aplicar um hidrofugante à base de silano-siloxano em toda a fachada para evitar as infiltrações de água.

Avaliar as causas das patologias é fundamental para obter bons resultados na recuperação das fachadas. Deve-se realizar um laudo por profissional habilitado no CREA/RN e IBAPE/RN, justamente para que sejam verificadas a origem das falhas. Outro aspecto importante é a contratação de empresas de restauração de fachadas com profissionais registrados no CREA/RN, pois geralmente em função do custo do serviço, o condomínio acaba contratando “profissionais sem registro no CREA/RN”, devendo o condomínio assumir tal erro, quando ocorrer o ressurgimento das mesmas patologias e “os profissionais sem registro” contratados pelo condomínio ,serem denunciados ao CREA/RN para as medidas cabíveis de exercício ilegal de profissão.

A restauração das fachadas e a reforma de prédios e edifícios ganham cada vez mais fôlego no mercado imobiliário, devido principalmente aos erros executivos cometidos nas construções e a falta de manutenção. Realizando-se uma boa restauração de fachada, os revestimentos em cerâmica chegam a valorizar o imóvel em 30% a 40%, além da durabilidade que pode chegar a 20, 30 anos, dependendo da manutenção periódica realizada. Em Natal estamos realizando vários serviços de restauração de fachadas com metodologias diferentes para cada patologia. Tais como: -Infiltração de água em fachada com pastilhas cerãmicas:Repreenchimeto dos rejuntes, aplicação de hidrofugante líquido incolor de silano-siloxano em toda a fachada -Infiltração de água em fachada e estruturas em concreto aparente: aplicação de hidrofugante líquido incolor de silano-siloxano -Manchas em fachadas ou estruturas de concreto aparente:aplicação de hidrojateamento e aplicação de argamassa polimérica -Descolamento de pastilhas cerâmicas:inspeção com ensaio de pull-out(arrancamento) em alguns pontos da fachada, análise do substrato,remoção das cerâmicas não aderidas,aplicação de novas cerâmicas e preenchimento dos rejuntes. Os principais problemas existentes na execução de pisos cerâmicos são causados pela deficiência de mão-de-obra, aplicação incorreta de materiais e falta de fiscalização dos serviços de assentamento dos pisos cerâmicos.

É primordial saber os locais e os respectivos tipos de materiais à serem aplicados para se evitar aplicações incorretas, coisa que a maioria dos “profissionais” desconhecem ou fazem que desconhecem. A argamassa tipo AC-I é indicada para pisos e paredes de ambientes internos não sujeitos à umidade

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