DVA - Demonstração Do Valor Adicionado
Artigos Científicos: DVA - Demonstração Do Valor Adicionado. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Hanyela • 7/11/2014 • 1.465 Palavras (6 Páginas) • 543 Visualizações
A DVA foi inserida pela Lei nº 11.638/2007, (artigo 176, inciso V), no conjunto
de demonstrações financeiras que as companhias abertas devem apresentar
ao final de cada exercício social, estando, portanto, sujeita a todas as regras de
aprovação.
No artigo 188, inciso II da Lei das S/A, informa que a Demonstração do Valor
Adicionado indicará: o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua
distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza,
tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como
a parcela da riqueza não distribuída.
O valor adicionado de uma empresa, elaborado na forma contábil, representa o
quanto de valor ela agrega aos insumos que adquire num determinado período
e é obtido, de forma geral, pela diferença entre vendas e o total dos insumos
adquiridos de terceiros. Este valor terá também o significado de toda a
remuneração dos esforços aplicados na atividade da empresa.
Sob uma abordagem mais ampla, a Contabilidade utiliza a Demonstração do
Valor Adicionado, para identificar e divulgar quanto à atividade da empresa
gera de recursos adicionais para a economia local, como e para quem os
distribui.
Esta é uma informação de fundamental importância para a gestão econômica
governamental regional, dado que a instalação de uma empresa consome,
necessariamente, recursos públicos, por meio da implementação de infraestrutura
básica como: asfalto, rede de água e esgoto etc ou na forma de
subsídios, redução de impostos permanente ou temporariamente.
Para avaliação de investimentos faz-se necessário identificar os benefícios que
podem gerar (ou que estão gerando) frente aos recursos que consomem de
modo a se aferir as vantagens da permissão de sua instalação ou continuidade.
manutenção. É necessário que seja agregado algum valor aos produtos da
empresa de forma a justificar um sobre-preço que permita sua continuidade.
O valor adicionado constituí-se da receita de venda deduzido dos custos dos
recursos adquiridos de terceiros como: matéria-prima, mercadorias para
revenda, serviços de terceiros, energia elétrica, enfim todos os insumos
adquiridos de terceiros e consumidos durante o processo operacional.
O resultado representa o que a empresa adicionou aos insumos/serviços
adquiridos de terceiros para chegar ao seu produto/serviço final; corresponde,
portanto, à riqueza gerada. É o que tem se convencionado denominar Valor
Adicionado Bruto.
Todavia, a empresa utiliza-se também de instalações, máquinas, equipamentos
e outros ativos de vida útil mais extensa, diminuindo-lhes o potencial de uso.
Tal redução de potencial de uso na Contabilidade é refletida pela depreciação,
amortização e exaustão. Assim sendo, dada a essencialidade do consumo
parcial destes ativos para a geração da riqueza, seu valor deve ser deduzido
do valor adicionado bruto, conduzindo ao valor adicionado líquido, o qual reflete
a efetiva contribuição da empresa para a economia local.
Há ainda que se mencionar os valores recebidos de outras empresas sem
sacrifícios operacionais, como o caso do resultado de participações societárias.
A investidora realizou o investimento em algum momento passado, e nos
períodos posteriores apenas receberá os frutos desta aplicação, sem qualquer
esforço, pelo menos em princípio. O mesmo acontece com as receitas
financeiras. Não há esforço da investidora, ela apenas aplica seus recursos no
mercado e, dependendo das oscilações destes é que será sua receita.
Assim, o valor adicionado líquido somado às receitas recebidas em
transferência demonstrará o total dos recursos distribuídos.
A distribuição do valor adicionado reflete quem são os beneficiados com o
desempenho da empresa como: empregados, governo, terceiros, acionistas, os
quais estão representados pela remuneração do pessoal e encargos sociais;
impostos sobre vendas, produção e serviços, taxas e contribuições; juros sobre
capital de terceiros e próprio, dividendos, aluguéis de móveis e imóveis e por
fim pode ser retido a título de reinvestimento na organização.
A análise da distribuição do valor adicionado identifica a contribuição da
empresa para a sociedade e os setores por ela priorizados. Este tipo de
informação serve para avaliar a performance da empresa no seu contexto local,
sua participação no desenvolvimento regional e estimular ou não a
continuidade de subsídios e incentivos governamentais. E, em um contexto
maior, pode servir de parâmetro para definição do comportamento de suas
congêneres.
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