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DPOC

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Por:   •  1/9/2013  •  Tese  •  2.513 Palavras (11 Páginas)  •  574 Visualizações

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DPOC

Definição

É uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração devido a obstrução do fluxo aéreo usualmente progressiva, podendo ser acompanhada por uma hiper-reatividade das vias aéreas e ser parcialmente reversível, o qual está associada a inalação de gases e partículas nocivas. Quando usamos o termo DPOC de forma genérica, estamos nos referindo a todas as doenças pulmonares obstrutivas crônicas tais como: bronquite crônica, enfisema pulmonar, asma brônquica e bronquiectasias. No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos em DPOC propriamente dito, nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar já que a DPOC caracteriza-se pela combinação dos sintomas dessas patologias.

Incidência

6 a 15% da população brasileira acima de 40 anos tem DPOC.

15% dos fumantes desenvolvem DPOC

DPOC é a 5ª causa de óbito no Brasil, e a 6ª no mundo.

Etiologia

- Tabagismo (80% a 90% de todas as mortes relacionadas com a DPOC).Dito de outra forma, o perigo de desenvolver DPOC em um grupo de fumantes de dois maços de cigarros/dia é aproximadamente 4,5 vezes maior que para os não-fumantes. A exposição repetida ao cigarro resulta em inflamação crônica, além de tosse produtiva.

O fumo devido às substâncias irritantes provoca hiperplasia e metaplasia do epitélio, ruptura dos septos alveolares, proliferação fibrótica e espessamento das paredes arteriolares. Tais alterações são proporcionais ao número de cigarros diários e ao tempo de tabagismo. Em resumo, seguem-se as alterações tissulares causadas pelo fumo: 1) diminui a motilidade ciliar; 2) aumenta o número de células caliciformes; 3) provoca hipertrofia das células mucosas; 4) favorece a inflamação das paredes brônquicas e alveolares; 5) condiciona o broncoespasmo; 6) reduz a atividade macrofágica; 7) contribui para as infecções respiratórias; 8) limita a produção de surfactante; 9) inibe a atividade enzimática antielastase e antioxidante; 10) provoca a fibrose, espessamento e ruptura das paredes alveolares

- Poluição atmosférica: experimentalmente, a poluição relacionada com o enfisema é de difícil comprovação. Os elementos a serem considerados são: tipo, quantidade, concentração e tempo de exposição ao poluente.

- Profissão e fatores sócio-econômicos: toda atividade profissional que obriga o indivíduo permanecer em ambiente poluído por tempo prolongado e sem proteção adequada favorece o surgimento da bronquite; na maioria dos casos a natureza das substâncias inaladas torna-se decisiva. Já foi verificado que a incidência de DPOC é bem maior entre homens e fumantes que vivem em grandes centros populacionais, onde a poluição também é maior.

Constituição: muitas vezes nos defrontamos com membros de uma mesma família particularmente sujeitos a manifestações respiratórias como tosse, hipersecreção e episódios de bronquite, cujo perfil imunológico apresenta-se normal pelos métodos laboratoriais comuns. Não é raro, também, encontrarmos uma linhagem de bronquíticos-enfisematosos obedecendo a um comando genético de seus ascendentes.

- Infecção: estariam aí incluídas aquelas infecções que comprometem as vias mais periféricas provocando tosse crônica, sibilos e redução da função pulmonar.

- Clima: alguns indivíduos relacionam suas crises agudas às variações de temperatura. Experimentalmente, provou-se que inalações de ar frio e nevoeiro provocam broncoespasmo e aumento da resistência ao fluxo expiratório.

- Sexo: tanto a prevalência, como a mortalidade por DPOC, foi sempre bem maior no homem que na mulher.

- Idade: é mais freqüente e mais grave entre os indivíduos idosos;

- Álcool: seus efeitos maléficos sobre a movimentação ciliar, a produção de surfactante e a atividade macrofágica.

- Raça: a incidência maior entre os indivíduos da raça branca.

Complicações

- Cor Pulmonale

Estima-se que o cor pulmonale corresponda de 6-7% de todas as cardiopatias na população adulta, sendo que a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é o fator causal em mais da metade dos casos. Por outro lado, o cor pulmonale agudo é secundário à embolia pulmonar maciça; em geral, seu desenvolvimento como resultado de uma doença pulmonar significa mau prognóstico.

Cor pulmonale é definido pela Organização Mundial de Saúde (1963) como o "aumento ventricular direito resultante de doenças que afetam a estrutura e/ou função dos pulmões DPOCY 8 Resistência ao fluxo de sangue(hipóxia alveolar exerce sua ação vasoconstritora) YHipertensão pulmonar Y CP (progressivamente o coração direito, (ventrículo direito e átrio direito), vão sendo sobrecarregados)

. Este é um mecanismo compensatório que numa fase inicial permite que o fluxo de sangue não seja prejudicado.

Com a permanência ou piora da doença pulmonar em determinado momento este mecanismo atinge seu limite e o coração começa a dilatar. Ocorre aumento da pressão nas veias de todo o corpo e, em decorrência, dilatação das veias, aumento do fígado, do baço e inchaço nas pernas, alem dos sintomas da doença pulmonar, como falta de ar e cianose (coloração arroxeada da pele).

.

Bronquite crônica

É definida como um destúrbio em que a tosse do paciente produz escarro na maioria dos dias por no mínimo 3 meses consectivos ao ano por pelo menos 2 anos.

Caracteriza-se por uma inflamação dos brônquios onde ocorre uma hipertrofia das glândulas mucosas nos grandes brônquios (mucíparas/ caliciformes) as quais passam a produzir quantidades excessivas de muco o que limitara o fluxo de ar.

Sinais e sintomas:

-Tosse;

-Expectoração de muco;

-Dispnéia;

-Febre (associada infecção respiratória);

-

...

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