Danilo Reis Batista Da Rocha

Ética profissional na área de projetos de construção civil

Dilemas éticos permeiam toda e qualquer profissão em diversas épocas da história da humanidade.

Ser eticamente correto pressupõe estar enquadrado em normas predefinidas de bondade e honestidade humanas.

Convém que um profissional ético aplique seus conhecimentos profissionais ao mesmo tempo em que utilize boas práticas em seus relacionamentos inter-pessoais de sua área de abrangência, pois enunciam fundamentos de uma boa conduta.

Tais valores e conceitos éticos dentro da área de projetos da construção civil evidenciam que tal profissional deverá agir com responsabilidade ao lançar um projeto para execução de forma que cumpra certos padrões de conduta.

O profissional ético tende a ser respeitado devido ao seu caráter e honestidade no desempenho de suas funções, e conseguinte é um profissional confiável, pois sendo ético irá realizar seu trabalho de forma justa e que traga confiança, pois sua moral não permite deturpar a forma correta na realização de um projeto por alguma vantagem patrimonial indevida.

Código de ética:

7. DA INFRAÇÃO ÉTICA

Art. 13 – Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que atende contra os princípios éticos, descumpra os deveres do oficio, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.

Tendo em vista que definir ética pode ser algo subjetivo, restou a cada categoria estabelecer também seu código de ética profissional para regulamentar qualquer desvio de conduta profissional e definir punição conforme processo disciplinar adequado.

Quando um projetista na área da construção civil deixa de seguir condutas obrigatórias para execução do projeto buscando cortar custos, porém deixando desejar na segurança da edificação, este comete grave erro profissional e ético, pois acaba por colocar em risco o patrimônio, além de vidas humanas.

Um dos maus exemplos de imprudência e falta ética gravíssima é o caso do desabamento do edifício Palace II no Rio de Janeiro-RJ no qual morreram oito pessoas.

O edifício Palace II foi construído pela Construtora Sersan de Sérgio Naya em 1990, com previsão de conclusão para 1995, tendo havido, no entanto um atraso1 na conclusão da obra.

Segundo os moradores, em 1996 o edifício foi interditado pela Defesa Civil após ter morrido um operário ao cair no fosso do elevador que apresentava defeito.

A construtora já havia sido processada 4 vezes em virtude da má construção do prédio, que não havia recebido o habite-se da prefeitura .

Casos como este frequentemente está estampado nos noticiários do país, e muitas das vezes o prejuízo não é só econômico como também leva a perdas humanas irreparáveis.

Bibliografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Palace_II